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Estado de Minas

Por que este museu em BH � modelo de seguran�a contra inc�ndio

O aparato do Museu de Artes e Of�cios para atuar em situa��es de emerg�ncia


postado em 25/08/2019 06:00 / atualizado em 25/08/2019 07:35

Museu de Artes e Ofícios (MAO), na Praça Rui Barbosa (Estação), no Centro de BH, é referência para o Corpo de Bombeiros em segurança(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Museu de Artes e Of�cios (MAO), na Pra�a Rui Barbosa (Esta��o), no Centro de BH, � refer�ncia para o Corpo de Bombeiros em seguran�a (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Visitar um museu � abrir os olhos para a beleza, mergulhar fundo na cultura e sair com a sensa��o de que aprendeu e se divertiu. Em Belo Horizonte, o Museu de Artes e Of�cios (MAO), na Pra�a Rui Barbosa (Esta��o), no Centro, � refer�ncia para o Corpo de Bombeiros em seguran�a, pois, de acordo com os militares, disp�e de todos os elementos que comp�em o sistema de preven��o de combate a inc�ndio e p�nico. Levantamento do Minist�rio P�blico de Minas Gerais ao qual o EM teve acesso revela que, um anos depois do tr�gico inc�ndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, Minas tem mais de 80% de im�veis do patrim�nio sem sistema contra inc�ndio

Com at� 150 mil visitantes por ano e mais de 2,5 mil itens em exposi��o – o pr�dio � tombado pelo Iepha e o acervo pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) –, o equipamento apresenta extintores, sistema de alarme, hidrante, sinaliza��o, rota de fuga e brigadistas, entre outros, informa a supervisora t�cnica Gabriela Ara�jo Batista.

Inaugurado em dezembro de 2005 pelo Instituto Cultural Fl�vio Gutierrez, presidido pela empres�ria �ngela Gutierrez, o MAO est� desde 2016 vinculado � Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais, via Servi�o Social da Ind�stria (Sesi/Fiemg). "Todos n�s somos brigadistas. Eu, por exemplo, j� vou para o terceiro curso", conta Gabriela.

Sistema de proteção contra chamas, alarmes e funcionários treinados são destaque no Museu de Artes e Ofícios de BH(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Sistema de prote��o contra chamas, alarmes e funcion�rios treinados s�o destaque no Museu de Artes e Of�cios de BH (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
J� na tricenten�ria Santa Luzia, os moradores anseiam pela reabertura da Casa de Cultura/Museu Hist�rico Aur�lio Dolabella, na Pra�a da Matriz, que guarda a mem�ria local e o acervo referente � Revolu��o Liberal de 1842, que terminou na cidade e op�s as tropas do Ex�rcito, chefiadas por Lu�s Alves de Lima e Silva (1803-1880), o Duque de Caxias, e os liberais sob o comando do mineiro Te�filo Otoni (1807-1869). O casar�o que, conforme pesquisas recentes teria sido hospital para os feridos nos combates, tem projeto para restaura��o pronto e bancado pela prefeitura e aguarda o sinal verde do Iepha e do Iphan para ser posto em pr�tica, informa o secret�rio municipal de Cultura, Ulisses Brasileiro.

"Estamos s� aprovando a libera��o dos projetos para come�ar as obras. Acreditamos que isso ser� poss�vel em outubro, devendo a interven��o durar um ano e meio. Parte dos recursos est� garantida pelo Fundo Municipal de Cultura, devendo o restante ser captado, via lei de incentivo, em empresas instaladas aqui", explica o secret�rio.

