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Estado de Minas

Florestas estaduais enfrentam desafio de preservar ref�gios do vandalismo

Duas reservas de mata atl�ntica em Minas, uma delas na Grande BH, enfrentam realidades diferentes e chamam aten��o para a necessidade de ampliar fiscaliza��o de �reas no estado


postado em 08/04/2019 06:00 / atualizado em 08/04/2019 08:19

Floresta Estadual São Judas Tadeu, em Betim, tem acesso restrito por estar cercada de propriedades particulares. Fazenda da Fundação Ezequiel Dias no local desenvolve soro contra animais peçonhentos(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 26/6/18)
Floresta Estadual S�o Judas Tadeu, em Betim, tem acesso restrito por estar cercada de propriedades particulares. Fazenda da Funda��o Ezequiel Dias no local desenvolve soro contra animais pe�onhentos (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press - 26/6/18)
Ouro Preto e Betim – Duas unidades florestais estaduais que servem de ref�gio para a vida silvestre e reserva de mata atl�ntica apresentam realidades diferentes. Apesar de se encontrar na Grande BH, em Betim, a Floresta Estadual S�o Judas Tadeu tem suas forma��es naturais intactas, ao passo que a Floresta Estadual do Uaimi�, em Ouro Preto, distante de �reas residenciais, sofre com impactos trazidos por visitantes. Um dos motivos, talvez, seja a dificuldade de acessos para a unidade da Grande BH, uma vez que as estradas que levam para l� passam dentro de propriedades particulares e a entrada principal � o port�o da Funda��o Ezequiel Dias (Funed), onde n�o se permite acesso sem autoriza��o. J� a floresta de Ouro Preto � repleta de estradas rurais, algumas das quais constituem as �nicas passagens para comunidades, como o distrito de S�o Bartolomeu. A fiscaliza��o dos funcion�rios do Instituto Estadual de Florestas (IEF) parece tamb�m n�o intimidar a a��o dos v�ndalos.

A degrada��o sofrida pela unidade fica �bvia j� na entrada da floresta. A guarita do IEF foi completamente depredada. Fia��es e canaletas foram arrancadas, vidros de janelas furtados, assim como l�mpadas e c�meras de vigil�ncia. Nos banheiros, as pias foram quebradas, os bojos roubados e os vasos sanit�rios tamb�m retirados. Picha��es e rabiscos se espalham por toda parte. Em volta da constru��o, o mau cheiro � forte. Vem de lixo org�nico e de excrementos deixados pelos visitantes clandestinos.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


MARCAS NO CAMINHO Como n�o h� mais instala��es para aux�lio aos visitantes, as trilhas para as cachoeiras acabaram desaparecendo, devido ao crescimento do mato e � falta de manuten��o desses caminhos. Ainda assim, os depredadores conseguem encontrar as picadas e chegam a v�rios pontos de atra��o, como as cachoeiras da Candeia, das Pedras e Br�s Gomes. As marcas dessas ocupa��es tamb�m ficam espalhadas pr�ximo �s forma��es naturais. Estruturas de pedras, grelhas de metal e at� sacos de carv�o mostram que grandes grupos de pessoas passam dias e noites acampados na unidade fazendo churrasco, o que eleva o risco de inc�ndios. Ao longo das trilhas, mais uma vez � poss�vel encontrar muito lixo, como embalagens de alimentos, garrafas de bebida de vidro, latas e garrafas PET.

J� a Floresta Estadual S�o Judas Tadeu se encontra cercada por fazendas e propriedades dentro de condom�nios fechados. Apesar dessa proximidade, n�o h� marcas de que bois ou cavalos passem pelas cercas, o que � realidade em v�rias unidades de conserva��o mineiras que t�m limites com criadores. Nas trilhas n�o h� marcas do tr�nsito de animais dom�sticos, de pegadas de pessoas ou rastros da circula��o de ve�culos. Pelo contr�rio. O solo exposto ao longo das trilhas existentes no interior da mata est� desaparecendo com a prolifera��o de mais mato e capim. Uma grande concentra��o de p�ssaros mostra que a interfer�ncia humana ali � m�nima. Algo cada vez mais raro, uma vez que no estado ainda � frequente a a��o de ca�adores que capturam animais silvestres para fazer contrabando. O �nico sinal de presen�a externa �quele meio ambiente que a reportagem do Estado de Minas encontrou na unidade se trata de uma pipa, que provavelmente chegou carregada pelos ventos.

Bioma modelo carece de regras fundi�rias

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) esclarece que a categoria de unidade de conserva��o florestas � de uso sustent�vel, sendo permitida a presen�a de pessoas e atividades em seu interior. “A visita��o e o turismo n�o s�o os focos principais de unidades de conserva��o da categoria florestas. No caso de Uaimi�, em Ouro Preto, o objetivo principal da unidade de conserva��o � o est�mulo ao desenvolvimento sustent�vel usando o conv�vio com a mata atl�ntica. A unidade de conserva��o foi o primeiro bosque modelo do bioma reconhecido pela Rede Iberoamericana pelas pr�ticas que o IEF e comunidade desenvolvem e replicam”.

Em Uaimi�, a regulariza��o fundi�ria ainda n�o foi feita, sendo encontradas propriedades particulares que exploram comercialmente a utiliza��o de cachoeiras. “Por isso, alguns problemas encontrados pela reportagem s�o de dif�cil solu��o para o IEF, pois se tratam de propriedades particulares, onde o Instituto n�o tem acesso para que sejam realizadas manuten��es e limpeza. A unidade de conserva��o tem estrutura f�sica com duas guaritas (uma delas ser� reformada) e resid�ncia para pesquisador”. Uma discuss�o sobre a transforma��o da floresta em parque estadual deve ocorrer em breve. “O plano de manejo da Floresta Estadual de Uaimi� prev� a revis�o da categoria da unidade de conserva��o, o que ser� discutido pelo Conselho Consultivo da unidade”, informa o IEF.

Sede da Floresta Estadual do Uaimií, em Ouro Preto, foi depredada. Vândalos levaram vidros e até a pia do banheiro. Trilhas acumulam lixo deixado por visitantes(foto: Mateus Parreiras/EM/DA Press)
Sede da Floresta Estadual do Uaimi�, em Ouro Preto, foi depredada. V�ndalos levaram vidros e at� a pia do banheiro. Trilhas acumulam lixo deixado por visitantes (foto: Mateus Parreiras/EM/DA Press)
A Floresta Estadual S�o Judas Tadeu, na Grande BH, tem abrigado cria��o de cavalos usados na confec��o de soros para animais pe�onhentos pela Funda��o Ezequiel Dias (Funed) que mant�m, desde 1985, uma fazenda experimental e de produ��o dos soros antipe�onhentos, antit�xicos e antivirais que s�o distribu�dos pelo Minist�rio da Sa�de para todo o Brasil. A partir do plasma dos cavalos intoxicados s�o produzidos soros contra os venenos de v�rios tipos de serpentes, como cascavel, jararaca, coral e surucucu, al�m de ant�dotos para picada de escorpi�o e dos soros antitet�nico e antirr�bico.

Na fazenda s�o criados 150 cavalos em 200.31 hectares de �rea, sendo que 140.71.98 hectares constituem �rea de preserva��o permanente, com predom�nio do bioma mata atl�ntica em uma �rea de transi��o com o bioma cerrado. A Floresta Estadual S�o Judas Tadeu foi criada em 2001. N�o existe nenhum projeto de torn�-la um parque para fins de visita��o.


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