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Estado de Minas

Engenheiros de empresa que atestou estabilidade de barragem da Vale ficam calados em CPI

Makoto Namba foi o primeiro a ser ouvido pela CPI da ALMG nesta quinta-feira. Ele optou por n�o responder as perguntas dos deputados e foi seguido por Andr� Yassuda, que manteve a mesma postura


postado em 02/05/2019 09:59 / atualizado em 02/05/2019 16:12

Makoto Namba se negou a responder as perguntas dos deputados. Ele esteve acompanhado do advogado Augusto Botelho(foto: Ricardo Barbosa/ALMG)
Makoto Namba se negou a responder as perguntas dos deputados. Ele esteve acompanhado do advogado Augusto Botelho (foto: Ricardo Barbosa/ALMG)
A agenda da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) que apura o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho prev� nesta manh� de quinta-feira o depoimento dos engenheiros Makoto Namba e Andr� Yassuda, da consultoria alem� T�v S�d Brasil, respons�vel pela declara��o de estabilidade do reservat�rio que se rompeu. Primeiro a ser ouvido pela comiss�o, Makoto optou por permanecer em sil�ncio durante as perguntas dos deputados. Andr� come�ou a ser ouvido por volta de 11h30 e manteve a mesma postura.

Antes do in�cio da sess�o, o presidente da CPI, deputado Gustavo Vadalares, leu uma decis�o judicial que permite os dois convidados, que s�o investigados pela Pol�cia Civil e chegaram a ser presos pelo rompimento, a se manterem em sil�ncio.

Depois disso, Valadares criticou duramente a decis�o dos convidados de n�o se manifestarem. O deputado leu um comunicado em que ele destacou que o sil�ncio gera um "profundo desprezo pela drama vivido pelas fam�lias" das v�timas de Brumadinho.

Mesmo assim, o deputado Andr� Quint�o, que � o relator da CPI, abriu os trabalhos fazendo as perguntas, que s�o sempre retornadas da mesma forma por Makoto. "Conforme orienta��o do meu advogado, vou permanecer em sil�ncio".

Em seguida, o deputado Sargento Rodrigues tamb�m iniciou uma s�rie de perguntas, mas elas tamb�m foram ignoradas e o investigado continuou mantendo o sil�ncio.

Os questionamentos passaram ainda pelos deputados Beatriz Cerqueira, Noraldino J�nior e Bart� do Novo, antes de voltarem para Andr� Quint�o para iniciar o depoimento de Andr� Yassuda. A postura se manteve a mesma at� o fim do interrogat�rio.

André Yassuda repetiu a postura de Makoto Namba e se manteve em silêncio(foto: Reprodução da Internet/Youtube/ALMG)
Andr� Yassuda repetiu a postura de Makoto Namba e se manteve em sil�ncio (foto: Reprodu��o da Internet/Youtube/ALMG)


O advogado Augusto Botelho, que representa os engenheiros da T�v S�d, reafirmou, no fim da comiss�o, que todas as perguntas feitas pelos parlamentares j� haviam sido respondidas nos depoimentos que os engenheiros prestaram ao Minist�rio P�blico � Pol�cia Federal. “O sil�ncio deles aqui n�o prejudica em nada a investiga��o”, disse. 

 

Botelho se irritou com as perguntas dos parlamentares e disse que as investiga��es devem procurar entender o que aconteceu entre setembro e janeiro. “Vamos l�, o que � a declara��o de estabilidade de uma barragem? � uma fotografia. Uma fotografia daquele momento e do passado da barragem. N�o � uma perspectiva de futuro. A �ltima declara��o de estabilidade assinada pelos engenheiros da T�v S�d, foi em setembro (2018). A barragem rompeu no final de janeiro (2019)”, defendeu.

 

Questionado sobre a press�o que a Vale teria feito para que Makoto Namba assinasse a declara��o de estabilidade, o advogado disse que o depoimento foi descontextualizado. “Era uma press�o comercial que em nada alterou a posi��o t�cnica dele naquele momento. Press�o comercial para rapidez da assinatura. Press�o essa que, em momento nenhum, desqualificou o trabalho t�cnico”, defendeu Botelho.


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