
O evento discutir� o cen�rio viol�ncia contra a mulher em Minas, bem como a��es concretas de combate ao problema.
“Quero me envolver o m�ximo poss�vel no combate � viol�ncia contra a mulher. Infelizmente, s� acordamos de verdade quando uma trag�dia acontece perto da gente, na fam�lia. Eu precisei passar por isso, mas, agora, vou fazer o que estiver ao meu alcance para conscientizar as pessoas de que o feminic�dio � uma barbaridade comum, presente em todas as classes sociais, e precisa ser combatido com toda for�a”, diz o aviador.
Organizada pelas deputadas Ana Paula Siqueira (Rede), Andr�ia de Jesus (PSOL), Leninha (PT) e Beatriz Cerqueira (PT), a reuni�o ser� virtual, transmitida ao vivo por meio do site da ALMG. A lista de participantes inclui desembargadoras, representantes de movimentos sociais, da UFMG, das for�as de seguran�a do estado e do Executivo estadual.
Discrep�ncias
Entre as pautas do encontro, a deputada Ana Paula Siqueira destaca a sistematiza��o das estat�sticas sobre feminic�dio pelos �rg�os do estado.
“Acreditamos que h� uma discrep�ncia entre os fatos divulgados cotidianamente pela imprensa desde 2018, cada vez mais numerosos e mais violentos, e os n�meros publicados pelo estado nesse mesmo per�odo, que apontam queda na viol�ncia contra a mulher. Queremos entender a metodologia utilizada pelas autoridades para compilar esses dados, para nos certificarmos de que as estat�sticas refletem a realidade e, de fato, contribuem para a elabora��o de pol�ticas p�blicas efetivas”, diz a parlamentar.
Os questionamentos nesse sentido ser�o conduzidos pela coordenadora do N�cleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher da UFMG (Nepem), Marlise Matos. De acordo com a cientista pol�tica, os dados sobre feminic�dios divulgados pela Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica (Sejusp) e pelo F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica soam inconsistentes.
“Em 2018, o estado pactuou a forma��o de servidores p�blicos para a sistematiza��o de dados sobre feminic�dio. Com isso, era esperado que essas mortes - devidamente classificadas e evidenciadas - aumentassem nos relat�rios. Curiosamente, os n�meros mostram tend�ncia de queda. Queremos que o governo nos explique isso. A n�s, o que parece � que h� feminic�dios sendo classificados como outros tipos de morte", comenta a pesquisadora.
Ao fim da audi�ncia, est� prevista a elabora��o de um documento com diretrizes ao governo para o combate efetivo � viol�ncia contra � mulher.