COVID: aus�ncia de distanciamento em �nibus e metr� � desafio para a PBH

Um ano ap�s o an�ncio da pandemia , a capital mineira passa pelo seu pior momento, com alto n�mero de casos de infectados pelo coronav�rus. Enquanto a popula��o se prepara para mais uma etapa de restri��es,  que poder� ser anunciada nesta tarde pelo prefeito  Alexandre Kalil (PSD), usu�rios do transporte p�blico da capital mineira vivem uma rotina marcada por viagens em �nibus e metr�s cheios, bem no momento em que, teoricamente, a situa��o deveria ser outra, com medidas de distanciamento e higiene corretas.

A reportagem do Estado de Minas acompanhou, nos �ltimos dois dias, a rotina de usu�rios do metr� na Esta��o Central e de passageiros de �nibus que embarcam na Pra�a Sete e na Esta��o Diamante, no Barreiro, e flagrou situa��es que nada contribuem para o combate ao coronav�rus: filas nos pontos, pessoas sem m�scara, coletivos cheios, pessoas viajando em p� por horas, sem distanciamento adequado.

Na Esta��o Central do metr�, muitas pessoas circulavam na manh� da �ltima quinta-feira (11/03), mas nem todas usavam m�scaras ,  apesar da fiscaliza��o da Guarda Municipal . J� no primeiro flagrante do dia, um homem foi multado em R$100, por se recusar a usar o equipamento de prote��o , que � obrigat�rio em locais p�blicos, mesmo depois das orienta��es da Guarda Municipal, que dava apoio aos agentes de sa�de.

"Infelizmente, alguns cidad�os ainda duvidam da gravidade da situa��o", lamentou o supervisor da Guarda, Crislem Martins. Ele explicou que, nesse caso, o homem foi devidamente orientado e as provid�ncias legais seriam realizadas se ele ainda se recusasse a usar a m�scara. Na mesma manh�, outras seis pessoas foram avistadas sem a m�scara ou usando-a de forma inadequada. Por�m, todas colocaram o equipamento ap�s abordagem.

Para quem usa o �nibus , a situa��o � mais tensa pois, at� mesmo fora das horas de pico, a reportagem constatou muito tumulto no embarque dos passageiros. De uma forma geral, essa aglomera��o � inevit�vel devido � demora durante a entrada pela porta da frente do ve�culo: h� uma demora natural na cobran�a da passagem feita pelo motorista e a libera��o da catraca, o que provoca um congestionamento dos passageiros.

Tudo isso acaba deixando as pessoas muito pr�ximas , provocando a aglomera��o, como denunciou Manoel Dantas, de 77 anos, representante comercial. Segundo ele, quem n�o sai com anteced�ncia para um compromisso, est� se arriscado em perder a hora. "Trabalho com vendas, tenho que fazer visitas com hora marcada, o que � um supl�cio di�rio", diz ele, que costuma utilizar as linhas 9405, 9403 e 4108.

Para Rosenei Nunes Pereira, dom�stica, que passa at� seis horas dentro do transporte coletivo diariamente, a sensa��o de pegar um �nibus nessa �poca � de medo . Enquanto era entrevistada, ela conseguiu um lugar para se sentar, mas conta que a rotina � mesmo a de ir em p�. "�s vezes, fica dif�cil at� para carregar a sua mochila em p�, de t�o cheio, de t�o aglomerado que fica. Mas n�o tenho outra op��o para ir trabalhar, conta.

Para Rosenei, h� ainda a neglig�ncia dos empres�rios do setor. "As tarifas s�o altas e n�s pagamos , mas o servi�o � prec�rio e sem conforto, principalmente agora na pandemia, quando ficou ainda pior. N�o h� o m�nimo de respeito com o passageiro", desabafa.

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