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Estado de Minas PANDEMIA

'Teremos semanas com crescimento de �bitos', diz novo secret�rio de Sa�de

F�bio Baccheretti, que tomou posse em meio ao colapso hospitalar devido � COVID-19 e � crise da lista de fura-filas, disse que Minas tem insumos para 20 dias


21/03/2021 06:00 - atualizado 21/03/2021 22:50


O m�dico F�bio Baccheretti assumiu a condu��o da Secretaria de Estado da Sa�de (SES) na segunda-feira (15/03), no momento mais cr�tico da pandemia em Minas Gerais, com mais de 1 milh�o de casos da doen�a e 21,7 mil mortos pela COVID-19. As taxas de ocupa��o da terapia de intensiva est�o acima de 90% em todas as regi�es mineiras, superando os 100% em alguns munic�pios, onde h� filas de espera por leitos tanto na rede privada como na rede p�blica hospitalar.
 
N�o bastasse os indicadores estarem todos no vermelho, a secretaria entrou numa crise pol�tica gerada pela den�ncia de irregularidades na vacina��o de servidores da �rea administrativa, alguns em trabalho home office, que levou � cria��o de uma comiss�o parlamentar de inqu�rito (CPI) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para investigar os fura-filas

Nesta entrevista exclusiva que concedeu ao Estado de Minas, neste s�bado (20/03), Baccheretti, que foi presidente da Funda��o Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), tra�ou o cen�rio do pior momento da pandemia no Estado. O gestor afirmou que Minas tem garantidos medicamentos para intuba��o de pacients na terapia intensiva para os pr�ximos 20 dias, afastou que possa faltar oxig�nio dos hospitais, mas destaca que a situa��o � cr�tica.

Afirmou que o colapso s� dever� se dissipar se houver ades�o da sociedade ï¿½s medidas restritivas da Onda Roxa, ao uso de m�scaras e aos cuidados de higiene. Tamb�m falou sobre a vacina��o, afirmando que o envio de doses da vacina pelo Minist�rio da Sa�de, tem ocorrido de forma mais regular nos �ltimos dias. A proje��o � que em dois meses os resultados da vacina��o sejam percebidos na melhora dos indicadores, principalmente nos que se refere �s interna��es e � ocupa��o das unidades de terapia intensiva (UTI). 
 

O senhor assumiu a SES no pior momento da pandemia. Estava preparado para a gest�o da Sa�de neste momento da pandemia no Estado? Como recebeu o convite do governador?

� um grande desafio, uma grande responsabilidade, certamente uma honra ter recebido esse convite do governador. Esse � o reconhecimento do trabalho � frente da Fhemig. S�o dez anos dedicados � sa�de p�blica do estado. Trabalho h� dez anos na Fhemig. Tamb�m em outros grandes hospitais como a Santa Casa na linha de frente contra a COVID-19 e toda essa experi�ncia vai contar para enfrentar agora os desafios no pior momento da pandemia.
 

'O cen�rio que estamos projetando para a pandemia � um cen�rio muito cr�tico. Estamos vivendo neste momento, pela primeira vez desde todo o acometimento da doen�a, um cen�rio em que todas as regi�es do Estado est�o com n�veis muito altos de ocupa��o de leitos e incid�ncia da doen�a'

F�bio Baccheretti

 
Qual a proje��o da SES em rela��o � dura��o do colapso da rede hospitalar?

O cen�rio que estamos projetando para a pandemia � um cen�rio muito cr�tico. Estamos vivendo neste momento, pela primeira vez  desde todo o acometimento da doen�a, um cen�rio em que todas as regi�es do Estado est�o com n�veis muito altos de ocupa��o de leitos e incid�ncia da doen�a. Por isso, a gente teve que tomar a decis�o da Onda Roxa e a gente espera que tenha sucesso na nova medida. Mas � um cen�rio muito cr�tico. Ainda teremos semanas com crescimentos de �bitos e, caso n�o haja uma redu��o no n�mero de novos casos, esse momento pode se prolongar ainda mais.

Por quanto tempo teremos essa ocupa��o dos leitos acima de 100% na rede privada e em muitos hospitais da rede p�blica?

