
As agress�es de um motorista de Uber a um chefe de fam�lia e � sua mulher, na �ltima quinta-feira (14/10), traz consequ�ncias para as duas filhas do casal, uma menina de 3 anos e uma adolescente de 15, que, segundo informa��es de parentes, est�o assustadas e temem at� mesmo sair de casa. O fato aconteceu no Bairro Piratininga, Venda Nova, Regi�o Norte de Belo Horizonte.
Segundo familiares, a menina de 3 anos, ao chegar na escolinha, disse para a professora que tinha de ir embora para ficar com os pais, pois tinha medo que “o mo�o batesse neles”. A menina teria passado a tarde inteira afastada dos colegas e dizendo que queria ir embora para casa.
A filha adolescente, desde que aconteceram as agress�es - ela e a irm� tamb�m estavam no carro e assistiram a tudo -, n�o consegue mais dormir a noite inteira.
Segundo os pais e parentes, ela acorda de madrugada, assustada e n�o quer mais andar de Uber. No s�bado, para visitar a av�, preferiu ir de t�xi.
A fam�lia contesta a vers�o do motorista, que afirma que havia quatro pessoas no carro, sendo que na verdade, eram dois adultos, a adolescente e a crian�a.
O caso
Na �ltima quinta-feira, uma fam�lia solicitou uma corrida pelo aplicativo. Quando o carro chegou, o pai, de 46 anos, a mulher e as duas filhas, ocuparam o banco traseiro. O motorista n�o gostou e disse que ele tinha de assentar no banco da frente. Teria falado de maneira r�spida.
O cliente contestou e teria ressaltado que os pr�prios motoristas do aplicativo n�o gostavam e n�o recomendavam que houvesse passageiro no banco dianteiro. Disse que a menina de 3 anos ficaria no seu colo. Explicou, ainda, que n�o poderia ir na frente porque � do grupo de risco para a COVID-19 por ter problemas cr�nicos de sa�de.
O condutor, nesse instante, respondeu que n�o poderia levar a fam�lia daquela forma e o pai das meninas falou para o motorista cancelar a corrida, mas ele mandou os passageiros cancelarem.
Houve um in�cio de discuss�o e, depois disso, o passageiro desceu do carro com a fam�lia e disse que cancelaria a corrida. “Se voc� n�o teve um bom dia, n�o tem que descontar nas pessoas, n�o”, teria dito o pai ao motorista.
Ao dar as costas para o ve�culo, o pai de fam�lia foi surpreendido pelo condutor, que o atacou com uma “gravata”. Segundo uma parente do homem, a mulher tentou defender o marido, mas foi empurrada para longe. Ela sofreu escoria��es nos p�s. O homem tamb�m bateu a cabe�a do passageiro contra o cap� do carro.
As agress�es s� pararam quando um vizinho viu o que estava acontecendo e se aproximou. O motorista entrou no carro, para fugir, mas, antes, deu r� no ve�culo e quase atropelou a fam�lia.
A fam�lia fez uma queixa junto ao aplicativo, Uber, que divulgou a seguinte nota:
“A Uber considera inaceit�vel o uso de viol�ncia. Esperamos que motoristas parceiros e usu�rios n�o se envolvam em brigas e discuss�es e que contatem imediatamente as autoridades policiais sempre que se sentirem amea�ados.
Esse tipo de comportamento configura viola��o aos termos de uso da plataforma e a conta do motorista parceiro j� foi desativada, enquanto aguardamos pelas apura��es. A empresa permanece � disposi��o das autoridades para colaborar com as investiga��es, na forma da lei.
Desde o in�cio da pandemia no Brasil, a Uber vem adotando medidas de preven��o para amenizar os impactos causados pela crise da COVID-19. A Uber segue orientando seus parceiros e usu�rios sobre as recomenda��es e determina��es das autoridades de sa�de e autoridades locais e indica o uso de m�scara, a utiliza��o do banco traseiro do carro, janelas abertas para ventila��o, al�m da higieniza��o constante dos ve�culos como forma de prevenir o cont�gio da doen�a.”
(Com informa��es de Cristiane Silva)