
Antes do in�cio da sess�o, o presidente da CPI, deputado Gustavo Vadalares, leu uma decis�o judicial que permite os dois convidados, que s�o investigados pela Pol�cia Civil e chegaram a ser presos pelo rompimento, a se manterem em sil�ncio.
Depois disso, Valadares criticou duramente a decis�o dos convidados de n�o se manifestarem. O deputado leu um comunicado em que ele destacou que o sil�ncio gera um "profundo desprezo pela drama vivido pelas fam�lias" das v�timas de Brumadinho.
Mesmo assim, o deputado Andr� Quint�o, que � o relator da CPI, abriu os trabalhos fazendo as perguntas, que s�o sempre retornadas da mesma forma por Makoto. "Conforme orienta��o do meu advogado, vou permanecer em sil�ncio".
Em seguida, o deputado Sargento Rodrigues tamb�m iniciou uma s�rie de perguntas, mas elas tamb�m foram ignoradas e o investigado continuou mantendo o sil�ncio.
Os questionamentos passaram ainda pelos deputados Beatriz Cerqueira, Noraldino J�nior e Bart� do Novo, antes de voltarem para Andr� Quint�o para iniciar o depoimento de Andr� Yassuda. A postura se manteve a mesma at� o fim do interrogat�rio.

O advogado Augusto Botelho, que representa os engenheiros da T�v S�d, reafirmou, no fim da comiss�o, que todas as perguntas feitas pelos parlamentares j� haviam sido respondidas nos depoimentos que os engenheiros prestaram ao Minist�rio P�blico � Pol�cia Federal. “O sil�ncio deles aqui n�o prejudica em nada a investiga��o”, disse.
Botelho se irritou com as perguntas dos parlamentares e disse que as investiga��es devem procurar entender o que aconteceu entre setembro e janeiro. “Vamos l�, o que � a declara��o de estabilidade de uma barragem? � uma fotografia. Uma fotografia daquele momento e do passado da barragem. N�o � uma perspectiva de futuro. A �ltima declara��o de estabilidade assinada pelos engenheiros da T�v S�d, foi em setembro (2018). A barragem rompeu no final de janeiro (2019)”, defendeu.
Questionado sobre a press�o que a Vale teria feito para que Makoto Namba assinasse a declara��o de estabilidade, o advogado disse que o depoimento foi descontextualizado. “Era uma press�o comercial que em nada alterou a posi��o t�cnica dele naquele momento. Press�o comercial para rapidez da assinatura. Press�o essa que, em momento nenhum, desqualificou o trabalho t�cnico”, defendeu Botelho.