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Estado de Minas O CASO BACKER // A HIST�RIA COMO VOC� AINDA N�O OUVIU

1 milh�o de Belorizontinas condenadas: an�lise aponta mais lotes contaminados

Minist�rio da Agricultura anuncia ter encontrado subst�ncias t�xicas em 12 dos 22 r�tulos fabricados por cervejaria mineira. Quantidade de lotes com testes positivos sobe para 54


postado em 19/02/2020 06:00 / atualizado em 19/02/2020 13:53

A fábrica da Backer no Bairro Olhos D'Água, Região Oeste da capital, está interditada desde 10 de janeiro. Empresa está proibida de vender seus produtos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.a press)
A f�brica da Backer no Bairro Olhos D'�gua, Regi�o Oeste da capital, est� interditada desde 10 de janeiro. Empresa est� proibida de vender seus produtos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.a press)


A contamina��o das cervejas da Backer por subst�ncias t�xicas atinge mais da metade dos 22 r�tulos que eram comercializados pela empresa. An�lises do Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa) apontam a presen�a do dietilenoglicol ou do monoetilenoglicol em 54 lotes de 12 marcas da cervejaria artesanal – a listagem oficial indica 55 lotes, mas um deles, o L2 1604, figura duas vezes na rela��o. As subst�ncias proibidas foram detectadas em um quarto das 221 amostras analisadas. Somente da Belorizontina, r�tulo em que foram identificadas as primeiras contamina��es e carro-chefe da cervejaria mineira, s�o 33 lotes comprometidos, o que corresponde a cerca de 1 milh�o de garrafas.


O �rg�o federal destaca que o levantamento indica tratar-se de algo restrito � f�brica, e n�o atingir o setor de cervejas artesanais. Testes em 74 amostras de outras cervejarias deram negativo para os dois agentes qu�micos, usados por algumas empresas no processo de refrigera��o da bebida, mas que n�o podem ter contato com o l�quido.

Em rela��o ao �ltimo levantamento divulgado pelo Mapa, s�o 13 novos lotes identificados como contaminados, e mais dois r�tulos – Layback D2 e Tr�s Lobos Pilsen. As cervejas com contamina��o comprovada foram produzidas entre julho de 2019 e janeiro de 2020. Com isso, as an�lises refor�am a possibilidade de que intoxica��es tenham ocorrido antes de outubro de 2019 – per�odo inicialmente delimitado pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES) para notifica��es de casos suspeitos. A Pol�cia Civil ampliou, na �ltima sexta-feira, a investiga��o para dezembro de 2018.

As amostras contaminadas s�o das marcas Belorizontina, Backer Pilsen, Backer Trigo, Brown, Backer D2, Capixaba, Capit�o Senra, Corleone, Fargo 46, Layback D2, Pele Vermelha e Tr�s Lobos Pilsen. Uma das maiores cervejarias do Brasil, a f�brica da Backer no Bairro Olhos D'�gua, Regi�o Oeste da capital, est� interditada desde 10 de janeiro, proibida de vender seus produtos.

A Pol�cia Civil investiga 34 casos de intoxica��o por dietilenoglicol, sendo seis mortes, pela contamina��o das cervejas. Tr�s necr�psias s�o compat�veis com a presen�a da subst�ncia t�xica no organismo das v�timas e quatro exames de sangue confirmam a presen�a do agente qu�mico no sangue de pacientes.

Segundo o Mapa, at� ontem o Laborat�rio Federal de Defesa Agropecu�ria (LFDA/MG) havia analisado 315 amostras, entre elas de cervejas produzidas pela Backer, de cervejas de outras marcas, al�m de mat�rias-primas, insumos e res�duos de produ��o, na tentativa de detectar a presen�a dos contaminantes. Foram verificados problemas somente em amostras da cervejaria Backer. Servidores do minist�rio tamb�m identificaram os agentes qu�micos t�xicos na �gua e em equipamentos da ind�stria. “O caso envolvendo a contamina��o por etilenoglicol e dietilenoglicol em cervejas da empresa Backer � um evento isolado e que n�o coloca em risco a seguran�a das demais cervejas nacionais, sejam elas produzidas por estabelecimentos de grande ou pequeno porte”, informa o Mapa.

Em nota, a Backer informa que “ainda n�o foi comunicada pelo �rg�o competente sobre essa quest�o e que a aus�ncia de informa��o quantitativa sobre a presen�a de dietilenoglicol permanece”. A empresa reitera que j� retirou do mercado todas as suas marcas e, que portanto, n�o h� nenhum risco de contamina��o exposto aos consumidores.

ESCALA O engenheiro de redes C�lio Barros, de 59 anos, irm�o de um dos pacientes internados com suspeita de intoxica��o, Luciano Barros, de 56, est� assustado com a extens�o da contamina��o. “O estrago � muito grande. E a possibilidade de outros terem sido envenenados � alta, mesmo sem terem sentido o extremo do envenenamento”, afirma.

