O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD),  posicionou-se contr�rio ao fechamento do Aeroporto Carlos Prates. Ele falou � imprensa, na manh� de quarta (12), depois da cerim�nia de lan�amento do projeto Carta para voc�, que promove a troca de correspond�ncias entre crian�as das redes de ensino p�blica e privada da capital e idosos, que vivem em casas de repouso. Ao final da cerim�nia, o prefeito comentou o acidente com o monomotor PR-ETJ, modelo SR 20, que caiu e explodiu na Rua Minerva na segunda-feira (21), deixando quatro mortos e dois feridos.

 

Em abril, quando ocorreu outro acidente a�reo com aeronave de pequeno porte no mesmo local, a rua Minerva, Kalil tamb�m se manifestou contr�rio ao fechamento do aeroporto.

 

"Tudo que � um desastre � chocante. Choca o prefeito, choca o ser humano. No Anel Rodovi�rio, n�s tivemos 40 mortos este ano. Seria um boa ideia fechar o anel? Ent�o, s�o coisas que t�m que ser investigadas, coisas que t�m que ser pensada de forma equilibrada. N�o podemos radicalizar e tomar decis�es precipitadas", disse.

 

Kalil lembrou que h� ind�cios de que o avi�o estava acima do peso e em situa��o irregular, defendendo que deve haver mais fiscaliza��o. "Dever�amos aumentar a fiscaliza��o no Aeroporto Carlos Prates, mas n�o podemos fechar aeroportos", afirmou. 

 

O prefeito citou outros aeroportos que est�o localizadas em regi�o com grande concentra��o populacional. "Ent�o, temos que fechar Congonhas, Santos Dummont, o aeroporto da Pampulha. Desde que avi�o voa, avi�o cai", afirmou. 

 

Segundo acidente

 

�s 8h14min03 de ontem, o avi�o PR-ETJ modelo SR 20 decolou da pista do Aeroporto Carlos Prates, cruzou a Avenida Dom Pedro II e alcan�ou os limites do Bairro Cai�ara. Nesse momento, ele fez um retorno brusco na pr�pria rota e caiu na Rua Minerva, em frente ao n�mero 308, exatos 21 segundos depois de levantar voo. Antes do choque no solo, abriu um paraquedas, que ficou esticado pela Rua Minerva e ainda atingiu tr�s ve�culos. O avi�o e os carros pegaram fogo .

 

Abastecimento de �gua em BH

 Na entrevista coletiva, o prefeito comentou o risco de desabastecimento em Belo Horizonte tendo em vista o atraso das obras de capta��o de �gua no Rio Paraopeba em decorr�ncia do rompimento de barragem em Bruamadinho. Ele disse que a preocupa��o n�o � de agora. "Em fevereiro, a Copasa foi chamada aqui junto a Defesa Civil do estado, Defesa Civil do munic�pio com a minha presen�a para saber do risco da falta de �gua em Belo Horizonte", relatou. Kalil afirmou que a prefeitura ainda n�o foi acionada.

 

O prefeito ainda fez cr�tica a uma poss�vel privatiza��o da companhia estadual. "A Copasa � uma concession�ria de �gua de Belo Horizonte. Vamos lembrar que 60% do faturamento da Copasa v�m de Belo Horizonte. Ent�o, acho muito engra�ado quando eles falam de privatizar a Copasa que est�o querendo privatizar o que n�o � deles", disse.

 

Kalil afirmou que, de acordo com o contrato de concess�o, o dia que o estado privatizar perde a concess�o da �gua de Belo Horizonte, cujo faturamento � da ordem de R$ 400 milh�es por ano.