(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Bombeiros apostam em tecnologia, c�es e m�quinas pesadas para vasculhar a lama em Brumadinho

Avan�o na localiza��o de corpos de desaparecidos � resultado de trabalho que foca no georreferenciamento de dados para reconstruir mapa da trag�dia. C�es farejadores ajudaram a localizar 80% dos corpos nas �ltimas duas semanas e m�quinas pesadas aumentam a presen�a em campo


postado em 12/03/2019 21:55 / atualizado em 13/03/2019 09:00

Cão Thor apontou a localização de um corpo, que foi encontrado depois de três horas de escavações manuais(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
C�o Thor apontou a localiza��o de um corpo, que foi encontrado depois de tr�s horas de escava��es manuais (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Pas­sa­dos 47 di­as des­de que a bar­ra­gem da Va­le se rom­peu em Bru­ma­di­nho, na Gran­de BH, e com a con­ta­bi­li­da­de ofi­ci­al su­pe­ran­do a bar­rei­ra das du­as cen­te­nas de mor­tes con­fir­ma­das (201 at� a noi­te de desta ter�a-feira), o Cor­po de Bom­bei­ros apos­ta em uma com­bi­na­ï¿½ï¿½o de tr�s fren­tes de tra­ba­lho pa­ra lo­ca­li­zar os de­sa­pa­re­ci­dos, 107 pessoas. A tec­no­lo­gia li­ga­da es­pe­ci­al­men­te ao ge­or­re­fe­ren­ci­a­men­to, o tra­ba­lho de c�­es fa­re­ja­do­res e o em­pre­go de m�­qui­nas pe­sa­das � a trin­ca pa­ra oti­mi­zar a lo­ca­li­za­ï¿½ï¿½o de cor­pos em lo­cais con­si­de­ra­dos priorit�rios. Uma das �re­as de mai­or aten­ï¿½ï¿½o da cor­po­ra­ï¿½ï¿½o � a Ins­ta­la­ï¿½ï¿½o de Tra­ta­men­to de Mi­n�­rio (ITM), pois o cru­za­men­to de da­dos de in­te­li­g�n­cia apon­ta que ali po­dem es­tar 16 corpos. Se­gun­do os da­dos ofi­ci­ais, 107 pes­so­as se­guem de­sa­pa­re­ci­das em to­da a �rea im­pac­ta­da pe­lo cri­me da Vale. Por ou­tro la­do, 173 cor­pos e seg­men­tos cor­po­rais aguar­dam iden­ti­fi­ca­ï¿½ï¿½o no Ins­ti­tu­to M�­di­co Legal.

O tra­ba­lho na ITM � um bom exem­plo da so­ma das tr�s apos­tas dos bom­bei­ros pa­ra lo­ca­li­zar, o mais r�­pi­do pos­s�­vel, to­dos os desaparecidos. Da­dos co­lhi­dos pe­la in­te­li­g�n­cia apon­tam que ali, pro­va­vel­men­te es­ta­vam 16 pes­so­as que ain­da n�o fo­ram encontradas. Se­gun­do o te­nen­te-co­ro­nel Eduar­do �n­ge­lo Go­mes da Sil­va, um dos co­man­dan­tes da ope­ra­ï¿½ï¿½o, co­mo o lo­cal con­ta com uma es­tru­tu­ra de edi­fi­ca­ï¿½ï¿½o ro­bus­ta, � mais pro­v�­vel que os cor­pos de quem es­ta­va ali n�o te­nham si­do ar­ras­ta­dos pa­ra pon­tos dis­tan­tes, co­mo acon­te­ceu em ou­tros ca­sos de pas­sa­gem li­vre do rejeito. Por is­so, a ope­ra­ï¿½ï¿½o tra­ba­lhou com dre­nos pa­ra di­mi­nuir ao m�­xi­mo a flui­di­fi­ca­ï¿½ï¿½o do so­lo no lo­cal e per­mi­tir a en­tra­da de m�­qui­nas pe­sa­das, que atu­am pa­ra re­vol­ver o so­lo e des­mon­tar a ITM.

