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Estado de Minas

Coronav�rus: Medo da COVID-19 cresce e faz Grande BH aceitar isolamento at� junho

Segunda amostra semanal da pesquisa 'Term�metros da Crise COVID-19' mostra que cresceu percep��o de pessoas conhecidas com o novo coronav�rus e de que a doen�a � mais grave


postado em 16/04/2020 07:21 / atualizado em 16/04/2020 09:25

Praça 7 vazia é reflexo do recolhimento que o medo da COVID-19 causou(foto: Mateus Parreiras/EM/D.A.Press (22-03-2020))
Pra�a 7 vazia � reflexo do recolhimento que o medo da COVID-19 causou (foto: Mateus Parreiras/EM/D.A.Press (22-03-2020))
A gravidade da infec��o pelo novo coronav�rus (Sars-Cov-2), capaz de sufocar os atendimentos da sa�de com casos cr�ticos, mortos e a multiplica��o de infectados nos c�rculos �ntimos ampliaram o temor da COVID-19 na Grande Bh. E o reflexo mais n�tido disso � que os moradores da regi�o apoiam o isolamento social de forma tal que concordariam em se manter afastadas do contato p�blico por 10,8 semanas, superando a marca da semana anterior, que indicava uma toler�ncia m�dia de 9,6 semanas.

� o que mostram os resultados da segunda amostra semanal da pesquisa “Term�metros da Crise COVID-19”, realizada pelo Instituto Olhar – Pesquisa e Informa��o Estrat�gica/Netquest e divulgada pelo Estado de Minas. (Confira os resultados abaixo) Na semana dos dias 2 a 6 de abril, a disposi��o era para 67,2 dias ap�s 23 de mar�o, o que levaria a reclus�o at� o dia 29 de maio. Agora, os ouvidos entre 9 e 13 de abril est�o dispostos a 75,6 dias de toler�ncia, at� o dia 6 de junho.

Na pr�tica, a alta � de oito dias corridos, o que representaria 12,5% de incremento na aceita��o ao recolhimento como forma de evitar o cont�gio da enfermidade. A avalia��o dos pesquisadores � de que isso tenha sido refor�ado pela percep��o de que os quadros da doen�a s�o mais cr�ticos do que se imaginava, uma vez que na primeira pesquisa a nota m�dia para a gravidade da COVID-19 era de 7,6 pontos em 10.

Nesta segunda pesquisa a nocividade do v�rus atingiu 8,2 pontos. Somado a isso, vem a amplia��o do volume de infectados que os entrevistados conhecem, que era de 14,6% e se ampliou para 22,9%.

“Essa � uma rela��o estat�stica. Quanto mais se percebe a presen�a da doen�a, a sua gravidade e o n�mero de casos cresce exponencialmente (tendem a ter uma r�pida e progressiva eleva��o), trazendo a doen�a para conhecidos e parentes. Tudo isso faz com que as pessoas pensem em se proteger mais. Uma das formas de fazer isso � tolerar mais dias isoladas”, avalia o s�cio-diretor do Instituto Olhar, professor Matheus Lemos de Andrade, que � doutor em administra��o. O especialista destaca que, apesar de o n�mero total de entrevistados que conhecem pessoas infectadas n�o chegue a um quarto do total, de uma semana para a outra j� se ampliou em mais de 56,6%.

Efeitos negativos sobre a economia e o emprego são os mais evidentes, apesar de protestos apoio ao isolamento aumenta(foto: Lenadro Couri/EM/D.A.Press)
Efeitos negativos sobre a economia e o emprego s�o os mais evidentes, apesar de protestos apoio ao isolamento aumenta (foto: Lenadro Couri/EM/D.A.Press)
Pelas respostas, contudo, os entrevistados mostram que ainda saem �s ruas para conduzir atividades que julgam essenciais em n�mero cada vez mais elevado. Esse indicador era de 66,2% na primeira semana e passou para 76,3% na segunda. Aumentou tamb�m a propor��o de pessoas que n�o fazem nem isolamento nem evitam contato de 0,9% para 2%. Enquanto isso, reduziram as raz�es de pessoas que reduziram o contato social, mas n�o se isolaram (de 9,3% para 5,3%) e o de quem est� completamente isolado e n�o sai de casa para nada (de 15,3% para 13%). Pessoas que dizem que n�o est�o isoladas por suas atividades serem consideradas essenciais eram 8,4% e agora s�o 3,5%.

A pesquisa avalia semanalmente quatro “term�metros” relacionados � COVID-19 (Confira o quadro). O primeiro par�metro � o "Isolamento Social", que indica o quanto se apoia e se compromete com o afastamento para evitar o cont�gio. Em seguida, o fator de medi��o � o "Medo e da Presen�a da COVID-19", para se avaliar o quanto as pessoas est�o temerosas e sentem a presen�a da infec��o na sua realidade.

Os entrevistados tamb�m d�o notas para o desempenho do poder Executivo, por meio do "Term�metro da Atua��o dos Governos". Por �ltimo, o levantamento procura saber qual � a percep��o sobre o impacto gerado pela pandemia nos mercados, finan�as e empregos pelo "Term�metro da Economia". Desta vez a amostragem foi de 249 pessoas, apresentando uma margem de erro de 6,1 pontos. A primeira amostragem foi de 795 pessoas.

