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Estado de Minas Iguaria mineira

BH viver� dia at�pico: domingo (quase) sem frango

Com restri��es ao com�rcio, o tradicional assado s� poder� ser entregue por meio de delivery ou drive-thru. Estabelecimentos tentar�o antecipar vendas


27/03/2021 04:00 - atualizado 27/03/2021 15:49

Para comerciantes, haverá grande impacto, especialmente por se tratar do dia de maior movimentação no setor (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Para comerciantes, haver� grande impacto, especialmente por se tratar do dia de maior movimenta��o no setor (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Belo Horizonte viver� amanh� um dia at�pico, com o primeiro domingo de fechamento total do com�rcio na pandemia, imposto pela prefeitura para conter o avan�o da COVID-19. Com o veto � abertura, o que inclui at� a�ougues, supermercados e padarias, a presen�a de uma iguaria tradicional no almo�o das fam�lias no fim de semana ficou comprometida: o frango assado.

A expectativa dos donos desses estabelecimentos, que poder�o operar somente por delivery ou drive-thru, � tentar aumentar as vendas de hoje para buscar compensar a perda do fim de semana. Procurar por um ponto de venda em Belo Horizonte n�o � dif�cil. Em boa parte dos quarteir�es � poss�vel avistar as m�quinas padronizadas, as chamadas 'TVs de cachorro'.

Se o consumidor ter� limita��es, o maior preju�zo � para quem depende diretamente desse com�rcio. Rosimeire Teixeira Mour�o, de 57 anos, comanda a Esquina do Frango, no Bairro Ipanema, Regi�o Noroeste de BH. Ela conta que trabalha neste setor desde os 13 anos. "� o dia em que a gente vende mais. N�o vou poder abrir, ainda n�o caiu a ficha. Eu tiro o meu sustento, uso o dinheiro para pagar uma conta, comprar um arroz, um a��car. � dif�cil”, disse, com ar de preocupa��o

Ela conta que vende cerca de 100 frangos aos domingos e prev� que o movimento cair� 80%, j� que a demanda por delivery � baixa. “O pessoal passa para comprar. Por encomenda � muito dif�cil de a pessoa vir buscar. O pedido por entrega � muito baixo, tanto que eu nem cobrava, mas agora vou precisar cobrar”, lamentou. O temor � de as perdas se avolumarem. “Eu compro o frango vivo. Se ele passa muito tempo at� o abate, adoece”, afirmou.

As contas ser�o amargas, projeta Guilherme Camargos, de 55, dono do Frango no Ponto, no Bairro Estoril, Regi�o Oeste da capital, h� 15 anos no ramo. Ele observa que as vendas j� haviam ca�do pela metade e que o domingo era um dos dias que ajudavam a reduzir o volume do preju�zo. “A perda foi na faixa de 50% a 60%. Agora, no fm de semana, n�o caiu tanto, foi na faixa de 30%. Ent�o, fechando aos domingos, a perda fica bem maior.”

Guilherme avalia que este � o pior momento enfrentado pelos comerciantes desde o in�cio das restri��es sanit�rias. “N�o estava podendo ter consumo no local, mas pelo menos podia entregar na porta. Vamos cortando o pessoal da equipe para tentar manter o neg�cio funcionando, mas, infelizmente, chegamos nesta situa��o de fechar aos domingos e isso vai nos prejudicar ainda mais”, contabiliza.

Para ele, os comerciantes precisam da ajuda dos governantes para garantir a sobreviv�ncia dos estabelecimentos. “Estamos tentando manter o neg�cio, porque dinheiro n�o d�. A gente trabalha para pagar as contas. As contas do governo municipal, estadual e federal chegam normalmente, mesmo com pandemia e com restri��o. Tinha de ter uma isen��o com o com�rcio”, ressaltou.

DIVERSIFICA��O

 
Enquanto a pandemia afeta o caixa, outros com�rcios adotaram alternativas de diversifica��o. No caso do Frango Duveio, no Bairro Salgado Filho, Regi�o Oeste, foram inclu�dos no card�pio o tropeiro e ainda a lasanha. “Todo comerciante est� sofrendo com um baque muito grande nas vendas, mas a gente vai se adequando de acordo com o que podemos fazer, porque tamb�m temos de ser solid�rios ao que est� acontecendo no mundo”, destacou Mar�lia Alves, de 59, dona do estabelecimento.

Ela contou que as vendas s�o um complemento na renda, j� que trabalha em uma secretaria paroquial e o marido � aposentado. Apesar disso, observa que qualquer recuo financeiro impacta no pagamento das contas de casa. A estimativa � de que as novas restri��es far�o despencar as vendas.

Para driblar a dificuldade, vem trabalhando por encomenda. Ela vende cerca de 30 frangos por domingo, a R$ 32,90 cada, e cerca de 25 tropeiros, a R$ 16 a unidade, e em torno de 15 lasanhas (R$ 25).

O que fecha
Supermercados,  sacol�es, lanchonetes, lojas de conveni�ncia, a�ougues e similares s� poder�o operar por delivery ou drive-thru (exig�ncia de estacionamento internalizado). Mercado Central

O que pode funcionar
Farm�cias e postos de combust�vel


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