Tenente-coronel Eduardo Ângelo, um dos comandantes da operação, mostra mapa que é usado como base para esquadrinhar território devastado pela lama(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Tenente-coronel Eduardo �ngelo, um dos comandantes da opera��o, mostra mapa que � usado como base para esquadrinhar territ�rio devastado pela lama (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

En­quan­to is­so, fren­tes de tra­ba­lho que usam c�­es fa­re­ja­do­res na bus­ca por cor­pos, co­mo ocor­reu hoje. O c�o Thor, que per­ten­ce aos bom­bei­ros de Mi­nas Ge­rais, apon­tou o pon­to exa­to on­de foi lo­ca­li­za­do um corpo. Se­gun­do o sar­gen­to Leo­nar­do Cos­ta Pe­rei­ra, de­pois que o ca­chor­ro fa­re­jou uma pis­ta pa­ra os mi­li­ta­res, fo­ram tr�s ho­ras de es­ca­va­ï¿½ï¿½­es ma­nu­ais at� en­con­trar o cor­po, que es­ta­va bas­tan­te pre­ser­va­do pa­ra o tem­po em que per­ma­ne­ceu ali. Sem­pre que o ani­mal apon­ta uma pro­v�­vel lo­ca­li­za­ï¿½ï¿½o, as m�­qui­nas pa­ram de es­ca­var e o tra­ba­lho pas­sa a ser manual. “Quan­do a fa­se de de­ge­ne­ra­ï¿½ï¿½o do cor­po avan­ï¿½a, o odor di­mi­nui e s� o c�o, com sua ca­pa­ci­da­de ol­fa­ti­va, con­se­gue lo­ca­li­zar”, afir­ma o militar. Nas �ltimas duas semanas, o trabalho das sete equipes com cachorros foi decisivo para localiza��o de 80% dos corpos, conforme os bombeiros.

MA­PA DO IN­VI­S�­VEL
 Na re­ta­guar­da des­se pro­ces­so, a tec­no­lo­gia se apre­sen­ta de for­ma a ga­ran­tir o ge­or­re­fe­re­ci­a­men­to de tu­do que � en­con­tra­do, se­ja cor­po, seg­men­to ou qual­quer objeto. Es­se tra­ba­lho � que vai mu­ni­ci­an­do os mi­li­ta­res de in­for­ma­ï¿½ï¿½­es pa­ra apon­tar on­de as fren­tes de tra­ba­lho de­vem atuar. Ca­da bom­bei­ro em cam­po ali­men­ta um apli­ca­ti­vo de­sen­vol­vi­do pe­la cor­po­ra­ï¿½ï¿½o que po­si­ci­o­na tu­do que for en­con­tra­do, e as­sim vai re­ve­lan­do o ma­pa do que es­t� so­ter­ra­do pe­los re­jei­tos de min�rio. Nesta ter�a, por exem­plo, fo­ram 20 fren­tes com atu­a­ï¿½ï¿½o dos bom­bei­ros e 136 mi­li­ta­res en­vol­vi­dos nos trabalhos. As m�­qui­nas pe­sa­das che­ga­ram a 81 uni­da­des e o tra­ba­lho ain­da con­ta com o apoio dos se­te dro­nes dos bom­bei­ros, que n�o s�o usa­dos ao mes­mo tempo. Se­te du­plas for­ma­das por mi­li­ta­res e c�­es atu­am em sis­te­ma de revezamento.

Bombeiro militar acompanha visualmente o trabalho de revolvimento do rejeito por máquina pesada(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Bombeiro militar acompanha visualmente o trabalho de revolvimento do rejeito por m�quina pesada (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


De acor­do com o te­nen­te Pe­dro Aiha­ra, por­ta-voz dos bom­bei­ros, a ca­rac­te­r�s­ti­ca da la­ma im­p�e uma di­fi­cul­da­de sig­ni­fi­ca­ti­va ao tra­ba­lho de bus­ca por corpos. “A la­ma aca­ba dei­xan­do to­do o ma­te­ri­al com es­sa ca­rac­te­r�s­ti­ca mo­no­cro­m�­ti­ca (uma �ni­ca cor) e di­fi­cul­ta ain­da mais o tra­ba­lho de nos­sas equi­pes de resgate. Por is­so � um tra­ba­lho mui­to me­ti­cu­lo­so”, afir­ma o tenente. Mes­mo as­sim, as bus­cas v�o se­guir, se­gun­do o te­nen­te-co­ro­nel �ngelo. “Elas s� se­r�o en­cer­ra­das em du­as hip�teses. A pri­mei­ra � o en­con­tro de to­do mun­do que es­t� desaparecido. A se­gun­da � quan­do che­gar o mo­men­to em que o es­t�­gio de de­com­po­si­ï¿½ï¿½o de mis­tu­ra des­se ma­te­ri­al bi­o­l�­gi­co com o re­jei­to im­pe­dir as equi­pes de con­ti­nu­ar os trabalhos. Mas n�o te­mos co­mo pre­ci­sar es­se tem­po”, completa.

Instalação de Tratamento de Minério é um dos pontos que concentra buscas atualmente. Bombeiros acreditam que 16 corpos desaparecidos ainda estão no local(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Instala��o de Tratamento de Min�rio � um dos pontos que concentra buscas atualmente. Bombeiros acreditam que 16 corpos desaparecidos ainda est�o no local (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)