
Uma organiza��o criminosa � investigada pela Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) por suspeita de golpear prefeituras do interior e promover fraudes em processos licitat�rios para compra de equipamentos e insumos de combate ao coronav�rus no estado. Segundo as apura��es policiais, o esquema criminoso teria causado um preju�zo inicial estimado em R$ 220 mil aos cofres p�blicos, podendo chegar a R$ 500 mil.
Na �ltima quinta-feira (22), a PCMG cumpriu 11 mandados de busca e apreens�o nas cidades de Jo�o Monlevade, S�o Gon�alo do Rio Abaixo e Itabira, Regi�o Central do estado – local onde residia as empresas – e grande parte dos investigados j� foi ouvida pela equipe da Delegacia Especializada de Combate � Corrup��o.
De acordo com Gabriel Ciriaco Fonseca, titular da delegacia, o inqu�rito nasceu em junho ap�s um fato espec�fico em Piumhi, no Sul de Minas. A prefeitura havia feito uma dispensa de licita��o de equipamento de prote��o individual (EPI) e fez a contrata��o de uma empresa em Jo�o Monlevade.
“Chamou aten��o pela dist�ncia dos munic�pios e pela necessidade de entrega imediata”, disse o delegado. Ap�s esse caso, a equipe de investigadores constatou os mesmos ind�cios de irregularidades em outras cidades.
No curso dessas investiga��es, a pol�cia identificou que um homem constitu�a diversas empresas com nomes de terceiros em troca de benef�cios – chamados de “laranjas”. Esse homem atuava como representante comercial dessas firmas e participava dos processos licitat�rios em prefeituras do interior de Minas.
As empresas cadastradas, no entanto, n�o s�o da �rea de insumos m�dicos. Todas as empresas eram do ramo automotivo. Foram, inclusive, apreendidos dois ve�culos de alto valor que seriam fruto do sistema criminoso, segundo a pol�cia: um Toyota Corolla e uma BMW.

“Por causa da pandemia da COVID-19, houve uma corrida muito grande para adquirir esses insumos, ent�o a empresa que conseguia garantir os materiais, de certa forma conseguia ludibriar esses munic�pios mesmo que n�o fosse do ramo de atua��o”, disse o delegado Fonseca.
Segundo ele, em um dos casos foi entregue somente metade dos produtos e com baixa qualidade. Em outro munic�pio, sequer houve entrega. A pol�cia chegou a solicitar a pris�o do homem suspeito de chefiar o esquema, que mora em Jo�o Monlevade, mas n�o obteve aval da Justi�a.
“Foi pedida a pris�o, mas achou-se por bem o ju�zo local, que n�o decretasse a pris�o dele nesse momento, mas foi condicionado ao cumprimento de medidas cautelares”, explicou Fonseca.
A pol�cia ainda acredita que a esposa do principal suspeito atuava como operadora financeira do esquema, j� que, em um per�odo de um ano e meio ela movimentou cerca de R$ 2 milh�es em sua conta de forma at�pica. Ao todo, o inqu�rito trabalha com a possibilidade de ter em torno de sete a 10 pessoas ligadas com n�veis diferentes de envolvimento.
A pol�cia ainda acredita que a esposa do principal suspeito atuava como operadora financeira do esquema, j� que, em um per�odo de um ano e meio ela movimentou cerca de R$ 2 milh�es em sua conta de forma at�pica. Ao todo, o inqu�rito trabalha com a possibilidade de ter em torno de sete a 10 pessoas ligadas com n�veis diferentes de envolvimento.
