Apesar de Sete Lagoas, cidade localizada na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, ter 1.190 casos positivos de COVID-19 e 21 �bitos, de acordo com o boletim epidemiol�gico municipal divulgado nesta quarta-feira (12), a taxa de letalidade � uma das mais baixas do estado de Minas Gerais.
No munic�pio, 1,76% dos casos confirmados acaba n�o resistindo � doen�a. Em Santa Luzia, por exemplo, essa taxa chega aos 4%; em Governador Valadares, a 3,3%; em Divin�polis, o �ndice de letalidade � de 3%; e em Ipatinga, 1,95%. A capital, Belo Horizonte, tem uma taxa de letalidade de 2,73%, enquanto o estado registra, em m�dia, 2,35%.
Mas qual ser� a f�rmula para garantir que mais pessoas se curem do coronav�rus em Sete Lagoas? A explica��o, segundo a Secretaria Municipal de Sa�de, pode estar l� atr�s, no in�cio da pandemia.
O munic�pio foi um dos primeiros a decretar estado de emerg�ncia, apenas cinco dias ap�s a confirma��o da pandemia pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS). Ainda em meados de mar�o, o funcionamento com�rcio foi limitado aos servi�os essenciais. Em Sete Lagoas, as escolas tiveram as aulas suspensas antes de o pr�prio estado determinar uma paralisa��o.
No dia 15 de mar�o, a cidade j� tinha um comit� local de crise para o enfrentamento da pandemia e as primeiras a��es j� sa�ram do papel. Entre elas, a ado��o de protocolos que garantiram assist�ncia precoce e adequada aos pacientes com COVID-19.
''Acredito que esse foi o grande diferencial. Desde o acolhimento do paciente na Aten��o Prim�ria ou nas portas de entrada da Rede de Urg�ncia, quando n�o falta assist�ncia, temos maior chance de sucesso no tratamento. Nenhum paciente ficou sem leito na cidade desde o in�cio da pandemia. Os �bitos que ocorreram aqui, infelizmente, foram decorrentes, al�m das complica��es causadas pelo coronav�rus, da presen�a de comorbidades nas v�timas. E lamentamos muito cada perda''
Fl�vio Pimenta, secret�rio municipal de Sa�de de Sete Lagoas
Desde o in�cio da pandemia, uma a��o conjunta entre os setores de Aten��o Prim�ria e Vigil�ncia Epidemiol�gica realiza o monitoramento de pacientes com suspeita de COVID-19 e tamb�m entre os que tiveram diagn�stico confirmado para acompanhar a evolu��o dos casos at� o desaparecimento dos sintomas.
Outras medidas ampliaram o atendimento aos casos suspeitos, como a extens�o do hor�rio de atendimento de cinco unidades de sa�de da Aten��o Prim�ria, que antes fechavam �s 17h e passaram a ficar abertas at� as 22h. Um laborat�rio foi montado para realiza��o de exames do tipo RT-PCR, al�m de campanhas de conscientiza��o pelas redes sociais, que registram uma m�dia de 5 mil acessos por dia.
“Acredito que a transpar�ncia das a��es e das informa��es foi um dos principais fatores que fizeram com que a popula��o se preparasse e se conscientizasse para enfrentar a COVID-19. Nos preparamos desde o primeiro momento para equipar a estrutura de sa�de na cidade e hoje temos apenas 19% de ocupa��o nos leitos de UTI do SUS exclusivos para pacientes com COVID-19 na cidade”, explica o secret�rio.
Sete Lagoas tem hoje 56 leitos de UTI exclusivos para pacientes com COVID-19, entre leitos do SUS e de sa�de suplementar. Esse incremento foi parte do plano de conting�ncia elaborado pela Secretaria de Sa�de e aprovado pelo Estado.
N�meros da COVID-19
De acordo com o boletim epidemiol�gico do munic�pio desta quarta-feira, a taxa de notifica��o de casos suspeitos registrou alta de 1,5% nas �ltimas 24 horas, com 26 novos casos confirmados. Pouco mais de 1,7 mil pessoas est�o sendo acompanhada pelas equipes de sa�de.
O n�mero de casos positivos chegou a 1.190. Entre os casos confirmados, 11 pacientes se encontram internados, 141 pessoas est�o em isolamento domiciliar com sintomas leves e 1.017 curados (85% dos contaminados).
Um �bito foi registrado nesta quarta-feira: um homem de 67 anos que estava internado no Hospital Municipal.
No boletim epidemiol�gico da Secretaria de Estado da Sa�de, a cidade ainda aparece com 1.147 casos e 17 �bitos, devido ao atraso na totaliza��o dos dados pelo estado.