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Estado de Minas PANDEMIA

'Irrespons�veis' criticados, pris�o de 'baderneiros' e vacina: o que Kalil falou sobre a COVID-19 em BH

Estado de Minas resumiu os principais pontos da entrevista coletiva concedida pelo prefeito nesta quarta


25/11/2020 19:30 - atualizado 25/11/2020 19:37

Em entrevista coletiva, Kalil pregou respeito à pandemia; ele pediu colaboração popular no enfrentamento à doença.(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Em entrevista coletiva, Kalil pregou respeito � pandemia; ele pediu colabora��o popular no enfrentamento � doen�a. (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) deu duro recado � popula��o de Belo Horizonte nesta quarta-feira (25/11). Em pronunciamento que durou pouco mais de nove minutos, o chefe do Executivo municipal advertiu os cidad�os da capital mineira sobre os riscos do relaxamento no combate ao novo coronav�rus. Preocupado com o aumento dos indicadores que retratam a situa��o da doen�a na cidade — como o n�mero de casos e mortes —, Kalil afirmou que a “irresponsabilidade” de alguns pode obrigar a administra��o local a dar passos atr�s na flexibiliza��o das atividades econ�micas.

Apoiado por representantes da Pol�cia Militar, que endossaram o discurso, o prefeito sustentou a possibilidade de prender eventuais descumpridores das normas adotadas para conter o v�rus. Os que adotam comportamento equivocado foram chamados por ele de “irrespons�veis” e “baderneiros”.

“O relaxamento, a falta de empatia e ignor�ncia podem nos levar ao fechamento total da cidade novamente”, alertou Kalil.

Clique aqui para ler as mais marcantes frases de Kalil nesta quarta.

Reeleito com 63,36% dos votos v�lidos, ele garantiu ter respaldo popular para adotar atitudes en�rgicas. “A popula��o respondeu na urna o que ela pensa de fechar a cidade. Estou recebendo uma press�o muito forte agora para fechar a cidade. A situa��o � muito grave. Uma pena que eu tenha que voltar aqui. Se n�o tomarem conta, n�s vamos fechar a cidade”, afirmou. 

Ap�s se pronunciar e responder questionamentos feitos por jornalistas, Kalil passou a palavra ao secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado Pinto, e aos infectologistas que comp�em o Comit� de Enfrentamento � COVID-19. Ao todo, o prefeito permaneceu na sala por 16 minutos.

Antes de sair, contudo, o prefeito fez uma revela��o: a tradicional reuni�o feita por Kalil e seus conselheiros para decidir os rumos da flexibiliza��o em Belo Horizonte teve, na edi��o dessa ter�a-feira (24/11), uma vota��o. Em pauta, duas possibilidades: dar passos atr�s ou manter a capital no n�vel atual. O “plebiscito” sobre o caminho a ser escolhido terminou empatado. Acabou prevalecendo o segundo caminho. Embora a prefeitura tenha optado por n�o recuar a flexibiliza��o, a promessa � de endurecer a fiscaliza��o dos estabelecimentos e das �reas p�blicas da cidade.

"Temos autoridade, segundo a Pol�cia Militar, para prender irrespons�veis, al�m de fechar os estabelecimentos. As notifica��es, as ‘notinhas’ e as ‘multinhas’ acabaram. Vamos lacrar estabelecimentos. Estamos avisando aos baderneiros: v�o ser presos”, salientou Kalil.

Citando o artigo 268 do C�digo Penal, que trata de san��es aos que infringirem medidas tomadas pelo poder p�blico para desacelerar a propaga��o de infec��es, o tenente-coronel da PM, Gianfranco Caiafa, assegurou o respaldo ao poder p�blico.

“�s pessoas que insistirem em n�o fechar (seus estabelecimentos, h� v�rios ordenamentos jur�dicos que garantem o poder de pol�cia da prefeitura”, sustentou. "Chegou o momento das pessoas entenderem que, se elas n�o colaborarem, o Estado vai adotar medidas mais fortes: o fechamento (do estabelecimento) e, se houver resist�ncia, a pris�o”, completou.

Ideia � coibir aglomera��es


As redes sociais ser�o utilizadas pela PBH para monitorar festas que violam as diretrizes estabelecidas para barrar o coronav�rus. O chefe da sa�de municipal, Jackson Machado, apontou a incid�ncia de eventos do tipo, sobretudo, nas classes de alto poder aquisitivo.