Em rela��o ao tempo previsto mais cr�tico da rede de sa�de depende de como v�o aparecer os indicadores. A Onda Roxa come�ou, na quarta-feira, obviamente, se a gente n�o tiver uma redu��o no n�mero de infectados, e por consequ�ncia no n�mero de ocupa��o, vamos prolongar esse momento mais dif�cil. Depende muito do que vai aparecer nos pr�ximos dias em rela��o � pandemia. O que a gente pode dizer � que demora um pouco para a gente melhorar. N�o � atoa que no Minas Consciente dura 15 dias que � o m�nimo do tempo que a gente espera que haja redu��o na transmiss�o do v�rus. A gente n�o pode saber ao certo, quanto tempo vamos ainda melhorar esse cen�rio. A expectativa de melhora consistente, que depende muito da evolu��o da vacina, � de cerca de dois meses. Daqui a dois meses a gente acredita que n�o vamos ter tantos pacientes graves ocupando CTIs, tempo do grupo vacinado agora, acima de 70 anos, e logo acima de 65 anos esteja imune a ponto que n�o ocupe os leitos de terapia intensiva.

Quando veremos os primeiros resultados da ado��o da Onda Roxa?

Algumas regi�es do Estado, como Tri�ngulo Norte e Noroeste, est�o na Onda Roxa h� mais tempo. L� a gente percebe uma melhoria dos indicadores, mas ainda est� cr�tica a ocupa��o de leitos desses locais, especialmente Patos de Minas e Uberl�ndia. A gente v� melhoria na incid�ncia de novos casos, mas isso depende muito do comportamento da popula��o. Ent�o, � muito importante que todos percebam que � um momento de grande esfor�o. Se n�o, a melhoria desses indicadores prolonga muito, demora a chegar e n�o conseguimos progredir no Minas Consciente.
 

'O que a gente pode dizer � que demora um pouco para a gente melhorar'

F�bio Baccheretti

 

Profissionais da sa�de e gestores hospitalares reclamam da falta de medicamentos b�sicos para intuba��o, como Midazolan, Fentanil, Rocur�nio e Propofol. O  superintendente da Associa��o e Sindicato dos Hospitais, Cl�nicas e Casas de Sa�de de Minas Gerais  afirma que j� h� medicamentos na lista de espera. Em Minas pode faltar insumos para intuba��o?

A situa��o de insumos � muito cr�tica no pa�s. Tivemos uma reuni�o sexta-feira (19) com o Minist�rio da Sa�de. Todos os secret�rios de sa�de e suas �reas t�cnicas levaram  para eles a preocupa��o. Temos estados que t�m estoques muito pequenos, duram apenas alguns dias. Minas Gerais vem se organizando e virou modelo de organiza��o. Todos os estados copiaram a forma de controle desses medicamentos. A gente tem alguns dias a mais do que o restante dos outros estados. O grande problema neste momento � que os fabricantes nacionais n�o conseguem suprir todas as demandas dos estados, de cada um dos hospitais.

Fábio Baccheretti presidiu a Fhemig(foto: Gil Leonardi/Agência Minas/Divulgação)
F�bio Baccheretti presidiu a Fhemig (foto: Gil Leonardi/Ag�ncia Minas/Divulga��o)
O Minist�rio da Sa�de vem tentando buscar outros fornecedores fora do pa�s, em especial na China e EUA, para complementar essa alta demanda.  Vamos lembrar que nunca se teve tantos pacientes intubados, precisando  desses medicamentos nos hospitais do Brasil. Com essa alta demanda,  a gente precisa buscar alternativas. A secretaria  n�o � respons�vel pelo fornecimento de medicamentos, mas criou uma rede solid�ria. A gente faz essa compra e vai dispensando de acordo com o estoque de cada hospital de forma recorrente, todos os dias, liberamos medicamentos para todos os hospitais do estado para que n�o haja n�o risco assistencial. Mas a situa��o � muito cr�tica. 
 

' A expectativa de melhora consistente, que depende muito da evolu��o da vacina, � de cerca de dois meses. Daqui a dois meses a gente acredita que n�o vamos ter tantos pacientes graves ocupando CTIs, tempo do grupo vacinado agora, acima de 70 anos, e logo acima de 65 anos esteja imune a ponto que n�o ocupe os leitos de terapia intensiva.'