Demanda por a��es urgentes em Santa Luzia


Casa de Cultura/Museu Histórico Aurélio Dolabella, em Santa Luzia, guarda a memória local e o acervo referente à Revolução Liberal de 1842(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Casa de Cultura/Museu Hist�rico Aur�lio Dolabella, em Santa Luzia, guarda a mem�ria local e o acervo referente � Revolu��o Liberal de 1842 (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O historiador Marco Aur�lio Fonseca, a arquiteta e paisagista M�rcia Souza e a paisagista M�rcia Dantas, mostraram as depend�ncias do imponente im�vel que requer a��o mais do que urgente. O valioso acervo, durante muito tempo guardado em situa��o prec�ria e de forma inadequada, se encontra, agora no Sal�o da Baronesa, sobrado da Rua Direita, no Centro Hist�rico de Santa Luzia, entregue aos cuidados da conservadora de arte Maria Clara de Assis e da muse�loga Juliana Facre.

Em resposta ao Estado de Minas, a superintendente do Iphan em Minas, C�lia Corsino, informou que o projeto apresentado pela Prefeitura de Santa Luzia foi aprovado pelos t�cnicos da autarquia federal. Em nota, a dire��o do Iepha informa que o projeto de restaura��o da Casa de Cultura de Santa Luzia est� em processo de an�lise: "Em reuni�o em julho com as arquitetas da Prefeitura de Santa Luzia, t�cnicos da institui��o orientaram sobre as adequa��es necess�rias no projeto, visando � sua aprova��o. O Iepha aguarda o encaminhamento do projeto revisado, conforme acordado em reuni�o, para as devidas provid�ncias".

Encontro de museus em BH


Casa de Cultura de Santa Luzia aguarda liberação de recursos para passar por reformas(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Casa de Cultura de Santa Luzia aguarda libera��o de recursos para passar por reformas (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Reiterando a necessidade de a��es de preven��o e "cuidado di�rio" com os bens culturais, al�m da realiza��o de projetos, a diretora de Museus da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Ana Werneck, informa que, no per�odo de 11 a 13 do pr�ximo m�s, no Arquivo P�blico e Museu Mineiro, BH ser� sede do Encontro Estadual de Museus, com o tema “Gest�o de risco e seguran�a”, em parceria com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Um dos focos est� na capacita��o t�cnica. "O Ibram tem especialistas de renome e haver� estudo de casos, sendo um deles o bom exemplo em capacita��o do Museu do Ouro, em Sabar�".

Mesmo com problemas de sobra e suscept�veis a riscos, os museus brasileiros tiveram aumento na visita��o ap�s a trag�dia no Nacional. De acordo com o Ibram, a m�dia este ano, em rela��o ao mesmo per�odo em 2018, foi de 31% – para se ter uma ideia de p�blico, cerca de 38,4 milh�es de pessoas estiveram em 1.405 museus, contra 32,2 milh�es em 2017.

"A trag�dia no Rio, associada ao inc�ndio da Catedral de Notre-Dame, em Paris, Fran�a, abriu os olhos para a gest�o e preven��o de riscos e levou a uma maior conscientiza��o das pessoas para seus bens culturais"

Margareth Monteiro, diretora-interina do Museu da Inconfid�ncia, em Ouro Preto

Considerado um dos tr�s do pa�s (vinculados ao Ibram) com maior n�mero de visitantes – os outros s�o o Imperial, de Petr�polis (RJ), e o da Rep�blica, na capital fluminense –, o Museu da Inconfid�ncia, em Ouro Preto, na Regi�o Central do estado, registrou 40% de aumento nas f�rias de julho, com 32 mil pessoas – nos primeiros seis meses de 2019, houve 100 mil visitantes, devendo superar os 210 mil do ano passado.

"A trag�dia no Museu Nacional no Rio, associada ao inc�ndio, em abril, da Catedral de Notre-Dame, em Paris, Fran�a, abriu os olhos para a gest�o e preven��o de riscos e levou a uma maior conscientiza��o das pessoas para seus bens culturais, despertando o sentimento de pertencimento", avalia a diretora-interina do Inconfid�ncia, historiadora Margareth Monteiro. "Estamos numa efervesc�ncia", resume.


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