Chutaram o ‘pau da barraca’ e est�o indo a festas. Classes A e B s�o mais acometidas. Est�o acontecendo festas clandestinas. N�o h� d�vidas de que essas aglomera��es aumentam os casos. � pouco justo que essas pessoas estejam se divertindo”, protestou.

Em discurso semelhante, Kalil descartou relacionar a subida das estat�sticas a uma eventual segunda onda de infec��es. “N�o estamos na segunda onda. Estamos na baderna e na irresponsabilidade”, sentenciou. Pouco depois, ao reiterar a inexist�ncia da nova “leva”, subiu o tom: “O que tem � gente ignorante, ego�sta e irrespons�vel”.

Sa�de particular pressionada


Desde setembro, a prefeitura passou a considerar os leitos privados para analisar a oferta � disposi��o dos pacientes infectados pelo novo coronav�rus. O secret�rio Jackson Machado fez um alerta sobre a diminui��o das vagas dispon�veis nos hospitais pagos.

“A ocupa��o de leitos da rede particular aumentou mais de 100%. Isso � um indicador muito claro que isso � a primeira vez que acontece. A press�o sobre os leitos privados � muito maior que do SUS”, falou.

BH pode comprar vacina


Ainda durante a coletiva, Alexandre Kalil foi categ�rico ao dizer que Belo Horizonte tem, nos cofres p�blicos, recursos suficientes para distribuir vacinas suficientes � toda a popula��o da cidade.

"Estamos com a luz no fim do t�nel. Estamos a dois meses de uma vacina. A prefeitura vai comprar vacina se for necess�rio. Mas estamos armados. N�o h� risco de ficar sem vacina. Estamos com dinheiro separado para compra", asseverou o prefeito.

Ele disse que o munic�pio n�o vai "mexer nos recursos" destinados �s doses: "S�o seringas e n�o ampolas. N�o costumo dar n�meros, mas a prefeitura est� muito bem administrada. Temos situa��o financeira muito confort�vel hoje em BH. Seja qual vacina for, temos o dinheiro necess�rio para imunizar. Nao vamos p�r a m�o nesse dinheiro at� o Brasil conhecer qual ser� o crit�rio de imuniza��o, mas BH n�o ter� problema de imuniza��o".

Kalil ainda alfinetou o governo federal sobre o repasse das vacinas aos estados. A declara��o foi dada ao citar que o imunizante pode estar prestes a ser liberado. “Belo Horizonte n�o ter� problema caso haja maluquice de, pela primeira vez na hist�ria, o governo federal n�o soltar a vacina para o Brasil inteiro", acrescentou.

Veja o que infectologistas dizem sobre est�gio da COVID-19 em BH
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Com�rcio liberado em tr�s domingos


A prefeitura aproveitou, ainda, para anunciar o funcionamento do com�rcio em tr�s domingos deste ano. A primeira “exce��o” est� programada para o pr�ximo dia 29, em virtude da Black Friday, �poca em que lojistas costumam conceder descontos. Nos dois domingos anteriores ao Natal (13 e 20 de dezembro) os estabelecimentos tamb�m poder�o funcionar.

Veja como fica o funcionamento do com�rcio belo-horizontino at� o Natal.

Um dos integrantes do Comit� de Enfrentamento ao coronav�rus, o infectologista Estev�o Urbano, explicou que a flexibiliza��o � para evitar aglomera��es em dias espec�ficos. “Essa abertura � para dividir as compras. Para que as pessoas n�o se aglomerem. Estamos vivendo momento decisivo. Belo Horizonte tem que defender um legado que foi constru�do durante a pandemia, de ser a capital com menor n�mero de mortes por 100 mil habitantes. A ci�ncia continua sendo o carro chefe da administra��o do prefeito. A ci�ncia n�o abrir� m�o de recomendar medidas que valorizam, em primeiro lugar, a vida”, alegou.

Apesar do pequeno arrocho, Kalil pediu a colabora��o do empresariado. De acordo com ele, um novo “fechamento” de BH antes de 25 de dezembro n�o est� descartado. “Que os comerciantes tomem conta. Caso contr�rio, n�o vamos chegar at� o Natal. Amanh� poderemos estar aqui fechando tudo”.


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