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Estado de Minas

Moradores de �reas rurais de Brumadinho exigem libera��o da estrada de acesso � sede do munic�pio

L�deres comunit�rios, moradores e comerciantes est�o reunidos na manh� deste domingo para elaborar pauta de reivindica��es


postado em 24/02/2019 11:07

Estrada Alberto Flores, que liga a sede de Brumadinho a localidades da área rural do município está interditada(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Estrada Alberto Flores, que liga a sede de Brumadinho a localidades da �rea rural do munic�pio est� interditada (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Moradores e l�deres comunit�rios de �reas rurais de Brumadinho, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, est�o reunidos, na manh� deste domingo (24), para discutir quest�es econ�micas, vi�rias e sociais que causam s�rios problemas � vida de cerca de 1 mil fam�lias, desde o rompimento da barragem da mina do C�rrego do Feij�o, que completa um m�s amanh� (25).

“Os impactos s�o muitos desde a trag�dia – do estado prec�rio de acesso � sede do munic�pio, o que transformou a viagem de uma hora de �nibus em tr�s horas e meia, � falta de informa��es oficiais”, diz o presidente da Associa��o Comunit�ria de Suzana (Amocos), Gustavo Morais, representante de sete localidades: Suzana, Ch�cara, Padre Ant�nio, Samambaia, Campinho, Barreiro de Cima e Barreiro de Baixo.

O encontro � fruto da parceria com outras associa��es e a organiza��o n�o-governamental Abrace a Serra da Moeda. O objetivo da reuni�o � formalizar um documento com todas as reivindica��es dos moradores, comerciantes, pequenos produtores, donos de pousadas, sitiantes e outros e promover uma audi�ncia p�blica com as demandas das comunidades e apresent�-las ao Minist�rio P�blico, Defensoria P�blica, governo do estado e demais �rg�os respons�veis.

“Queremos mostrar nossos problemas. H� muita gente falando em nosso nome, incluindo movimentos que sequer conhecemos ou nos conhecem. Ajudar � diferente de protagonizar”, afirma Morais, certo de que, embora o munic�pio tenha sido v�tima de uma trag�dia com muitos mortos e desaparecidos, “Brumadinho n�o morreu, Brumadinho est� vivo”.

O presidente da Amocos explica que Brumadinho tem cinco distritos, estando tr�s deles impactados pelo rompimento da barragem da mineradora Vale. “Aqui na regi�o de Suzana e demais comunidades rurais, estamos no distrito de Piedade do Paraopeba, mais perto da Serra da Moeda e � montante da mina do C�rrego do Feij�o. Para chegar aqui, quem se encontra na capital pode vir pela rodovia BR-040, sem problemas”, informa Morais, esclarecendo que o grande gargalo est� na liga��o com a sede municipal, que est� interditada devido � queda de uma ponte. “Quem tem carros se vira, embora os trechos sejam perigosos, mas os mais pobre passam aperto no transporte coletivo”, observa.

ILHADOS “Os alunos da escola n�o precisam se deslocar para outras �reas, mas os professores que v�m da sede municipal est�o gastando tr�s horas e meia de �nibus. Antes sa�am �s 7h e agora �s 4h50. Al�m disso, h� entraves para a sa�de, pois a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) fica perto da Esta��o do Conhecimento”, diz Morais.

J� a cadeia produtiva est� afetada com muita intensidade. “Na nossa regi�o, h� agricultores de produtos org�nicos, pequenos neg�cios, que sofreram os impactos, al�m de com�rcio, pousadas e outros pequenos empreendimentos. Estamos ilhados e isolados.”

A reuni�o � fruto da parceria entre a organiza��o n�o-governamental Abrace a Serra da Moeda, Amocos e associa��es comunit�rias de Campinho, Moradores do Vale do Paraopeba, Marques e Marinho e tem lugar na Escola Municipal Josias Jos� Ara�jo (Escola do Palhano).

A advogada e integrante do Abrace Serra da Moeda, Beatriz Vignolo, ressalta os efeitos da interdi��o da estrada � sede municipal. “H� diversos moradores do interior de Brumadinho sofrendo com os impactos desse desastre-crime da Vale, mas n�o est�o sendo ouvidos pelas institui��es envolvidas na repara��o de danos. Disponibilizaram na semana passada uma estrada por dentro da mina da Vale extremamente perigosa. A outra op��o � desviar pela BR-040 e 381, o que aumenta 44 km no deslocamento”.

Denunciando tamb�m que os moradores das localidades n�o foram ouvidas, Beatriz afirma que as associa��es, entidades ambientais atuantes em Brumadinho e comunidades em geral foram desconsideradas nas tratativas de repara��o de danos emergenciais” – da� a necessidade de apresentar uma pauta de reivindica��es �s autoridades.


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