(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas COVID-19

MG precisa de 1.100 leitos para pacientes com COVID-19, mas minist�rio s� liberou 328

A habilita��o de leitos para tratamento de pacientes com o novo coronav�rus � a principal demanda dos munic�pios ouvidos nesta ter�a (23) pela Comiss�o de Sa�de da Assembleia Legislativa de Minas Gerais


postado em 23/06/2020 12:54 / atualizado em 23/06/2020 16:16

Apenas 29% dos leitos COVID-19 pedidos foram liberados pelo Ministério da Saúde(foto: Roberto Casimiro/ Estadão Conteúdo)
Apenas 29% dos leitos COVID-19 pedidos foram liberados pelo Minist�rio da Sa�de (foto: Roberto Casimiro/ Estad�o Conte�do)
A guerra contra a COVID-19 olhada pela lupa dos munic�pios mineiros mostra uma busca vital por mais leitos, mas dos 1.100 pedidos ao Minist�rio da Sa�de h� 40 dias para habilita��o e recebimento de pacientes da doen�a, apenas 328 (29,8%) foram liberados. Enquanto isso, a ocupa��o de leitos sobe vertiginosamente, com 90,66% das vagas gerais do estado tomadas, sendo que 16,37% s�o exclusivas de novo coronav�rus. Esse � o retrato comum apresentado por secretatias de sa�de municipais e gestores regionais � Comiss�o de Sa�de da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em audi�ncia desta ter�a-feira (23).

Mesmo em Belo Horizonte, que est� entre as tr�s melhores capitais nacionais em termos de �ndices de controle, as vagas de Unidades de Tratamento Instensivas (UTI) j� est�o com 82% de ocupa��o e as enfermarias com 64% de sua capacidade tomada.

“Nos preocupa muito essa situa��o, pois temos visto uma grande ocupa��o das nossas unidades. Destacamos a necessidade de habilita��o de 349 leitos de UTI em BH e de remanejar 346 leitos e respiradores que nos permitir�o ampliar (a capacidade de atendimento). Estamos nesse processo. Semana passada, conseguimos habilitar 35 leitos. Nossa expectativa � de conseguir abrir 375 at� julho”, afirma a subsecret�ria municipal de sa�de de BH, Taciana Malheiros Lima Carvalho.

Tamanha demanda em BH absorve as equipes dentro das unidades e dos 2.328 profissionais de sa�de da linha de frente na capital, mais de 160 est�o afastados com sintomas da infec��o, cerca de 7% do total.

Nos dois centros especializados em COVID-19 (Cecovid) da prefeitura j� foram atendidas 5.800 pessoas desde a abertura, em 3 de mar�o, m�dia de 52 pacientes por dia.

O Samu designou 17 ambul�ncias especialmente para esse tipo de atendimento, 1.200 pessoas foram encaminhadas com sintomas das barreiras sanit�rias e os canais de atendimento remotos t�m m�dia de 400 buscas di�rias.

“Temos muitos desafios. Temos um protocolo grande de testagem em laborat�rio pr�prio, mas temos um laborat�rio de testagem molecular que est� em fase final de implanta��o. Al�m da habilita��o de leitos, n�o est� f�cil conseguir os medicamentos espec�ficos para a entuba��o de pacientes graves”, disse a subsecret�ria.

Em Te�filo Otoni, no Vale do Mucuri, a press�o exercida pelos pacientes de 57 munic�pios faz com que o dia a dia seja no limite para os gestores hospitalares.

“Dos 19 leitos que temos para pacientes de COVID-19 nos dois hosp�tais p�blicos e em um privado que nos cedeu lugares, 15 j� est�o ocupados neste momento, sendo 70% desses de UTI (casos graves). Neste momento estamos com estrangulamento tamb�m para leitos n�o COVID-19. Estamos com estrangulamentos em todos os setores”, resumiu a secret�ria de sa�de de Te�filo Otoni, Mafl�via Aparecida Luiz Ferreira.

“� uma regi�o muito rica, mas desassistida. Precisa do seu hospital regional, que foi iniciado no governo passado, mas que deveria estar atendendo, n�o foi conclu�do e foi retomado nesta administra��o. A popula��o da regi�o tem um servi�o de sa�de p�blica menor do que deveria ter”, constata o presidente da comiss�o de sa�de, deputado Carlos Pimenta (PDT).

