
Foi iniciada uma campanha na internet (vaquinha eletr�nica) para arrecadar recursos para a cirurgia reparadora na crian�a. Alberthy, de 24, afirma que o filho foi v�tima de erro m�dico.
O caso � investigado por meio de inqu�rito policial, presidido pela delegada Mariana Grassi Ceolin, da delegacia de Pol�cia Civil de Te�filo Otoni, que responde pela comarca de Malachacheta.
O pai informou que, nesta quinta-feira (17), vai levar o menino a Te�filo Otoni para exame de corpo de delito, procedimento da investiga��o.
Em entrevista, nesta semana, a delegada Mariana Grassi declarou que o inqu�rito para apurar o caso foi aberto a pedido do Minist�rio Publico Estadual. Ela informou que recolhe documentos e que ainda n�o iniciou a fase de depoimentos.
Informou, ainda, que vai apurar se a responsabilidade do caso foi do m�dico que morreu ou se houve o envolvimento de outros profissionais.
Alberthy Rocha relatou que, h� aproximadamente um ano, separou da ex-mulher e a crian�a ficou com ele e com a av� da crian�a. Ele disse que, por orienta��o m�dica, o menino precisou passar por uma cirurgia, agendada pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS).
Ele conta que a cirurgia durou quatro horas. E, quando o procedimento terminou, a crian�a reclamava de muita dor e tontura. Tamb�m notou que os len��is estavam ensanguentados. Foi a� que percebeu que o �rg�o do garoto tinha sido decepado.
O pai afirma que chegou a questionar o m�dico respons�vel pelo procedimento, que n�o admitiu o erro. “Ele falou que eu tinha assinado um termo, reconhecendo que a cirurgia tinha riscos e que tinha tirado a pele... E que dentro de 10 dias come�aria a desinchar e que o p�nis (do menino) come�aria a 'aparecer' e meu filho ficaria bem”, relatou.
Ele informou que, na madrugada seguinte, levou o filho para Te�filo Otoni, onde a crian�a foi examinada por um pediatra e por um urologista. Na sequ�ncia, o menino passou por uma avalia��o m�dica mais detalhada no Hospital Santa Ros�lia, onde foi constada a amputa��o do �rg�o genital.
Alberthy Rocha disse que, ainda em Teofilo Otoni, um m�dico especialista medicou a crian�a com um antibi�tico para evitar infec��o e medicamentos para dor e realizou a reconstru��o do coto.
O pai diz que, agora, passado um m�s do procedimento e do suposto erro m�dico, o menino est� bem. Mas, al�m do desejo da apura��o do caso, sua luta agora � encontrar um especialista que possa fazer a reconstru��o do p�nis da crian�a.
O estudante de agronomia disse que tem uma conhecida, que fez contato com um m�dico de Salvador (primo dela), que faz a cirurgia do caso indicado. “Mas, estamos procurando outros especialistas, n�o s� em Salvador, como tamb�m em Belo Horizonte e S�o Paulo”, afirmou Alberthy.
Ele tamb�m declarou que ainda n�o sabe que tipo de procedimento ser� feito – se necess�ria uma pr�tese, por exemplo. Por isso, ainda n�o estimulou meta de valor a ser arrecadado pela “vaquinha eletr�nica” na internet.
“Por enquanto, estamos pesquisando e procurando respostas em rela��o ao custo e ao pr�prio procedimento”, disse Alberthy. At� �s 20h desta quarta-feira, a campanha eletr�nica arrecadou R$ 17.781,80.