A Pol�cia Civil concluiu que o auxiliar de educa��o f�sica Hudson Nunes de Freitas, de 22 anos, que foi investigado por suspeita de estupro de vulner�vel nas depend�ncias do Col�gio Magnum – Cidade Nova, no Bairro Nova Floresta, na Regi�o Nordeste de BH, n�o ser� indiciado por nenhum crime relacionado �s den�ncias, feitas inicialmente pela m�e de uma crian�a, e que chegaram a totalizar sete boletins de ocorr�ncia. Os investigadores entenderam que n�o h� provas que sustentem o indiciamento e que n�o houve abuso sexual praticado nem por Hudson e nem por outras pessoas da escola ou de fora dela.
O primeiro deles foi a t�cnica de conversa entre pais e filhos que n�o foi considerada adequada para se obter informa��es relacionadas a poss�veis abusos. O segundo foi o recebimento de informa��es de forma indireta, o terceiro a divulga��o em redes sociais, e ainda a divulga��o na m�dia. Outro fator apontado foi a conversa entre pares, que no caso � a conversa entre as pr�prias crian�as, que tamb�m levou ao registro das ocorr�ncias.

As tr�s delegadas ressaltaram que todo um trabalho t�cnico foi seguido para esmiu�ar todas as den�ncias, chegando � conclus�o de que n�o houve abusos dentro da escola. Essa investiga��o tamb�m n�o encontrou nenhum ind�cio de que algum abuso tenha sido praticado fora do Magnum.
Entre as t�cnicas usadas para se chegar � conclus�o do caso foram usadas a an�lise do celular do suspeito, depoimentos de 41 pessoas entre poss�veis v�timas, seus representantes e testemunhas, avalia��o psicol�gica de pais e filhos, levantamento da vida pregressa do suspeito, an�lise de mais de 30 horas de c�meras, an�lise de �udios de crian�as encaminhados por seus pais e exames de corpo de delito das crian�as que eram alvo da den�ncia.
"Conclu�mos hoje pelo n�o indiciamento do suspeito Hudson Nunes de Freitas considerando a aus�ncia de elementos de autoria bem como prova da materialidade", disse a delegada Elenice Cristine. A delegada respons�vel direta pelo caso, Tha�s Degani, complementou que "a v�tima inicial, bem como as demais, n�o sofreram abuso sexual pelo investigado e nem por qualquer outro professor ou integrante da escola", disse.
A rea��o de Hudson
Assim que soube do resultado da investiga��o, Hudson disse a seus advogados que est� aliviado e pretende retomar sua vida. "Ele ficou em �xtase, est� muito satisfeito. Mas a vida dele nessas duas semanas n�o foi f�cil", segundo o advogado Marciano Andrade.
J� o advogado Fabiano Lopes, pontuou qual ser� o caminho da defesa do jovem de agora em diante. Ele garante que vai buscar repara��o dos danos sofridos por Hudson.
"A imagem do Hudson ficou prejudicada para o resto da vida. N�s entendemos que houve dolo de algumas pessoas, mas precisa ser melhor analisado. Provid�ncias t�m que ser tomadas porque a imagem do Hudson ficou totalmente desmoralizada perante a sociedade. Mesmo n�o sendo indiciado, qual pai chamaria o Hudson para cuidar de seu filho com uma acusa��o t�o grave que ele sofreu?", afirma Lopes.
O advogado tamb�m avaliou que a postura da escola foi correta e por isso n�o pretende buscar nenhum tipo de repara��o do Magnum. A escola j� informou que o cargo do auxiliar de educa��o f�sica est� o aguardando de volta, mas FAbiano Lopes disse que pretende conversar com os respons�veis pela institui��o para que, al�m da recontrata��o, o Col�gio Magnum assuma o compromisso de contratar o jovem quando ele se formar.
A posi��o do Col�gio Magnum
Na noite passada, o Col�gio Magnum convidou Hudson a retornar � institui��o de educa��o e recuperar seu emprego de estagi�rio de educa��o f�sica, segundo a defesa do jovem, o que foi confirmado pela escola. O convite aconteceu no mesmo dia em que a Pol�cia Civil finalizou as investiga��es acerca do caso. Desde o in�cio das apura��es, Hudson negou os crimes.
Em nota, o Magnum informou que "inicialmente, decidimos pelo afastamento do colaborador supostamente envolvido, com o duplo objetivo de resguardar a integridade da fam�lia e do colaborador e de permitir que o inqu�rito pudesse tramitar de forma isenta. Cumprimos nosso papel perante a sociedade, as fam�lias, nossos educadores e as autoridades competentes. Estando a investiga��o conclu�da, permanece o compromisso j� firmado com o colaborador afastado de manter sua vaga garantida t�o logo ele queira e possa retomar suas atividades", segundo texto enviado pela assessoria de imprensa.
Relembre o caso
As investiga��es tiveram in�cio em 4 de outubro e, desde ent�o, a Delegacia Especializada de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente colheu o depoimento de 41 pessoas, entre crian�as, familiares, representantes da escola e o suspeito.
Um mandado de busca e apreens�o foi cumprido em 10 de outubro, na casa do suspeito, e um celular foi apreendido.
Tamb�m foram realizadas dilig�ncias nas depend�ncias da escola e an�lise das imagens das c�meras de seguran�a. O caso segue em sigilo para a Justi�a, em cumprimento do Estatuto da Crian�a e do Adolescente (ECA).
Um mandado de busca e apreens�o foi cumprido em 10 de outubro, na casa do suspeito, e um celular foi apreendido.
Tamb�m foram realizadas dilig�ncias nas depend�ncias da escola e an�lise das imagens das c�meras de seguran�a. O caso segue em sigilo para a Justi�a, em cumprimento do Estatuto da Crian�a e do Adolescente (ECA).