No munic�pio de Uberl�ndia, que como Arax� e Santa Luzia recuaram da abertura de atividades e pregam o distanciamento social, o problema de leitos tamb�m � grave, sendo que no munic�pio do Tri�ngulo a margem � perto de 100% de ocupa��o.

“Temos uma alta taxa de doentes, mas testamos 18 vezes mais que a m�dia de Minas Gerais. Aqui o problema tem sido de conscientiza��o, mas tamb�m de falta de medicamentos para pacientes graves e entubados”, disse o prefeito da cidade, Odelmo Le�o (PP).

H� munic�pios em vazios assistenciais que tamb�m correm riscos, como Janu�ria, em uma regi�o sem atendimento de alta complexidade e car�ncia no transporte de pacientes para locais adequados.

Mais controle no Sul de Minas


Disponibilidade de leitos é a principal preocupação dos municípios mineiros(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Disponibilidade de leitos � a principal preocupa��o dos munic�pios mineiros (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Apesar da proximidade com S�o Paulo, um dos expoentes da contamina��o no Brasil, os munic�pios do Sul de Minas t�m conseguido manter um controle raso�vel. “O Sul demonstra muita responsabilidade. Veja como s�o os casos de Extrema, que de um momento para outro viu a pandemia crescer muito, mas os outros munic�pios conseguiram n�o deixar que o mesmo ocorresse”, destaca o deputado Carlos Pimenta.

No caso de Extrema, segundo S�lvia Regina Pereira da Silva, secret�ria municipal de sa�de de Pouso Alegre e respons�vel pela regi�o de sa�de, a ocupa��o de leitos chegou a 100% da oferta de UTIs e ao registro de 6.183 casos positivos por milh�o de habitantes.

“Contudo, n�o registramos pacientes de l� em outras unidades, o que mostra um controle. Temos situa��es ruins, como a de Camanducaia, com 3 mil casos para cada milh�o de habitantes, mas a maioria segue bem, como Pouso Alegre, com 1.240 casos por milh�o, dentro da m�dia brasileira”, afirma a secret�ria.

Ela destaca a import�ncia de se conseguir separar, localizar e tratar os casos ativos: “Apenas registrar o ac�mulo de casos antigos e novos n�o aponta para solu��es. O que discutimos � o foco nos casos ativos da doen�a”.

O presidente do Conselho das Secrertarias Municipais de Sa�de de Minas Gerais, Eduardo Luiz da Silva, destaca que a habilita��o de leitos � fundamental, pois muitos hospitais separaram esses lugares, contrataram equipes e insumos, mas s� recebem pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS) por pacientes em leitos habilitados.

Ele defende tamb�m que os munic�pios ingressem no Plano Minas Consciente, da Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG), para a retomada gradual de suas atividades. “H� uma press�o social, oriunda da quest�o do distanciamento social e do cen�rio econ�mico. Muitos munic�pios dependem de transfer�ncias regionais e os com�rcios locais est�o fragilizados. Quando come�am a aparecer os casos precisam fechar os com�rcios. Defendo que utilizemos o Plano Minas Consciente para que as prefeituras possam ter uma orienta��o mais ampla e que pode aliviar na retomada da economia sem comprometimento da sa�de”, disse.

“Estamos relativamente melhores que outros estados e nossa capital entre as tr�s melhores. Isso mostra a seriedade dos trabalhos, mas a situa��o tem piorado. Os recursos est�o chegando aos munic�pios, principalmente federais. Cidades pequenas est�o recebendo recursos muito bons e podem dar conta para que n�o haja exarceba��o da doen�a”, disse o presidente da comiss�o de sa�de, deputado Carlos Pimenta.

Ele tamb�m chamou a aten��o para a responsabilidade na destina��o dos recursos p�blicos. “H� estados com problemas de superfaturamento e desvios, e em Minas Gerais n�o aconteceu e esperamos que n�o aconte�a. A conta, mais cedo ou mais tarde, chega. Crime de improbidade administrativa n�o prescreve”, frisou.

O que � o coronav�rus


Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte. 
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

[VIDEO2]

Como a COVID-19 � transmitida? 

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?

[VIDEO4]

Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19
V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�

[VIDEO3]

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus. 

V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia

[VIDEO5]

Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)