O rompimento da barragem da Mina C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, liga um alerta quanto ao abastecimento de �gua na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. A ruptura do reservat�rio da Vale inviabilizou a capta��o direta no Rio Paraopeba, inaugurada em dezembro de 2015 em car�ter emergencial que veio para resolver o at� ent�o risco de desabastecimento que existia na �poca. Diante do risco, a Justi�a determinou que a prefeitura da capital mineira comprove, em ju�zo, se h� necessidade ou n�o de realizar a��es para evitar a falta de �gua.
O juiz da 6ª Vara de Fazenda Estadual, Elton Pupo Nogueira, intimou os representantes da administra��o municipal a participar de uma audi�ncia de concilia��o que ser� realizada em 9 de maio na 6ª Vara Estadual. O encontro ser� no processo de antecipa��o de tutela movido pelo Estado e institui��es do sistema de Justi�a contra a Vale.
A preocupa��o com o desabastecimento surgiu devido a trag�dia em Brumadinho. A lama da barragem da Vale elevou a turbidez da �gua e inviabilizou a capta��o que funcionava diretamente no Rio Paraopeba desde dezembro de 2015, respons�vel por sugar 216 milh�es de metros c�bicos de �gua em tr�s anos e um m�s. Foi essa capta��o, que custou R$ 128 milh�es aos cofres p�blicos, que garantiu � Copasa a solu��o para a crise de abastecimento que se aproximava do racionamento em 2015. A retirada da �gua do rio garantiu a economia do recurso das represas e a recupera��o do sistema.
O gerente-geral da Divis�o de Produ��o da Bacia do Paraopeba, Paulo Diniz, afirmou, em 27 de mar�o, durante uma visita t�cnica da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) das Barragens da C�mara de BH, que aproximadamente 30% da popula��o de Belo Horizonte poder� ficar sem �gua, caso a capta��o no Rio Paraopeba pela Copasa n�o seja retomada em at� um ano e meio.
Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que comparecer� � audi�ncia de concilia��o, como determinado pelo Juiz.