O superintendente de Per�cia T�cnica e Cient�fica da Pol�cia Civil, o m�dico legista Thalles Bittencourt, afirma que v�rios fatores explicam porque, embora a contamina��o de cervejas seja em grande escala, at� o momento, haja 34 casos suspeitos. “A primeira explica��o � a faixa de toxicidade da subst�ncia. Para uma pessoa de 70 quilos, a dose t�xica letal encontrada foi de 1 grama a 12 gramas. Isso quer dizer que, se eu ingerir menos de 1g, n�o tenho nada. Se ingerir mais de 12g, a dose � letal. Ou seja, �bito. Entre 1 grama e 12 gramas, pode acontecer de tudo”, afirma.

O volume de subst�ncia consumido tamb�m pesa, assim como o tipo de consumo. “Vai depender se a pessoa consumiu junto com outro destilado, que tem teor de etanol mais elevado. O etanol � um ant�doto que compete com a mesma enzima do dietilenoglicol, ele evita a transforma��o do t�xico em metab�licos”, explica o m�dico-legista. Ele aponta tamb�m que cada pessoa tem uma capacidade diferente de rea��o. “Isso tudo explica por que algumas pessoas tiveram quadros t�o dr�sticos, outras, sintomas mais leves e outras, sintoma nenhum”, ressalta.

Olho no r�tulo

Confira lotes de cervejas da Backer com contamina��o comprovada pelo Mapa

» Belorizontina L2 1354
» Belorizontina L2 1348
» Belorizontina L1 1348
» Belorizontina L2 1197
» Belorizontina L2 1604
» Belorizontina L2 1455
» Belorizontina L2 1464
» Belorizontina L2 1593
» Belorizontina L2 1557
» Belorizontina L2 1474
» Belorizontina L2 1546
» Belorizontina L2 1487
» Belorizontina L 882
» Belorizontina L2 1467
» Belorizontina L2 1521
» Belorizontina L2 1534
» Belorizontina L2 1547
» Belorizontina L2 1546
» Belorizontina L2 1552
» Belorizontina 1354
» Belorizontina L2 838
» Belorizontina L2 867
» Belorizontina L2 899
» Belorizontina L2 907
» Belorizontina L2 934
» Belorizontina L2 1004
» Belorizontina L2 1058
» Belorizontina 1081
» Belorizontina L2 1215
» Belorizontina L2 1227
» Belorizontina L2 1388
» Belorizontina L2 1479
» Belorizontina L2 8565
» Backer D2 L12007
» Backer Pilsen L1 1549
» Backer Pilsen L1 1565
» Backer Pilsen L1 1351
» Backer Pilsen 827
» Backer Pilsen 851
» Backer Pilsen 882
» Backer Pilsen L1 1093
» Backer Trigo 1099
» Backer Trigo L1 1598
» Brown 1316
» Capit�o Senra L2 1609
» Capit�o Senra L2 1120
» Capixaba L2 1348
» Corleone 1121
» Fargo 46 L1 4000
» Layback D2 L1 2005
» Pele Vermelha L1 1448
» Pele Vermelha 1248
» Tr�s Lobos Pilsen L1 1180
» Tr�s Lobos Pilsen L1 1389

Fonte: Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e abastecimento


Entenda o caso

No fim de dezembro, pacientes come�am a apresentar sintomas de uma doen�a misteriosa. No in�cio, problemas gastrointestinais (n�usea e/ou v�mito e/ou dor abdominal). Depois, insufici�ncia renal aguda de evolu��o r�pida (em 72 horas) somada a altera��es neurol�gicas, como paralisia facial e descendente, borramento visual, perda da vis�o parcial ou totalmente, entre outros sintomas.

Em 4 de janeiro, come�am a circular em redes sociais, principalmente no WhatsApp, boatos sobre doen�a grave entre moradores do Bairro Buritis, na Regi�o Oeste de BH. Usu�rios ligam a enfermidade ao consumo de produtos de um supermercado e da Cervejaria Backer, que negaram o teor dos conte�dos compartilhados.

Em 5 de janeiro, a Secretaria de Estado de Sa�de se manifesta pela primeira vez sobre o caso. A pasta abre um inqu�rito epidemiol�gico. No dia seguinte, confirma a interna��o de sete pacientes com o mesmo quadro, batizado de s�ndrome nefroneural, e emite nota t�cnica.

At� 7 de fevereiro, foram notificados 31 casos suspeitos pela SES, sendo seis mortes. H� notifica��es em 10 munic�pios mineiros. A Pol�cia Civil apura 34 casos suspeitos. Exames de sangue confirmaram a presen�a do dietilenoglicol em quatro pacientes, sendo um deles Paschoal Demartini Filho, morto em 7 de janeiro.

No �ltimo dia 14, a Pol�cia Civil informou que ampliar� a janela de investiga��o, antes restrita a casos registrados depois de outubro de 2019, para o per�odo posterior a dezembro de 2019


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