
Amanh� faz um m�s da trag�dia de rompimento da barragem da mina do C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, na Grande BH, e, neste domingo, centenas de pessoas est�o reunidas na Pra�a da Liberdade, na Regi�o Centro-Sul da capital, para um ato de rever�ncia � mem�ria das v�timas e tamb�m para n�o deixar que a cat�strofe seja esquecida.
O local de realiza��o n�o poderia ser mais oportuno: em frente do Memorial da Vale, uma vez que a estrutura rompida em Brumadinho pertencia � mineradora. At� agora, s�o 177 mortos e 133 desaparecidos sob a lama que vazou do empreendimento em 25 de janeiro, pouco depois do meio-dia.

O pedido dos organizadores era para os participantes comparecem vestidos de preto, e muitos seguiram � risca. J� no asfalto, foram espalhadas cruzes brancas, num efeito que deu o tom de sofrimento das fam�lias enlutadas de Brumadinho e de outros munic�pios e da solidariedade dos belo-horizontinos.
Ao meio-dia, houve momentos de sil�ncio em mem�ria dos mortos e desaparecidos e, �s 12h20, foi tocada uma sirene para denunciar o que deveria ter ocorrido no dia da trag�dia que comoveu os brasileiros e ganhou grande destaque internacional.
Na escadaria do pr�dio, foi colocada a faixa Guernica das �guas, numa refer�ncia ao tr�gico epis�dio da guerra civil espanhola, e, pendurada na grade da frente, outra: somos todos atingidos, entre bonecos cobertos de lama e m�scara chamando a mineradora Vale de "assassina".

O ato tem � frente o movimento �guas e Serras de Brumadinho, do qual faz parte a artista de dan�a Dudude Herrmann, uma das organizadoras de evento que ocorre sob sol forte. "Queremos um progresso inteligente e com planejamento. Tivemos um crime, uma trag�dia, e isso n�o pode mais ocorrer em Minas. Estamos mostrando nossa indigna��o e honrando as vitimas, com um grito de paz e protesto. Ecologia humana j�", disse Dudude.
Est� prevista uma performance sob orienta��o da bailarina, core�grafa e professora Dudude Herrmann, moradora de Casa Branca, em Brumadinho. A programa��o inclui tamb�m a leitura da poesia Lira Itabirana, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), acompanhada de violino.
PROGRAMA��O
Hor�rio: At� 13h
Local: Em frente do Memorial da Vale, na Pra�a da Liberdade, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte
12h – Momento de sil�ncio absoluto
12h20 – Toque de sirene e performance com todos os presentes, sob orienta��o da core�grafa Dudude Herrmann, moradora de Casa Branca, em Brumadinho
13h – Leitura da poesia Lira Itabirana, de Carlos Drummond de Andrade, acompanhada de violino