
Juliana conta que o casal entraria em recesso em abril para finalizar os planejamentos da cerim�nia na cidade mineira. “Nossas f�rias foram suspensas no m�s de mar�o e tamb�m fomos proibidos de tirar f�rias at� meados de julho”, explica a noiva.
“Eu n�o gosto de correr riscos. Ent�o, logo no in�cio da pandemia, j� considerei a possibilidade de adiar o casamento”, comentou. Entretanto, a noiva conta que estava com medo da remarca��o n�o ser poss�vel, j� que envolve o contrato com 15 fornecedores.
Apesar da situa��o, ela comenta que todos os fornecedores foram “muito compreens�veis e sol�citos”. “Eles me passaram as datas dispon�veis pr�ximo ao final do ano, e, gra�as a Deus, encontrei uma data em que todos estavam dispon�veis”, explica. A cerim�nia foi remarcada para o dia 28 de novembro, data escolhida pelo casal.
Juliana contou ainda que nenhum fornecedor cobrou multa. “Parece que est�o entendendo o cen�rio e precisam ponderar algumas cl�usulas contratuais”, completa. A noiva explica que criou uma rela��o de confian�a com todos os fornecedores e, por isso, n�o esperava uma rea��o diferentes deles. “S�o todos especiais! Sonham comigo”.
Com a remarca��o da cerim�nia, Juliana conta que n�o tem a inten��o de casar on-line. “Sou mais da vida real e do afeto presencial. Sonho com a igreja da minha cidade, entrando com meu pai e todos os convidados presentes”, comenta. Mas, em rela��o ao casamento civil, a noiva considera oficializar o matrim�nio nos pap�is, caso os cart�rios da Bahia estejam funcionando, em julho, para emitir a certid�o.
"Um choque"
Daniela Godoy tamb�m est� em uma situa��o parecida com a de Juliana. Ela e o noivo, Bruno Superbi, iriam se casar no civil e receber a 'b�n��o dos pais' no dia 13 de junho, tamb�m em Jo�o Monlevade, por�m, com a pandemia, os planos mudaram. “A princ�pio foi um choque, foi algo totalmente inesperado, at� porque j� estava tudo organizado para o casamento ser realizar no m�s de junho”, comenta a noiva.
Ao contr�rio de Juliana, Daniela diz que tem interesse em fazer o matrim�nio no virtual. “Como, por agora, irei casar apenas no civil, acredito que seria poss�vel fazer on-line com a presen�a dos noivos e das testemunhas”.
Ela explica que pretende remarcar a cerim�nia religiosa para o ano que vem, mas o maior problema para isso est� sendo conciliar as datas com os fornecedores. Com o impasse, a noiva cogitou cancelar o evento, mas tamb�m enfrenta dificuldades para isso. “Alguns fornecedores j� at� avisaram que n�o teriam como ressarcir o valor j� pago, fazendo de tudo para que apenas adi�ssemos e n�o cancelar tudo”, comenta.
Ela explica que pretende remarcar a cerim�nia religiosa para o ano que vem, mas o maior problema para isso est� sendo conciliar as datas com os fornecedores. Com o impasse, a noiva cogitou cancelar o evento, mas tamb�m enfrenta dificuldades para isso. “Alguns fornecedores j� at� avisaram que n�o teriam como ressarcir o valor j� pago, fazendo de tudo para que apenas adi�ssemos e n�o cancelar tudo”, comenta.
Adiamento generalizado
Juliana e Daniela n�o est�o sozinhas diante do dilema que enfrentam. Segundo pesquisa do site de casamentos iCasei, mais de 60% dos casais que marcaram o cas�rio para o primeiro semestre de 2020 deram uma pausa na organiza��o do matrim�nio por n�o se sentirem confort�veis. Desde mar�o, mais de 3500 noivos brasileiros adiaram o casamento no site iCasei.
A pesquisa tamb�m aponta que 41% dos noivos n�o t�m certeza sobre o momento e o cen�rio dos pr�ximos meses. Por isso, muitos est�o aguardando mais um pouco para remarcar a data. “O maior problema, no meu ver, s�o alguns fornecedores que nos d�o a op��o de remarca��o para apenas uma vez, como t� tudo incerto fica muito dif�cil a gente j� ter uma data futura”, explica Daniela.
Al�m dos noivos, 64% dos fornecedores de servi�os tamb�m t�m dificuldade em “sincronizar a agenda com os outros fornecedores” e citam a “agenda livre” como um desafio. Apesar disso, a cerimonialista Talita Trindade afirma que os prestadores de servi�o est�o empenhados em ajudar na remarca��o. “Sempre buscando uma melhor alternativa para o cliente”, explica.
“Eu tinha tr�s casamentos marcados para maio. Os noivos desmarcaram, negociaram com os fornecedores para ficar com um ‘cr�dito’ e conseguir remarcar futuramente”, conta Isaura Silva, da Favorita Comunica��es e Eventos. Segundo a cerimonialista, os fornecedores n�o est�o devolvendo o dinheiro, mas todos est�o sendo muito compreensivos.
Para Isaura, negociar o cr�dito � a medida mais segura no momento, j� que a remarca��o para o segundo semestre n�o garante a realiza��o do evento. “A gente ainda n�o sabe se vamos poder fazer eventos nesta �poca ou n�o. Ent�o os noivos est�o esperando essa situa��o terminar”, completa.
Apesar de todo o cen�rio, Isaura observa que a pandemia n�o est� atrapalhando a marca��o para casamentos futuros. “J� fechamos contratos para agosto de 2022”. Talita complementa que o mercado tem procurado alternativas de eventos para chamar aten��o de novos clientes e realizado “promo��es para aderir novos contratos 2021 e 2022”.
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Jociane Morais