A Pol�cia Federal (PF) vai dividir em duas partes o inqu�rito sobre o rompimento da barragem 1 da Mina do C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a corpora��o, a primeira trata de crimes de falsidade ideol�gica e de documentos. J� a segunda frente de investiga��o se volta aos crimes de homic�dio e ambientais. O rompimento da barragem na mina C�rrego do Feij�o deixou 209 mortos e 97 desaparecidos, at� esta quarta-feira (20).
Os crimes de falso, segundo a PF, est� sendo relatada, o que possibilitar� que a Justi�a processe os investigados.Tais crimes podem ter ocorrido no laudo expedido pela consultoria T�v S�d, que atestou a seguran�a da barragem que se rompeu.
No mesmo �mbito, as investiga��es apontam que a Vale, mesmo sabendo que a represa n�o apresentava seguran�a, apresentou o laudo �s autoridades. A a��o configuraria crime de falsifica��o de documentos.
A outra parte do inqu�rito ainda est� em processo de apura��o, de acordo com a Pol�cia Federal. Os trabalhos devem avan�ar ap�s a conclus�o da outra fatia. O grupo de delegados, promotores e procuradores apuram a possibilidade de homic�dio por dolo eventual na cat�strofe, com base no Plano de A��o de Emerg�ncia para Barragens de Minera��o (PAEBM).
O documento � obrigat�rio e tem como objetivo “minimizar o risco de perdas de vidas humanas”. Ao ser procurada se havia ignorado as informa��es presentes no documento, a Vale criticou a postura dos engenheiros Makoto Namba e Andr� Yassuda, da T�v S�d. “A Vale esperava que os auditores dessa empresa tivessem responsabilidade t�cnica, independ�ncia e autonomia na presta��o de servi�os. As alega��es da T�v S�d de terem sofrido ‘press�o’ nos levam a crer que os funcion�rios da pr�pria T�v S�d teriam adotado condutas inid�neas grav�ssimas”, informou a mineradora.
Em resposta, a T�v S�d ressaltou que “est� investigando minuciosamente seus processos internos, bem como poss�veis causas para o tr�gico colapso da barragem em Brumadinho”. Tamb�m disse que “tomar� provid�ncias necess�rias” em caso de detec��o de erros internos.
O advogado Augusto de Arruda Botelho Neto, que defende Makoto Namba e Andr� Yassuda, rebateu, dizendo que os laudos que declararam a estabilidade foram assinados com base em crit�rios t�cnicos e estudos aprofundado. “N�o obstante o baixo �ndice de seguran�a da barragem, ela se encontrava est�vel no momento de assinatura da declara��o, esta condicionada a uma s�rie de recomenda��es e ressalvas. Cabe � Vale informar se tais recomenda��es foram seguidas ou n�o”, disse em entrevista ao Estado de Minas. (Com J�nia Oliveira)