
Os rejeitos de min�rio que vazaram da mina C�rrego do Feij�o, da Vale, em Brumadinho (Regi�o Metropolitana), rompida em 25 de janeiro, continuam avan�ando pelo Rio Paraopeba, afluente do Rio S�o Francisco. Nesta ter�a-feira, a lama chegou a um ponto a do rio a 120 quil�metros do rompimento da barragem, mas n�o deve chegar ao Velho Chico. A informa��o foi divulgada, nesta ter�a-feira, pela diretora-geral do Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam), Mar�lia Carvalho de Melo.
Ela abordou o assunto em Belo Horizonte, durante encontro do F�rum Mineiro de Bacias Hidrogr�ficas. Ao decorrer do evento, que teve como um dos participantes o presidente do Comit� da Bacia Hidrogr�fica (CBH) do Rio Paraopeba Winston Caetano de Souza, Mar�lia de Melo ressaltou que a lama n�o dever� chegar ao reservat�rio da Usina Hidrel�trica de Tr�s Marias. Desta forma, n�o dever� atingir o Rio S�o Francisco, onde est� constru�da a usina de Tr�s Marias, distante 320 quil�metros da barragem de Brumadinho.
Desde o dia do desastre, autoridades divulgaram que a expectativa � que a Represa de Retiro Baixo, localizada no Rio Paraopeba, entres os munic�pios de Curvelo e Pomp�u, na Regi�o Central do estado, venha conter os rejeitos de min�rio e impedir que a lama t�xica atinja o reservat�rio da Usina Hidrel�trica de Tr�s Marias, a 28 quil�metros abaixo de Retiro Baixo, e o Velho Chico. Nesta ter�a-feira, a diretora-geral do Igam disse que “considerando as caracter�sticas f�sicas do rejeito e o porte do reservat�rio da Usina Hidrel�trica Retiro Baixo, � pouco prov�vel que o material transponha a usina”.
Mar�lia de Melo tamb�m afirmou que houve uma diminui��o da concentra��o de metais nas �guas do Paraopeba. “No momento, a concentra��o de metais est� restrita a 20 quil�metros do rompimento (da barragem)”,informou.
Boletim de monitoramento da �gua do Rio Paraopeba por parte do Igam, divulgado na noite segunda-feira, tamb�m revela a diminui��o da quantidade de metais pesados no manancial. Em um ponto de coleta em Par� de Minas, a 115,9 quil�metros do local do desastre, permanece a concentra��o de mangan�s, ferro e alum�nio dissolvidos acima dos limites permitidos.
O monitoramento � realizado pelo Instituto de Gest�o das �guas, juntamente � Ag�ncia Nacional de �guas (ANA), ao Servi�o Geol�gico do Brasil (CPMR) e � Copasa, desde dia rompimento da barragem de mina do C�rrego do Feij�o, em 25 de janeiro.
Ap�s coordenar uma expedi��o pelo Rio Paraopeba, a pesquisadora e especialista em recursos h�dricos Malu Ribeiro, da Funda��o SOS Mata Atl�ntica, divulgou que no �ltimo domingo surgiram impurezas no Rio Paraopeba pr�ximo ao reservat�rio da Usina Hidrel�trica de Retiro Baixo, entre os munic�pios de Curvelo e Pomp�u. A especialista iniciou a expedi��o logo depois do rompimento da barragem, percorrendo uma extens�o de 160 quil�metros entre local do desastre e o munic�pio de Curvelo.
“A qualidade da �gua aqui ficou ruim”, disse Malu Ribeiro, que considerou a turbidez do Paraopeba no munic�pio de Curvelo como um ind�cio da chegada dos rejeitos de min�rio da barragem de Brumadinho. No entanto, nesta ter�a-feira, integrantes da Pol�cia Militar Ambiental de Curvelo e Pomp�u disseram que a lama de rejeitos n�o chegou � regi�o e a �gua do Paraopeba ficou turva naquele trecho devido �s �ltimas chuvas, que carrearam mat�ria org�nica para dentro do rio, fazendo com que �gua fique “barrenta”.