F�bio Baccheretti

 
 
E oxig�nio?

Em rela��o ao oxig�nio, o problema � muito mais log�stico. A expans�o de leitos realizada em v�rios munic�pios foi feita de forma muito r�pida. Essa nova  onda pegou todos de forma muito r�pida. A expans�o foi feita muito � base de cilindros de oxig�nio, que dura apenas quatro horas em um paciente intubado com COVID. A gente precisa repor seis vezes o cilindro de oxig�nio por leito. Ent�o problema mais log�stico do que do pr�prio insumo que � o oxig�nio, mas a secretaria vem apoiando os munic�pios, os hospitais, para que a gente ache alternativas em que a quest�o log�stica seja menos problem�tica, por exemplo, trocando o fornecimento de cilindros por tanques de oxig�nio l�quido. Estamos buscando solu��es junto a empresas que fornecem oxig�nio. S�o poucas que t�m capacidade de fornecer para todo estado para que a gente consiga garantir esse insumo t�o essencial.

O que a SES est� providenciando para garantir que n�o haver� falta de insumo?

O governo est� comprando esse insumo. J� conseguimos receber parte dele, mas vale a pena destacar que o mesmo fornecedor que nos vende medicamentos � o mesmo que vende para os hospitais. Ent�o, a secretaria n�o pode pegar tudo que tem no mercado se n�o vai faltar para os hospitais . A gente faz essa compra direta para poder distribuir para aqueles hospitais que n�o conseguem manter um suprimento constante. A gente tem controle muito rigoroso. Cada hospital do estado � obrigado a nos comunicar o estoque, a gente faz c�lculo de acordo com a m�dia de consumo por paciente, j� estabelecido pela literatura. Fornecemos de forma paulatina e constante para cada um dos hospitais.
 

'Cada hospital do estado � obrigado a nos comunicar o estoque, a gente faz c�lculo de acordo com a m�dia de consumo por paciente, j� estabelecido pela literatura. Fornecemos de forma paulatina e constante para cada um dos hospitais'

F�bio Baccheretti

 

O grande medo  da popula��o � em  rela��o � falta de insumos, medicamentos para se fazer a intuba��o nas UTIs. O Estado tem uma provis�o, h� medicamentos suficientes para passar por essa crise?

O cen�rio em rela��o a insumos � muito cr�tico. As grandes empresas fornecedoras desse medicamento aumentaram em tr�s vezes a capacidade de fornecer. A gente teve crise inicial l� atr�s, no in�cio da pandemia, e depois a gente seguiu sem muita dificuldade. Como agora estamos vivendo um momento  em que o Brasil est� com muitos casos as empresas brasileiras est�o com grande dificuldade de fornecer esses medicamentos. A SES formou uma rede solid�ria associada ao Minist�rio P�blico onde a gente compra medicamentos, centraliza alguns medicamentos, para fornecer para aqueles hospitais que n�o conseguem receber dos fornecedores - essa compra � feita direta pelos hospitais. N�s temos uma limita��o, n�o consegue fornecer para todo mundo de maneira imediata, mas a gente vai analisando  como anda o estoque de cada um e a quantidade de insumos que tem. A expectativa � termos para 20 dias esses insumos e, com a reposi��o pelas as empresas, a gente vai se mantendo sem faltar. Tem muito consumo, aumentando muito pelo n�mero de pacientes, e o Minist�rio da Sa�de est� tentando compra fora do pa�s, China e EUA, porque entende que as empresas brasileiras n�o conseguem fornecer o quantitativo necess�rio. Mas Minas est� conseguindo sim, a SES fornecendo de forma constante e paulatina para cada um dos hospitais que est�o passando por dificuldades de ressuprimentos direto com as empresas.
 

'A expectativa � termos para 20 dias esses insumos e, com a reposi��o pelas as empresas, a gente vai se mantendo sem faltar.'

F�bio Baccheretti

 
Como o senhor avalia a decis�o do ex-secret�rio  Carlos Eduardo Amaral de incluir servidores da �rea administrativa na vacina��o?

