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Estado de Minas

Fac��o criminosa arrecada R$ 5 milh�es por semana com tr�fico de coca�na, diz PF

Respons�vel por movimenta��o desse tamanho � a organiza��o que nasceu em pres�dios paulistas e que tem atua��o em cadeias e nas ruas de todo o Brasil. N�cleo financeiro foi atacado em opera��o desencadeada hoje por diferentes autoridades em Minas e mais tr�s estados


postado em 09/08/2019 12:34 / atualizado em 09/08/2019 14:18

Delegado Alexsander Oliveira (o segundo da direita para a esquerda) revelou que investigações sobre núcleo financeiro da facção criminosa descobriram movimentação de R$ 5 milhões por semana apenas com o tráfico da cocaína em todo o Brasil (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Delegado Alexsander Oliveira (o segundo da direita para a esquerda) revelou que investiga��es sobre n�cleo financeiro da fac��o criminosa descobriram movimenta��o de R$ 5 milh�es por semana apenas com o tr�fico da coca�na em todo o Brasil (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
A Opera��o Caixa-Forte desencadeada em Minas Gerais nesta sexta-feira pela For�a Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) conseguiu alcan�ar dois alvos importantes dentro da hierarquia do Primeiro Comando da Capital (PCC), organiza��o criminosa origin�ria dos pres�dios de S�o Paulo. Al�m disso, os investigadores descobriram uma movimenta��o semanal milion�ria com o tr�fico de coca�na. Um dos investigados tem atua��o de destaque a n�vel nacional e outro em Minas.

Um desses alvos da Ficco, que � coordenada pela Pol�cia Federal e tamb�m conta com Pol�via Rodovi�ria Federal (PRF), Pol�cia Militar, Pol�cia Civil e Sistema Prisional, � considerado pela PF o principal contador da fac��o em todo o Brasil. Foi a partir dele, que est� preso na Penitenci�ria Estadual de Piraquara, na Regi�o Metropolitana de Curitiba (PR), que os investigadores levantaram informa��es financeiras sobre o tr�fico de coca�na gerenciado pela fac��o em todo o pa�s.

De acordo com o delegado Alexsander Oliveira, que coordena a Ficco, s� com a venda da coca�na a fac��o arrecada R$ 5 milh�es por semana em todo o pa�s, dinheiro que tem como destina��o final os membros da chamada "Sintonia Final" grupo que comanda a organiza��o. O homem que teve o mandado de pris�o cumprido nesta sexta-feira fazia a contabilidade de dentro da penitenci�ria do Paran�, a partir de contato 24 horas por dia com telefone celular. Ele recebia a todo momento informa��es oriundas dos respons�veis pelo tr�fico nos estados, e fazia as contas diretamente da cadeia.
Entre materiais apreendidos na operação estão celulares(foto: Polícia Federal/Divulgação)
Entre materiais apreendidos na opera��o est�o celulares (foto: Pol�cia Federal/Divulga��o)


"Ele fornecia as contas banc�rias onde os valores do tr�fico deveriam ser depositados e fazia a confer�ncia desses dep�sitos por meio de fotos dos dep�sitos feitos pelos faccionados que eram recebidos por ele. Ele fazia tabelas em papel, que depois eram repassadas por apoiadores desse contador, que faziam a digitaliza��o dessas tabelas para o controle efetivo", explica o delegado.

O modus operandi dos bandidos tentava ocultar a movimenta��o a partir do que a tipologia da lavagem de dinheiro classifica como dep�sitos fracionados. Pequenos valores que eram depositados em determinadas contas chegavam a somas que n�o podiam alcan�ar R$ 10 mil, justamente para n�o acionar autoridades que acompanham os rastros de crimes financeiros, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Desde novembro de 2018, quando as investiga��es que culminaram com a Opera��o Caixa-Forte come�aram, s� em 45 contas que foram bloqueadas pela Justi�a a pedido da pol�cia mais de R$ 7 milh�es foram movimentados. "Mas isso � um universo muito pequeno. Foi o que a gente pode identificar nessa opera��o, s� o tr�fico de coca�na da fac��o movimenta, semanalmente, mais de R$ 5 milh�es", acrescenta o delegado. A partir da investiga��o do contador preso no Paran�, a Pol�cia Federal conseguiu ind�cios dessa arrecada��o apenas com o tr�fico da coca�na.

Policiais também arrecadaram um fuzil durante cumprimento de mandados de busca e apreensão(foto: Polícia Federal/Divulgação)
Policiais tamb�m arrecadaram um fuzil durante cumprimento de mandados de busca e apreens�o (foto: Pol�cia Federal/Divulga��o)


Mas a opera��o tamb�m focou em um membro importante da fac��o dentro de Minas Gerais. Ele tamb�m estava preso, s� que em Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro, e tudo come�ou a partir da apreens�o de um celular dele, quando as investiga��es foram iniciadas, em novembro do ano passado. Esse homem � apontado pela PF como o respons�vel da organiza��o pelo tr�fico de drogas em Minas, ocupando o cargo m�ximo da chamada "Geral do Progresso" no estado, que � outro n�vel hier�rquico.

Ao todo, 52 mandados de pris�o foram autorizados e 40 deles cumpridos, sendo que seis pessoas j� estavam presas. Al�m de Minas e Paran�, a opera�a� tamb�m teve alvos em S�o Paulo e no Mato Grosso do Sul. Foram 48 mandados de busca e apreens�o, todos cumpridos, e 45 mandados de sequestro ou bloqueio de bens, que tamb�m foram 100% cumpridos.

Segundo o delegado Alexsander Oliveira, em Minas eram sete alvos, nas cidades de Uberaba e Concei��o das Alagoas, todas no Tri�ngulo.

Em menos de uma semana, � a segunda vez que a Pol�cia Federal deflagra uma opera��o no pres�dio de Piraquara, no Paran�. Na �ltima ter�a-feira, uma opera��o da PF do Paran� tamb�m focou o n�cleo financeiro da fac��o criminosa, mas o alvo foram os recursos da contribui��o mensal de filiados da organiza��o, al�m de outros valores arrecadados como contribui��o dos cerca de 24 mil membros no Brasil, dos quais cerca de 10% em Minas.


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