
Marco Aur�lio Gon�alves Cotta, de 65 anos, � mais uma v�tima da intoxica��o por dietilenoglicol, subst�ncia presente em lotes da cerveja Belorizontina, fabricada pela Backer. Ele estava internado h� mais de seis meses no Hospital Mater Dei.
De acordo com a assessoria de imprensa das v�timas, Marco Aur�lio tomou a cerveja em dezembro de 2019, nas festas natalinas e de fim de ano da fam�lia. Logo depois, sentiu os primeiros sintomas.
A maior parte de sua interna��o foi na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e somente 38 dias no quarto. Durante todo o tratamento, teve oito paradas cardiorrespirat�rias; foi reanimado por quatro vezes, sendo que na �ltima, ficou desacordado por oito minutos; e estava em coma h� 40 dias. No �ltimo dia 1º, os m�dicos fizeram uma resson�ncia magn�tica e constataram a irreversibilidade do caso.
Ele deixa a mulher, Maria Aparecida Minghini Cotta; dois filhos: �ngela Minghini Cotta e Marco Aur�lio Minghini Cotta; e a neta, Carolina Minghini Cotta.
Os advogados da fam�lia j� apresentaram � Backer os gastos com o tratamento m�dico de Marco Aur�lio, mas afirmam que a cervejaria nunca respondeu �s solicita��es. A empresa disse que n�o vai se manifestar a respeito.
Ele deixa a mulher, Maria Aparecida Minghini Cotta; dois filhos: �ngela Minghini Cotta e Marco Aur�lio Minghini Cotta; e a neta, Carolina Minghini Cotta.
Os advogados da fam�lia j� apresentaram � Backer os gastos com o tratamento m�dico de Marco Aur�lio, mas afirmam que a cervejaria nunca respondeu �s solicita��es. A empresa disse que n�o vai se manifestar a respeito.
Inqu�rito
Na conclus�o do inqu�rito, em junho, a Pol�cia Civil confirmou 29 v�timas e mais 30 casos ainda em an�lise. O caso segue com o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG).
Na ocasi�o, �ngela Minghini Cotta, filha de Marco Aur�lio, disse ao Estado de Minas que esperava que o pai tivesse qualidade de vida em seus �ltimos dias.
"A investiga��o confirmou que existia um erro, independentemente se foi causado intencionalmente ou n�o, o erro aconteceu e a empresa tem que se responsabilizar por aquilo, afinal de contas ela � respons�vel pelo produto que coloca no mercado. O m�nimo que espero deles � que o tempo que meu pai ainda estiver vivo, ele tenha qualidade de vida para estar bem", disse.
"A investiga��o confirmou que existia um erro, independentemente se foi causado intencionalmente ou n�o, o erro aconteceu e a empresa tem que se responsabilizar por aquilo, afinal de contas ela � respons�vel pelo produto que coloca no mercado. O m�nimo que espero deles � que o tempo que meu pai ainda estiver vivo, ele tenha qualidade de vida para estar bem", disse.
Duas mortes em uma semana
Na �ltima quarta-feira morreu Jos� Osvaldo de Faria, de 66 anos. Ele tomou a cerveja em fevereiro de 2019 em seu s�tio e estava internado h� mais de 500 dias no Hospital Madre Teresa e foi transferido para o quarto somente no fim de junho deste ano. Sofreu cinco paradas cardiorrespirat�rias, nove pneumonias, perdeu completamente a vis�o, estava com paralisia nas pernas e na face.
Quebra de sigilo
O Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) determinou a quebra de sigilo banc�rio das empresas que comp�em o grupo econ�mico da Backer no �ltimo dia 9.
O processo investiga os danos sofridos pelas v�timas de contamina��o por mono e dietilenoglicol ap�s consumo das cervejas produzidas pela Backer. A ideia � apurar poss�veis manobras para ocultar o patrim�nio da cervejaria, cujos donos alegam falta de recursos para arcar com o tratamento m�dico dos intoxicados.
O processo investiga os danos sofridos pelas v�timas de contamina��o por mono e dietilenoglicol ap�s consumo das cervejas produzidas pela Backer. A ideia � apurar poss�veis manobras para ocultar o patrim�nio da cervejaria, cujos donos alegam falta de recursos para arcar com o tratamento m�dico dos intoxicados.