Os crit�rios de vacina��o sempre s�o muito complexos. Todos os trabalhadores de sa�de s�o grupos priorit�rios, isso est� estabelecido j� at� pelo Minist�rio da Sa�de. Mas � muito complexo diante de uma vacina escassa, em que todos est�o aguardando o seu momento para fazer qualquer tipo de julgamento. Vamos esperar a decis�o dos �rg�os de controle tanto internos, CGE (Controladoria Geral do Estado), quanto externos (Minist�rio P�blico e a CPI) para que se tenha alguma conclus�o e a gente tenha alguma decis�o a ser tomada.
 
Secretário acredita que a vacinação em Minas reduzirá o número de internações em dois meses(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
Secret�rio acredita que a vacina��o em Minas reduzir� o n�mero de interna��es em dois meses (foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)

A listagem com nomes de servidores aumentou para 1.852 servidores que tomaram a vacina. Qual a postura adotada pela SES  em rela��o a esse servidores?Mais servidores ser�o exonerados?

Esse novo n�mero de servidores vacinados pela secretaria � um pouco diferente da primeira lista. S�o servidores que trabalham nos munic�pios, nas regionais, e o munic�pio entendeu que eram grupos priorit�rios tamb�m obedecendo ao Programa Nacional de Vacina��o. Ent�o, eles foram vacinados pelo munic�pio e n�o pela secretaria. Temos que esperar a conclus�o de todos os processos para a gente tomar alguma medida.  Neste momento, n�o podemos julgar nenhum servidor que est� na secretaria.

Qual a posi��o do senhor em rela��o a prescri��o de medicamentos como cloroquina e ivermectina, que comprovadamente n�o s�o eficazes na preven��o � COVID-19, mas que s�o apresentados como solu��o por algumas pessoas, inclusive pelo governador?

O uso de qualquer medicamento, vale destacar, � um ato m�dico. Qualquer m�dico pode prescrever qualquer medicamento, de acordo com o que � definido por lei. O que eu posso dizer � que a secretaria  est� sempre atenta aos novos estudos relacionados a diversos medicamentos.  O medicamento que se coloca, neste momento,  mais promissor, dentre esses todos utilizados, � a colchicina, mas ainda n�o tem estudo claro que nos permita recomendar o uso. Mas obviamente o meu papel como m�dico e de secret�rio � n�o vedar a nenhum m�dico o uso de medicamento, mas vamos esperar a conclus�o de estudos mais robustos para que a gente possa conseguir recomendar a prescri��o de algum medicamento.

Em rela��o � vacina��o. O que pode ser feito pelo Estado para acelerar a vacina��o?

A velocidade da vacina��o est� diretamente relacionada ao fornecimento pelo Minist�rio da Sa�de e este fornecimento depende, obviamente, da produ��o dos fabricantes. Destaco que o Brasil agora vem conseguindo lotes de forma mais peri�dica. Recebemos lotes h� dois dias  e receberemos outro hoje. Isto mostra certa regularidade no fornecimento da vacina. Toda a log�stica de distribui��o da secretaria � r�pida, dura de um a dois dias para fazer a distribui��o completa dos lotes. Com esse aumento na velocidade de fornecimento a gente ter� tamb�m crescimento constante e mais r�pido no n�mero de mineiros vacinados.

O cientista Miguel Nicolelis tem alertado para a necessidade de a��es  mais duras e coordenadas em todo o pa�s para barrar o avan�o da COVID-19. Como o senhor avalia a gest�o do governo Bolsonaro da pandemia? � necess�rio uma coordena��o nacional para o pa�s sair do colapso?

Certamente, estamos no momento com as medidas mais duras aplicadas no estado, a Onda Roxa em todo estado mostra que a gente tem que fazer algo mais restritivo. Obviamente, se todos os estados, de maneira coordenada, agem de forma semelhante isso facilita o entendimento da popula��o. O discurso �nico � fundamental no sucesso na sensibiliza��o da popula��o. Todo secret�rio  de sa�de tem esse trabalho de forma muito semelhante, todos t�m reuni�es peri�dicas, fazendo com que as atitudes, em �mbito estadual, sejam muito semelhantes e, certamente, esperamos que o novo ministro da sa�de fa�a essa coordena��o para que a popula��o perceba como � importante, neste momento, ter medidas mais restritivas para segurar um pouco a dissemina��o do v�rus.
 

