
desde a chegada
, quando afirma ter recebido den�ncias de
trabalho infantil
. "Eles se revezavam em v�rios pontos com sem�foros e usavam crian�as para pedir dinheiro", afirma a gest�o municipal.
A prefeitura local monitorava o grupo
"Somente em um �nico dia, a conselheira tutelar Gleice Ribeiro informou que o Conselho Tutelar recebeu dez den�ncias de crian�as venezuelanas pedindo dinheiro nos sinais da cidade, com relatos de que, apesar do tempo frio, estavam
sem agasalhos
e descal�as", complementa.
Monitoramento
A prefeitura, ent�o, criou uma comiss�o especial l - formada por servidores da Assist�ncia Social, Sa�de, Guarda Municipal, Meio Ambiente, Seltrans e Conselho Tutelar - para monitorar os venezuelanos.
"Al�m dos supostos casos de explora��o de trabalho infantil, os quais foram conduzidos pelo Conselho Tutelar � Delegacia de Pol�cia, tamb�m foi constatado na pens�o que alguns imigrantes estavam com dermatite, coceiras e possivelmente piolhos, bem como n�o havia registro de vacina��o dos mesmos", diz a gerente de Prote��o Especial do Munic�pio, Fabiane Correia.

A Vigil�ncia Sanit�ria tamb�m esteve no local e considerou o ambiente insalubre, notificando os propriet�rios a tomarem as provid�ncias necess�rias para as adequa��es.
Cultura �ndigena Warao
A prefeitura de Sete Lagoas alega ter oferecido o Acolhimento Institucional ao grupo, o que foi aceito por parte dos imigrantes em uma segunda abordagem. No novo local, os venezuelanos receberam atendimento com psic�logas, assistentes sociais e educadores, al�m de uma equipe de sa�de por estarem com sintomas gripais e outras queixas.
Por�m, o grupo n�o ficou no Acolhimento por muito tempo. "Eles alegam pertencer a um grupo �tnico peculiar na Venezuela com grandes habilidades de artesanato, o povo ind�gena Warao, e que possuem outra cultura, como a de n�o comer carne vermelha, dar banho de torneira nos menores e, segundo relatos, consideram pedir dinheiro nas ruas com as crian�as um tipo de trabalho", afirma Fabiane Correa.
Assim, embora acolhido, o grupo preferiu voltar para Montes Claros. "Eles arrecadavam, por dia, cerca de R$ 1.000 e bancavam a hospedagem na pens�o, em m�dia de R$ 50,00 por fam�lia, alimenta��o, e ainda n�o comiam carne e nem tomavam suco de laranja. Eles chegaram a dispensar 40 marmitex a eles ofertados", lembra o coordenador da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Cristiano Morais.
Ainda de acordo com a gerente Fabiane Correia, todas as a��es foram pautadas em legalidade. "Estamos cientes de que existe uma pol�tica de interioriza��o para imigrantes venezuelanos, amparados inclusive por legisla��o federal. Procuramos preservar com as a��es realizadas a dignidade da pessoa humana. Por�m, n�o podemos admitir que crian�as fiquem nas ruas pedindo dinheiro. Somos contra qualquer tipo de explora��o infantil", completou, afirmando que o Minist�rio P�blico est� ciente de todas as a��es realizadas.
Venezuelanos no Brasil
A
estrat�gia de interioriza��o
do Governo Federal, que leva voluntariamente refugiados e imigrantes venezuelanos do estado de Roraima e da cidade de Manaus para outros munic�pios no pa�s, alcan�ou no �ltimo m�s o marco significativo de 50.475 pessoas beneficiadas, tr�s anos ap�s o seu in�cio, em abril de 2018. Nesse per�odo, 675 cidades acolheram os imigrantes.
O Governo Federal estima que cerca de 260 mil refugiados e imigrantes venezuelanos vivem atualmente no Brasil. Assim, a estrat�gia de interioriza��o ajudou quase um a cada cinco venezuelanos no pa�s a melhorar significativamente sua situa��o financeira, de moradia e de educa��o .
Sete Lagoas j� conta com um grupo de tr�s fam�lias de venezuelanos que chegaram � cidade em 2019 e foram acolhidos pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos �ltimos Dias.
Membros da igreja, inicialmente, realizaram todo o processo de acolhimento, oferecendo m�veis, aluguel de moradia, oportunidade de emprego e, em parceria com a Prefeitura, inscri��o na Assist�ncia Social e matr�cula em escolas municipais.
