V�deo gravado por brigadista mostra o tamanho do desastre na Serra do Cip�. Estimativa � que 9,1 mil hectares de vegeta��o j� foram consumidos desde domingo (27)
%u2014 Estado de Minas (@em_com) October 1, 2020
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Cr�dito: Guilherme Duarte. pic.twitter.com/dhfZutTlhq
O Parque Nacional da Serra do Cip� j� queima h� cinco dias, e o fogo que toma conta da unidade de conserva��o ainda parece longe de ser controlado. Mas, o que est� por tr�s das dificuldades acerca do combate no local?
Para o brigadista Guilherme Duarte, que trabalha de maneira volunt�ria l�, a inclina��o do terreno � desafiadora. Al�m disso, o fato de a vegeta��o estar densa faz com que o fogo tenha muito material para queimar.
"Come�amos o combate mais ou menos 5h30. A gente tentou apagar uma linha de fogo que eu acredito que tinha mais ou menos seis quil�metros. E a gente come�ou da parte mais inclinada: est�vamos apagando o fogo de um penhasco”, conta o brigadista.

“Conseguimos controlar boa parte dessa linha de fogo, acredito que uns quatro quil�metros. Ainda tinha um pedacinho, que era num lugar muito inacess�vel”, completa.
Depois de muito trabalho, o grupo de brigadistas conseguiu reduzir os danos, mas os ventos jogaram contra. “A gente dormiu no ch�o mesmo, mais ou menos �s 2h, esperando esse fogo descer para a gente conseguir apagar. S� que quando esse fogo desceu, ele desceu com tanta for�a, com tanto vento, que nossa prioridade foi abrir uma brecha para que pud�ssemos escapar", lamenta Guilherme Duarte.
De acordo com ele, al�m de causar enchentes e tirar in�meras vidas em janeiro e fevereiro, as chuvas do in�cio de 2020 interferem na temporada de queimadas.
"O parque tem muito tempo que n�o queima em algumas regi�es. � uma an�lise minha, n�o sei se est� correta: 2020 choveu muito, e a vegeta��o est� muito densa, muito alta. Como agora est� seco, tem tudo para o pior. O terreno � muito acidentado. Muito dif�cil de combater", afirma.
A ocorr�ncia
O inc�ndio da Serra do Cip� foi iniciado nesse domingo (27). Apesar de o primeiro foco ter come�ado fora das depend�ncias do parque, as chamas alcan�aram a unidade de conserva��o por volta das 21h daquele dia na divisa com o distrito de Altamira.
Nesta quinta-feira (1º), 110 pessoas se empenharam na opera��o contra a queimada no local. Os focos de calor, atualmente, est�o distribu�dos por tr�s �reas: Confins/C�nion Bandeirinhas, Caetana e Travess�o.
Os trabalhos come�aram por volta das 1h, com comunica��o com os volunt�rios que ajudam as autoridades na �rea do Travess�o.
No decorrer do dia, 51 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conserva��o da Biodiversidade (ICMBio), 18 bombeiros militares e 12 volunt�rios contaram com apoio de uma aeronave Air Tractor e dois helic�pteros, um da PM e um dos bombeiros.
Al�m disso, caminh�es de �gua e de combust�vel prestaram apoio aos combatentes. O comando da opera��o reuniu seis servidores do ICMBio e oito bombeiros militares.