'Esperamos que o novo ministro da sa�de fa�a essa coordena��o para que a popula��o perceba como � importante, neste momento, ter medidas mais restritivas para segurar um pouco a dissemina��o do v�rus"

F�bio Baccheretti

 
Qual � o cen�rio dos hospitais da rede Fhemig hoje? Onde est� o gargalo?

A Fhemig tem papel fundamental no enfrentamento da pandemia. H� mais de um ano, participei das primeiras reuni�es quando nem havia casos confirmados no estado de como seria esse enfrentamento e a Fhemig sempre se colocou de forma protagonista neste processo, lembrando que o primeiro  caso suspeito internou no Eduardo de Menezes e este hospital se tornou  o primeiro hospital exclusivo de COVID-19. Depois o J�lia Kubitschek tamb�m. Depois expandiu o Jo�o Paulo II com os leitos pedi�tricos e o pr�prio Jo�o XXIII. O Jo�o Penido, em Juiz de Fora, o Ant�nio Dias, em Patos de Minas, em Barbacena, tamb�m expandimos leitos para COVID-19  e fomos crescendo nesta assist�ncia. Fhemig sempre foi fundamental neste processo e, na �ltima semana, mais 33 leitos foram abertos em Belo Horizonte neste momento mais cr�tico - um grande esfor�o no estado na abertura desses leitos. Conseguimos agora mais 100 respiradores da Fiemg e, nos pr�ximos dias, mandaremos para hospitais que consigam de forma abrir os leitos, com insumos e oxig�nio. Deve no in�cio da semana, na pr�xima segunda-feira decidir qual hospital receber� esses respiradores. 
 
Leito de UTI no Hospital Eduardo de Menezes, referência de atendimento à COVID-19 em Minas(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
Leito de UTI no Hospital Eduardo de Menezes, refer�ncia de atendimento � COVID-19 em Minas (foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
Ser� necess�rio reabrir o Hospital de Campanha?

Em rela��o ao hospital de campanha, no momento que foi aberto no ano passado, a gente tinha n�mero de leitos expandidos n�o t�o grande como temos hoje. Ent�o, teve sua import�ncia para garantir um prov�vel aumento de casos. No decorrer desse processo, o estado abriu mais de 13 mil leitos. De 7 mil fomos para 20 mil leitos de enfermaria. Esses 700 leitos neste momento n�o faria diferen�a diante de toda essa expans�o que o estado fez neste ano de pandemia. Nosso gargalo n�o � a enfermaria, � o CTI.  E o grande problema dos CTIs � conseguirmos profissionais de sa�de t�o escassos, porque nunca se teve tantos leitos de CTI abertos ao mesmo tempo e com tantos pacientes. N�o h� nenhuma indica��o de reabrir o hospital de campanha neste momento e sim dedicar aos grandes hospitais que t�m estruturas bem complexas a abertura de novos leitos e obviamente reduzir o n�mero de casos e que estamos no limite operacional.

O que o senhor diz para as pessoas que t�m protestado contra as medidas mais restritivas?

Respeito a opini�o de todos, mas como m�dico e secret�rio de sa�de n�o tenho outra recomenda��o que seja o distanciamento social, o uso de m�scaras, higiene pessoal e fa�a apenas o que for essencial para que a gente consiga reduzir os indicadores, que os novos pacientes nos hospitais, caiam que a ocupa��o dos leitos caiam e o n�mero de �bitos tamb�m caiam. Vamos lembrar que a vacina��o est� num crescente neste momento. Ent�o a gente ter� entre dois e tr�s meses, um cen�rio de redu��o clara de n�meros pacientes internados em CTI por estarem imunizados. A gente j� percebe isso naqueles acima de 85 e 90 anos. Ent�o, a minha recomenda��o sempre ser� essa � o momento de cuidar de toda a popula��o.

Entrevista exclusiva concedida ao EM em 20 de mar�o de 2021. 


O que � o coronav�rus


Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 � transmitida? 

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?


Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus. 

V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia

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