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Estado de Minas

Picos de tr�fego indicam maior exposi��o � COVID-19 em BH

Volume de ve�culos chega a superar os verificados no per�odo pr�-pandemia e reflete afrouxamento do isolamento social, aponta pequisa


23/06/2020 04:00 - atualizado 23/06/2020 07:38

Congestionamentos voltaram à cena em BH, com salto de 82,4% no volume médio nos 20 primeiros dias deste mês
Congestionamentos voltaram � cena em BH, com salto de 82,4% no volume m�dio nos 20 primeiros dias deste m�s (foto: Gil Leonardi/Imprensa MG)

O tr�fego de ve�culos em Belo Horizonte j� apresenta picos de congestionamentos que superam dias normais pr�-pandemia. Os engarrafamentos v�m voltando progressivamente no per�odo posterior ao in�cio do  distanciamento social, em mar�o, com um salto de 82,4% no volume m�dio de congestionamentos nos 20 primeiros dias de junho sobre a m�dia de maio. Os dados s�o de pesquisa da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do aplicativo de navega��o e tr�nsito Waze. As sucessivas concentra��es de ve�culos (veja quadro) sugerem que o isolamento social necess�rio para a conten��o da COVID-19 vem sendo afrouxado. Desde 10 de junho, com a fase 2 da flexibiliza��o na capital, esses n�meros sofreram um salto impressionante. Antes da fase 2, o maior pico de concentra��o de ve�culos ocorreu em 10 de maio, no Dia das M�es, quando foi registrado 75% do fluxo normal. J� em 10 de junho – uma quarta-feira –, um m�s depois, o registro foi de 96,7% e no dia 14, domingo, chegou a 145%, superando um dia comum pr�-pand�mico.
 
Em 31 de maio, a reportagem do Estado de Minas j� tinha divulgado com exclusividade, a partir da mesma fonte de dados, que os domingos s�o os dias da semana em que mais congestionamentos ocorrem em Belo Horizonte, o que continua ocorrendo. Esse mesmo levantamento mostra que outras capitais tamb�m registraram amplia��es expressivas de tr�nsito pesado, como Manaus e Porto Alegre, com aumento do fluxo da ordem de 20% nas �ltimas duas semanas. Diferentemente de BH, os engarrafamentos em Manaus e Porto Alegre ocorreram principalmente de segunda a sexta-feira, mas tamb�m foi constatado que o tr�nsito aumentou nos fins de semana, num indicativo de que o fluxo incrementado n�o representa apenas o retorno das atividades suspensas pelo isolamento sanit�rio.
 
Depois da confirma��o do primeiro caso de COVID-19 em BH, em 16 de mar�o, as aulas foram suspensas (no dia 18) e o movimento de ve�culos caiu vertiginosamente. Chegou a despencar 69,85% em 20 de mar�o, quando o decreto de situa��o de calamidade p�blica estadual (Decreto 47.891/20) foi publicado. O m�s de abril registrou as menores concentra��es de ve�culos nas ruas durante a semana. Contudo, aos s�bados, esse volume volta a crescer e atinge concentra��o expressiva aos domingos.
 
O dia menos movimentado em mar�o, no in�cio do isolamento, era a sexta-feira, com 22% da intensidade de engarrafamentos pr�-pandemia. Em abril, a m�dia das ter�as-feiras conseguiu atingir a menor concentra��o de todos os dias da semana, com 15,5% do usual. J� em maio, esse dia, que se manteve como o de mais fraco movimento, come�ou a ter o seu fluxo ampliado, chegando a 23,25% e progredindo ainda mais em junho, batendo no patamar de 39,7% do que se registrava antes da COVID-19.
 
A paci�ncia dos belo-horizontinos com o distanciamento social parece se esvair nos fins de semana, quando o movimento recebe um incremento expressivo. Nos s�bados, que, com a pandemia, tinham em mar�o 28% do movimento regular, os congestionamentos subiram para 28,5% em abril, avan�aram para 41,2% em maio e bateram 82% em junho. O domingo � o dia em que menos se respeita o isolamento social. Em mar�o, ap�s o afastamento, a concentra��o m�dia de carros caiu para 42% do normal. J� em abriu escalou para 45,25%, saltou para 58,4% em maio e em junho j� representa apenas 89% do que normalmente seria um comum, ou seja, praticamente retornando a patamares antes da COVID-19.
 
O dia de menor movimento registrado foi 10 de abril, uma sexta-feira, com 9,91% do volume normal da cidade, 24 horas ap�s a entrada em vigor do decreto municipal que suspendeu o alvar� de funcionamento de estabelecimentos considerados n�o essenciais, como boates, casas de festas e eventos, feiras, exposi��es, congressos e semin�rios, shoppings, cinemas, teatros, clubes, academias, parques, bares, restaurantes e lanchonetes.
 
Um outro levantamento, tamb�m da Fiocruz, mas que leva em conta o aplicativo de utiliza��o de transporte de passageiros por �nibus, o Moovit, mostra como em Belo Horizonte o fluxo dos ve�culos coletivos caiu em mar�o e se manteve no patamar de 50% de sua oferta regular, mesmo com o isolamento em vig�ncia e at� depois de duas flexibiliza��es de com�rcios e atividades espec�ficas terem ocorrido em BH. A maior alta ocorreu em junho, quando, entre os dias 1º e 8, o aplicativo registrou oferta de 50,87% dos ve�culos de transporte de passageiros em compara��o com o que se espera de um per�odo normal, antes da pandemia.

Expans�o exige monitoramento

A amplia��o do tr�fego neste quarto m�s de pandemia (83 dias corridos) se mostra uma tend�ncia nacional. De acordo com a Fiocruz, nas duas �ltimas semanas, todas as regi�es metropolitanas experimentaram um aumento relativo de engarrafamentos antes mesmo de flexibiliza��es serem decretadas pelas prefeituras. Um movimento que a funda��o avalia como importante de ser acompanhado de perto. “Nos pr�ximos meses, em virtude do relaxamento das medidas de isolamento social, o aumento de fluxo de ve�culos e pessoas nas ruas deve ser monitorado por tecnologias e fontes de dados apropriados. Esses estudos permitir�o tra�ar estrat�gias seletivas de conten��o da circula��o de pessoas e ve�culos”.
 
A Fiocruz observa que esse movimento contribui para a dissemina��o do novo coronav�rus. “� medida que aumenta a circula��o das pessoas nas grandes cidade e �reas metropolitanas, � prov�vel que os casos graves de COVID-19 demandem cuidados intensivos para as popula��es residentes dessas �reas. Esse cen�rio, somado ao processo de interioriza��o e consequentemente aumento do envio de pacientes para cidades maiores, configura um panorama preocupante quanto ao limite da capacidade dos sistemas de sa�de”, alerta.
 
A BHTrans informou que, pela m�dia semanal, o movimento ainda n�o � o normal, mas  pouco abaixo dos �ndices anteriores ao distanciamento. “O patamar para o retorno pr�-pand�mico s�o 279 mil ve�culos por dia. O dado de semana passada � de 228 mil ve�culos”, informou a empresa. O comit� da COVID-19 informou que monitora esses e outros �ndices para embasar as decis�es de libera��o de mais atividades e at� de regresso a n�veis mais restritivos, como vem ocorrendo em outros munic�pios mineiros onde as secretarias de Sa�de perderam o controle da doen�a.


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O que � o coronav�rus?

Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 � transmitida?

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia


Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus. 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

 

  


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