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Estado de Minas DESASTRE DE BRUMADINHO

Retirada de rejeito em Brumadinho come�a de imediato. Permiss�o favorece bombeiros

Meio ambiente estadual autoriza deposi��o de res�duos do rompimento de barragem da Vale em cava de mina. Provid�ncia vai facilitar trabalhos de resgate


postado em 28/12/2019 04:00 / atualizado em 28/12/2019 09:43

Transporte do material já vistoriado por equipes do Corpo de Bombeiros começará de imediato e deve favorecer as buscas por desaparecidos(foto: Leandro Couri/Em/D.a press)
Transporte do material j� vistoriado por equipes do Corpo de Bombeiros come�ar� de imediato e deve favorecer as buscas por desaparecidos (foto: Leandro Couri/Em/D.a press)

Quase um ano depois do desastre em C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, os mais de 7 milh�es de metros c�bicos (m3) de rejeito de min�rio despejados na Bacia do Rio Paraopeba devido ao rompimento da barragem da Vale come�am a ganhar destino definitivo. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad) autorizou ontem a mineradora a depositar os res�duos na cava da mina, pr�ximo ao local da trag�dia. O transporte do material vai come�ar imediatamente.

Desde outubro a empresa pleiteava a autoriza��o. Como o Estado de Minas antecipou na edi��o de ontem, estudos indicavam que o destino confinado representaria menores impactos e mais seguran�a na remo��o dos rejeitos espalhados pelos 9,6 quil�metros de extens�o do Ribeir�o Ferro-Carv�o. Os res�duos ser�o depositados na antiga cava da Mina C�rrego do Feij�o, uma depress�o rochosa aberta na serra com capacidade para receber at� 27 milh�es de m3 de material, dentro do pr�prio complexo miner�rio.

Atualmente, cerca de 1,3 milh�o de rejeitos j� vistoriados pelo Corpo de Bombeiros, que continua as buscas pelos 13 desaparecidos, ficam em pilhas na �rea da empresa. A expectativa � que o novo destino dos res�duos facilite o trabalho da corpora��o em �reas ainda n�o exploradas. “A retirada do material para outro local de descarte vai liberar mais �reas para fazermos a secagem de rejeito, necess�ria dependendo da qualidade do material”, explica o capit�o Ac�cio Trist�o Gouvea, chefe de opera��es da base dos Bombeiros em Brumadinho. Atualmente, 80 militares trabalham nas buscas. Os trabalhos seguem ininterruptamente, inclusive no r�veillon.

Para a concess�o da autoriza��o, a secretaria solicitou da Vale estudos hidrogeol�gicos, procedimentos de gest�o de res�duos e monitoramento da cava. Entre as condi��es para a licen�a, v�lida por 10 anos, est�o uma s�rie de medidas de controle sobre a caracteriza��o dos res�duos, o monitoramento das �guas superficiais e subterr�neas, dos ru�dos e de vibra��o.

“A disposi��o na cava � considerada ambientalmente correta, pois, al�m de ser realizada em uma �rea tecnicamente segura, sem a necessidade de constru��o de barramentos, diques ou novas estruturas de conten��o, � uma �rea antropizada (j� descaracterizada pela a��o humana), o que reduz o impacto ambiental, visual e facilita a recupera��o da �rea, quando do seu descomissionamento (desativa��o, com recupera��o ambiental”, informa a Semad.

Atualmente, depois de removidos do curso d'�gua os rejeitos s�o vistoriados e liberados pelas equipes de bombeiros que ainda realizam as buscas pelos desaparecidos, 13 de um total de 270 v�timas do rompimento. Em seguida, o material � transportado por uma estrada de terra de 3,6 quil�metros que foi criada a partir da antiga estrada de ferro operada no complexo. As primeiras casas do Bairro Parque do Lago, de Brumadinho, ficam a apenas a 130 metros dessa via. A estrada de liga��o com o Bairro C�rrego do Feij�o fica a menos de 100 metros. Os caminh�es que saem da zona quente de buscas por v�timas carregados com rejeitos removidos da �rea atingida sobem toda a estrada, passando pelas antigas estruturas de beneficiamento, que foram destru�das e desmobilizadas.

A Mina C�rrego do Feij�o ainda estava em opera��o em dezembro de 2018, antes do rompimento da barragem B1, em 25 de janeiro. Um projeto de integra��o com as opera��es da mina vizinha, de Jangada, estava em andamento, aguardando autoriza��o dos �rg�os ambientais. Mesmo com a cava contendo min�rio de ferro n�o explorado, a Vale se comprometeu a n�o mais ativar as atividades no local, o que deixaria o espa�o aberto para a destina��o de rejeitos se assim for aprovado pelos �rg�os ambientais. A usina de tratamento do complexo miner�rio tamb�m est� desativada, mas ainda n�o se sabe se h� planos para seu aproveitamento futuro.

Em nota, a Vale informou que “o uso do local � a solu��o definitiva e mais segura para acomodar o rejeito, uma vez que a cava � uma escava��o realizada em rocha resistente, controlada e monitorada em termos ambientais, geot�cnicos e operacionais”. Segundo o texto, a cava tem capacidade para receber o rejeito que precisa ser armazenado e o transporte ser� feito em caminh�es, usando exclusivamente vias internas do complexo da mineradora.

Em Mariana, o destino dos rejeitos � um drama que j� representa mais de quatro anos de atrasos, depois do rompimento da Barragem do Fund�o, da Samarco, em novembro de 2015. At� hoje n�o h� destino definido para os cerca de 40 milh�es de metros c�bicos de res�duos de min�rio de ferro que vazaram ap�s o desastre, e inundaram o Vale do Rio Doce.


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