Desembarque onde há rigidez como BH é barrado para ônibus de destinos sem isolamento duro(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press)
Desembarque onde h� rigidez como BH � barrado para �nibus de destinos sem isolamento duro (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press)
A preocupa��o com a economia se mant�m como o mais elevado dos term�metros, com nota 9 em 10 – na semana anterior era de 9,1. Esse �ndice mostra que as pessoas t�m quase certeza de que a COVID-19 influenciar� com grande impacto as contas p�blicas mundiais, do Brasil, do estado e do munic�pio, mas ter�o menor impacto nas pr�prias finan�as. Contudo, o percentual de fam�lias afetadas pela crise passou de 58,3% para 62,3%. "O que se espera e o que se verifica na economia ocorre gradualmente. H� �ndices que aina n�o refletem nos term�metros, mas que podem avan�ar. Na primeira pesquisa, 1,8% dos trabalhadores tinha perdido o emprego em fun��o da crise. Em uma semana esse n�mero passou para 2,5%.”, observa Andrade.

Executivo


A atua��o dos governos executivos dentro da crise da COVID-19 na segunda semana de pesquisas apresenta leve melhora, com destaque para a avalia��o do governo federal, ainda que seja o pior avaliado pelos entrevistados. � uma mudan�a pouco significativa, mas que segue com a tend�ncia de que quanto mais pr�ximo da pessoa � a estrutura governamental, maior a aprova��o, com as prefeituras recebendo as melhores percep��es, seguidas do estado e do governo federal.

Entre as prefeituras, nesta segunda semana de pesquisas, o destaque foi para a melhor das administra��es da Grande BH, que estavam com nota m�dia de 6,3 e alcan�aram 7,2. A Prefeitura de Belo Horizonte se manteve com grande aprova��o, pois tinha 7,8 e praticamente n�o se alterou com 7,7 pontos. “Isso mostra que os trabalhos nos munic�pios est� aparecendo mais. Os prefeitos est�o mais atuantes. Ontem, mesmo, recebi da Prefeitura de Nova Lima que agora seria necess�rio o uso de m�scaras para andar nas ruas. Outras prefeituras est�o produzindo decretos de forma mais aut�noma, com suas solu��es. Mas � n�tido que BH d� o tom da regi�o”, analisa o diretor do Instituto Olhar, Matheus Lemos de Andrade.

Para Andrade, a melhora do governo federal � um retrato dos acontecimentos da semana e pode mudar na pr�xima avalia��o. “O fato diferenciado da semana da pesquisa foi a reuni�o do presidente Jair Bolsonaro com o ministro Luiz Henrique Mandetta. Esse encontro acalmou um pouco os �nimos e mostrou um trabalho de equipe mais bem dirigido”. Mas ele chama a aten��o para acontecimentos seguintes que podem ter o poder de interferir na pr�xima amostragem. “No domingo, os dois j� voltaram a bater cabe�a e novamente marcaram firmemente posi��es antag�nicas. Ou seja, isso pode mudar os resultados, pois tinham sinalizado uma esp�cie de tr�gua e agora vai depender dos pr�ximos passos”, avalia.

Confira os resultados da pesquisa:

Term�metros da COVID-19
Veja a evolu��o do que se pensa na Grande BH sobre a infec��o (notas de 0 a 10)

Term�metro de Apoio ao Isolamento Social (N�o mudou)
8,6 (2 a 6 de abril) // 8,6 (9 a 13 de abril)

Apoio ao isolamento social como meio de superar a crise
8,3 (2 a 6 de abril) // 8,2 (9 a 13 de abril) ---------------- -0,1
Comprometimento dos familiares com o isolamento
8,2 (2 a 6 de abril) // 8,1 (9 a 13 de abril) ---------------- -0,1
Ades�o do entrevistado ao isolamento
9,4 (2 a 6 de abril) // 9,5 (9 a 13 de abril) ---------------- +0,1

Term�metro do Medo e da Presen�a do COVID-19 (Aumentou 0,3)
7,5 (2 a 6 de abril) // 7,8 (9 a 13 de abril)

Receio de ser contaminado
6,5 (2 a 6 de abril) // 6,7 (9 a 13 de abril) ----------------- 0,2
Gravidade para a sa�de se for contaminado
7,6 (2 a 6 de abril) // 8,2 (9 a 13 de abril) ----------------- 0,6
Medo que familiares e amigos contraiam a doen�a
8,5 (2 a 6 de abril) // 8,6 (9 a 13 de abril) ----------------- 0,1

Term�metro da Atua��o dos Governos (Aumentou 0,2)
6,4 (2 a 6 de abril) // 6,6 (9 a 13 de abril)

Desempenho do governo federal
5,5 (2 a 6 de abril) // 5,9 (9 a 13 de abril) ------------------- 0,4
Contribui��o do estado
6,3 (2 a 6 de abril) // 6,5 (9 a 13 de abril) ------------------- 0,2
Atua��o da prefeitura da sua cidade
7,4 (2 a 6 de abril) // 7,5 (9 a 13 de abril) ------------------- 0,1

Term�metro da Economia (Diminuiu 0,1)
9,1 (2 a 6 de abril) // 9,0 (9 a 13 de abril)

A crise do coronav�rus vai afetar a economia mundial
9,3 (2 a 6 de abril) // 9,3 (9 a 13 de abril) -------------------- 0
Quanto vai afetar a economia brasileira
9,6 (2 a 6 de abril) // 9,5 (9 a 13 de abril) ------------------- -0,1
Efeitos negativos na economia do estado
9,5 (2 a 6 de abril) // 9,4 (9 a 13 de abril) ------------------- -0,1
Preju�zos ser�o grandes para a economia da sua cidade
9,2 (2 a 6 de abril) // 9,2 (9 a 13 de abril) -------------------- 0
Crise vai afetar as suas contas
7,7 (2 a 6 de abril) // 7,7 (9 a 13 de abril) -------------------- 0

Fonte: Instituto Olhar – Pesquisa e Informa��o Estrat�gica/Netquest

 

O que � o coronav�rus?

Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 � transmitida?

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia


Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o coronav�rus � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

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