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Estado de Minas

Delegados e policiais embolsaram mais de R$ 19 milh�es em propina no Detran de Santa Luzia

Grupo envolvia tamb�m a participa��o de despachantes, donos de p�tios de apreens�o e comerciantes.


11/12/2019 17:51 - atualizado 11/12/2019 20:07

Um total de R$ 842 mil em dinheiro foi apreendido na operação, sendo R$ 558 mil na casa de uma servidora
Um total de R$ 842 mil em dinheiro foi apreendido na opera��o, sendo R$ 558 mil na casa de uma servidora (foto: Minist�rio P�blico de Minas Gerais/Divulga��o)

Mais de R$ 19 milh�es foram desviados em propinas por organiza��o criminosa composta por delegados, policiais civis e militares, despachantes, comerciantes e donos de p�tios de apreens�o de ve�culos em Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de Minas Gerais (RMBH).

O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) denunciou hoje 16 pessoas que participavam das irregularidades envolvendo o Departamento de Tr�nsito de Minas Gerais (Detran-MG). Foram recolhidos mais de R$ 840 mil pela for�a-tarefa, a maior apreens�o feita neste ano pelo Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O esquema � antigo e foram identificados crimes cometidos pelo menos desde 2011. A investiga��o apontou que a organiza��o atuava em praticamente todos os servi�os do Detran em Santa Luzia: libera��o e transfer�ncias de ve�culos, realiza��o de vistoria e leil�es e contava at� com a participa��o de policiais nos lucros de p�tios de apreens�o do munic�pio, licenciados ilicitamente.

H� imagens que mostram o desvio de pe�as e equipamentos de ve�culos apreendidos. A organiza��o tamb�m fazia blitzes pela Pol�cia Militar (PM) para a apreens�o de ve�culos.

Papelotes com o dinheiro pago coo propina e a identificação dos veículos a que se referiam
Papelotes com o dinheiro pago coo propina e a identifica��o dos ve�culos a que se referiam (foto: Minist�rio P�blico de Minas Gerais/Divulga��o)
“Com a libera��o, ganhavam propina. Al�m disso, identificamos a apreens�o simulada de ve�culos no sistema, com o objetivo de acelerar a libera��o. Ele era apreendido no sistema da Pol�cia Civil (PC) e, em seguida, a apreens�o era cancelada. O carro nem chegava a ir para o p�tio”, afirma a promotora de Justi�a do Gaeco Paula Ayres Lima.

A cobran�a de propina era a condi��o para que servi�os fossem executados com rapidez. De acordo com a den�ncia, o delegado de pol�cia Christian Nunes de Andrade chefiava o esquema, ficando com metade da propina desviada e 10% dos valores dos leil�es. Na casa dele, foram apreendidos carros e motos de luxo. O delegado e mais oito presos est�o presos.

“O delegado Christian � o chefe do esquema e o principal benefici�rio”, diz promotora.

Penas somam 208 anos

A opera��o, batizada de “Cataclisma”, identificou crimes de corrup��o ativa, passiva, organiza��o criminosa, peculato, inser��o de dados falsos nos sistemas de informa��o e lavagem de dinheiro, com penas que somam 208 anos.

Segundo força-tarefa, crimes envolviam a cobrança de propina para a liberação e transferência de veículos, o desvio de peças e equipamentos de carros apreendidos, entre outros
Segundo for�a-tarefa, crimes envolviam a cobran�a de propina para a libera��o e transfer�ncia de ve�culos, o desvio de pe�as e equipamentos de carros apreendidos, entre outros (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
As investiga��es come�aram h� tr�s anos, a partir de den�ncias an�nimas de pessoas lesadas pelo grupo, formado por policiais civis, militares, despachantes, comerciantes e donos de p�tios de apreens�o de ve�culos em Santa Luzia.

Segundo a for�a-tarefa, um dos denunciantes, um homem cuja renda � de um sal�rio m�nimo, precisou pagar R$ 140 para a libera��o do documento do ve�culo, que havia comprado para trabalhar. Os valores de propina cobrados eram vari�veis, a partir de R$ 20.

Em 28 de novembro, foram cumpridos 46 mandados de busca e apreens�o e 13 mandados de pris�o tempor�ria. Somente na resid�ncia de uma servidora p�blica a for�a-tarefa encontrou a quantia de R$ 558 mil em dinheiro.

“� dif�cil precisar quanto foi embolsado, mas pela quebra de sigilo fiscal e banc�rio, os envolvidos apresentaram uma movimenta��o banc�ria incompat�vel”, afirma.

O grupo estima montante de R$ 19 milh�es. A opera��o foi realizada em conjunto com o MPMG, PC, PM e Receita Estadual. A investiga��o tamb�m identificou esquema semelhante em Lagoa Santa, na Grande BH, ainda em apura��o.

Denunciados pela Opera��o Cataclisma

Christian Nunes de Andrade, delegado de pol�cia
Marcelo Nonato Magalh�es, investigador de pol�cia
Cl�udia M�rcia da Silva, investigadora de pol�cia
Emerson Rodrigues, servidor p�blico municipal
Paulo Roberto Ferreira Rosa, policial civil
Wagner Tadeu Pereira Seixas, policial civil
Rodrigo Palhares Horta, policial civil
N�lio Aristeu Zeferino, policial militar
Jo�o Pedro Martins, empres�rio
B�rbara Flaviane dos Santos, empres�ria
Jos� Moreira de Souza, gerente de p�tio de apreens�o
Ida do Carmo Bacelete, delegada de pol�cia
Any Aparecida Fernandes Bacelete Belchior Roberto de Rezende Lara, vigilante
Gliber Dias Machado, comerciante


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