
De acordo com a BH Airport, concession�ria que administra o terminal, n�o havia cancelamentos de voos antes do dia 11 de mar�o, data na qual a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) decretou a pandemia do coronav�rus. A partir do dia 11, suspens�es de decolagens passaram a ficar mais frequentes, por�m, inicialmente com n�meros relativamente baixos, variando de dois a tr�s cancelamentos.
Desde o dia 15, �ltimo domingo, as estat�sticas aumentaram consideravelmente, com 12 cancelamentos de voos. O n�mero subiu no dia 16, segunda, com 17 suspens�es. J� na ter�a (17), 34 foram as viagens que n�o sa�ram do terminal. Na quarta (18), houve 56 cancelamentos, um voo a mais que nesta quinta-feira. Com isso, totalizam-se, at� o momento, 183 voos cancelados.
O t�cnico tribut�rio Rafael de Souza Delazari, de 37 anos, tinha viagem marcada para Bras�lia na pr�xima ter�a (24). Ele iria � capital federal para participar de um evento, que foi cancelado por causa do coronav�rus. Ele preferiu remarcar a viagem a pedir reembolso. “Comprei a minha passagem em novembro, durante a Black Friday. Remarquei minha passagem para outros fins, j� que o evento n�o teve outra data definida”, disse.

“Inicialmente, iria esperar at� abril (para remarcar), mas como a situa��o est� se agravando por aqui, mesmo que na Europa se normalize, pode ser que pro�bam brasileiros de entrar nos pa�ses”, ressaltou.
Delazari n�o encontrou dificuldades para remarcar a viagem para Bras�lia. No entanto, ele n�o est� tendo vida f�cil para reagendar a data do seu bilhete para o embarque rumo � Europa.
“Estou tentando mudar para 1º de setembro, mas tem cinco dias que estou tentando ligar para a companhia a�rea e n�o atendem. N�o respondem �s mensagens pelas redes sociais. Hoje eles me responderam e pediram para que eu entrasse em contato depois do dia 31 de mar�o. Segundo a mensagem, minha viagem est� dentro da pol�tica de remarca��o sem custos, mas o processo � bem complexo”, contou.
Recomenda��o
Em posicionamento divulgado no �ltimo s�bado, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) recomendou que os consumidores tenham condi��es de remarcar as viagens tur�sticas sem custos adicionais pelos pr�ximos 60 dias. A orienta��o tamb�m � v�lida para reservas em hot�is e pacotes tur�sticos. Segundo a Senacon, os consumidores podem recorrer ao artigo 393 do C�digo Civil, que estabelece a hip�tese de caso fortuito – nesse momento, o coronav�rus - ou de for�a maior para que o devedor n�o responda por preju�zos.
