Vale diz que talude deve deslizar para a cava de mina em Bar�o de Cocais
Em v�deo, diretor informa que se isso ocorrer, n�o haver� "maiores consequ�ncias" para a barragem, mas ressalta que ela continua no n�vel 3 de alerta
postado em 28/05/2019 11:59 / atualizado em 28/05/2019 13:06
A mineradora Vale, respons�vel pela Mina de Gongo Soco, em Bar�o de Cocais, Regi�o Central de Minas, disse nesta ter�a-feira que as �ltimas an�lises do talude norte apontam que, em caso de ruptura, h� "grande possibilidade" de o material deslizar para dentro da cava, diminuindo a hip�tese de impacto na Barragem Sul Superior.
Em um v�deo divulgado hoje, o diretor de Opera��es da Vale, Marcelo Barros, d� um panorama das medidas preventivas realizadas na cidade em caso de rompimento da barragem e fala sobre o pared�o, que nesta manh� apresentava deslocamento de 23,9 cent�metros/dia. “Tanto o talude quanto a barragem s�o monitorados 24 horas por dia e toda a previs�o � revisada diariamente. H� uma grande possibilidade de o talude, uma vez deslizando, se acomode dentro da cava, sem maiores consequ�ncias”, afirma Barros no v�deo.
A mineradora afirma que mesmo que a barragem n�o se rompa com a queda do talude, ela continua no n�vel 3, que indica risco iminente. Assim, foram realizados simulados e prepara��o das comunidades e que, junto �s autoridades, foram tomadas todas as decis�es preventivas "para qualquer cen�rio". O diretor afirma que todas as pessoas que moram nas Zonas de Autossalvamento (ZAZ) foram realocadas. Al�m disso, 3 mil animais foram retirados da �rea e pe�as de arte sacra foram transferidas.
(foto: Arte EM)
A mineradora tamb�m afirma que n�o ser�o realizadas obras na cava para garantir a seguran�a. “J� as obras de conten��o continuam. A maior das obras � a constru��o de uma esp�cie de bacia que, no caso extremo de rompimento da barragem, ajudaria a reter parte dos rejeitos de min�rio. Al�m disso, est�o sendo colocadas telas e blocos de granito para diminuir a velocidade do rejeito”, informou a mineradora, por meio de nota.
Segundo a Ag�ncia Nacional de Minera��o (ANM), por volta das 17h de ontem a movimenta��o em alguns pontos isolados era de 21,5 cent�metros/dia. �s 8h de hoje, o deslocamento chegou a 23,9 cm/dia. A deforma��o na por��o inferior do talude norte tamb�m aumentou de 18 cm/dia para 19,5 cm/dia.
A Barragem Sul Superior, da Vale, se tornou centro das aten��es ap�s a ruptura dos barramentos 1, 4 e 4A, em Brumadinho, respons�vel pela morte j� confirmada de 243 pessoas e por 27 desaparecidos, quando 12 milh�es de metros c�bicos de rejeitos foram despejados sobre o Vale do Rio Paraopeba. A trag�dia foi o gatilho para uma crise no setor, com revis�o dos crit�rios de estabilidade das represas de rejeitos. Em 9 de fevereiro, a barragem de Bar�o de Cocais foi declarada como sem garantia de estabilidade, atingindo o n�vel tr�s de alerta, que indica risco iminente de ruptura.