
Para isso, eles contam com outros profissionais de apoio, como � o caso do cozinheiro. Durante a competi��o, as comidas s�o feitas pelas pr�prias equipes em tendas. Na maioria das vezes, o card�pio � churrasco ou macarr�o, mais pr�tico quando feito em espa�os limitados. Mas, para uma equipe com tantos mineiros, n�o. A cozinha representa bem o diferencial que vai al�m das duas rodas.
Nesta sexta-feira (13/8), o card�pio para o pontap� inicial na competi��o foi tropeiro. Uma vers�o mais light, sem torresmo, para manter o n�vel de gordura dos pilotos em boas condi��es. Mas ainda sim bem “mineirin”.
O cozinheiro da equipe, Thiago Carvalho, conhecido como ET, diz que o card�pio � bem variado pra agradar a todos os integrantes, mas ressalta o que n�o pode faltar. “O card�pio � bem misto, mas a maioria dos integrantes s�o mineiros, ent�o, n�o deixo de trazer a tradi��o para dentro do rally. Sempre tem que ter um feij�o tropeiro, um p�o de queijo, um doce de leite, o queijo”, diz Thiago, que cozinha em um espa�o bem limitado, montado entre os caminh�es de apoio.
Dona de nove t�tulos, a Honda Racing � a maior vencedora entre as motos no Rally dos Sert�es. Os pilotos Jean Azevedo, Gregorio Caselani, Bissinho Zavatti, Thiago Veloso e Tiago Wernersbach t�m o comando do chefe, D�rio J�lio, o “Darinho”.
Defendendo o t�tulo da classe Brasil, Thiago Veloso encara a sua segunda edi��o do Sert�es. “Essa e uma equipe que tem a ess�ncia mineira. O chefe da equipe, o meu mec�nico, o cozinheiro, todos mineiros. Minas sempre foi um celeiro de grandes pilotos no motocross, no enduro de regularidade, no cross country e rali. O estado sempre teve essa fama de fazer bons pilotos”, elogia Thiago.

O “Tapoia”, apelido do mec�nico Agnaldo Guimar�es, conta sobre o clima nos bastidores da competi��o. “Tem essa coisa aconchegante que nos faz lembrar da nossa casa, um ambiente gostoso que conseguimos comer uma comidinha igual a que temos em casa”, diz o mec�nico.
O piloto ga�cho Greg�rio Caselani, por sua vez, s� tem elogios. “Na comida, o card�pio nosso, com certeza, � o melhor de todas as equipes”.
Para motos e quadriciclos, Sert�es valer� como etapa do Mundial
O Rally dos Sert�es come�ou nesta sexta-feira (3/8) com o pr�logo, um trecho cronometrado que determina a ordem de largada para a primeira etapa da prova. O trecho de 11 km ocorreu em Pipa, no munic�pio potiguar de Tibau do Sul. O fim da disputa ser� na Praia dos Carneiros, em Pernambuco, ponto final da maratona off-road, no dia 22 de agosto.
A competi��o passar� pelos estados do Rio Grande do Norte, Para�ba, Pernambuco, Piau�, Bahia, Alagoas e Cear�. Com o tema “Sert�es 100% Sert�o”, o rali deste ano vai passar por sete dos nove Estados da Regi�o Nordeste e o cen�rio ser� de Caatinga, um bioma exclusivo do Brasil.
O percurso ter� 3.548 quil�metros ao longo de dez dias, incluindo o pr�logo, que define a ordem de largada, e mais nove etapas. Os trechos especiais, ou seja, em que os competidores aceleram para valer, somam 2.180 quil�metros, o que representa 60% do trajeto.
Este ano, para as motos e quadriciclos, a edi��o do Sert�es traz um tempero a mais: volta a valer pelo Mundial de Rally Cross-Country FIM depois de sete anos. Com isso, vencer o Sert�es ser� sin�nimo de triunfo numa etapa do principal campeonato da modalidade.
Nessa edi��o do Sert�es, o desafio ser� encarado por um n�mero recorde de participantes: 192 ve�culos (3 quadriciclos; 34 carros, 65 motos e 90 UTVs), com um total de 316 competidores. Pilotos de pa�ses como Fran�a, Estados Unidos, Portugal, Argentina, Pol�nia, Paraguai e Guiana Francesa estar�o presente.
Sert�es e a pandemia do novo coronav�rus
Os organizadores do Rally dos Sert�es vem se reorganizando desde a �ltima edi��o, em 2020, para trazer seguran�a aos participantes em per�odo de pandemia. No ano passado, todos os participantes eram obrigados a ficar em “bolhas”, lugares isolados e com r�gido controle de entrada.
Este ano, a Vila Sert�es, local em que a caravana do rali acampa de um dia para o outro, ter� um modelo h�brido. Os pilotos e equipes poder�o usar hotelaria e restaurantes das cidades anfitri�s, priorizando os estabelecimentos com o Selo Turismo Respons�vel, lan�ado pelo Minist�rio do Turismo, que estabelece boas pr�ticas de higieniza��o para cada segmento do setor.
Segundo a organiza��o, haver� monitoramento da situa��o da pandemia em cada local e, caso seja necess�rio, poder�o ser implantadas adequa��es ao modelo adotado para garantir a seguran�a das equipes.