
Os manifestantes cobram puni��o dos respons�veis pelo rompimento da barragem de Fund�o e repara��o pelo desastre, que hoje completa 6 anos. A trag�dia matou 19 pessoas, varreu o distrito de Bento Rodrigues e poluiu o Rio Doce, afetando 23 assentamentos do MST. Segundo o movimento, 1.480 fam�lias instaladas ao longo do curso d’�gua foram atingidas.
“Vamos ficar aqui at� que as mineradoras ou o governo nos deem uma resposta. Seis anos depois da trag�dia, n�o houve repara��o. Os moradores de Bento Rodrigues continuam sem casa. E os nossos assentamentos � beira do Rio Doce j� n�o conseguem plantar, nem pescar, nem criar animais por causa dos impactos da lama”, diz o coordenador do MST, S�lvio Netto.
Netto cobra ainda mudan�as no modelo de minera��o praticado no Brasil. “� importante ressaltarmos que esse modelo cria problemas ambientais e sociais, gera baixa arrecada��o aos munic�pios, cria depend�ncia e empregos que oferecem risco a toda a popula��o mineira. Os movimentos sociais prop�em um outro projeto, regulado pela necessidade social, com a participa��o das comunidades e instrumentos mais eficazes de fiscaliza��o, pautado na vida acima do lucro”, diz a lideran�a.
'Jamais ser�o esquecidos'
Procurada pelo Estado de Minas, a Samarco refor�ou o "compromisso com as a��es de repara��o e compensa��o dos impactos decorrentes do rompimento da barragem de Fund�o, que jamais ser�o esquecidos pela empresa".
A mineiradora tamb�m destacou a assinatura do Termo de Transa��o e Ajustamento de Conduta (TTAC) firmado, em mar�o de 2016, pela pela Samarco e seus acionistas, Vale e BHP, governos federal, de Minas Gerais e do Esp�rito Santo e outras entidades.
"At� o momento, j� foram indenizadas mais de 336 mil pessoas, tendo sido destinados mais de R$ 15,57 bilh�es para as a��es executadas pela Funda��o Renova, que conduz ainda a��es de recupera��o da flora e fauna, al�m dos processos de reassentamentos que contam com a participa��o direta dos atingidos e do poder p�blico em todas as etapas e s�o acompanhados pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais". diz o texto enviado � reportagem.
Acordo
Em 28 de outubro, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) informou que pretende fechar o acordo de repara��o pela trag�dia de Mariana em fevereiro de 2022.
Segundo o �rg�o, o pacto ser� inspirado no de Brumadinho, ratificado em fevereiro deste ano.
"A nossa esperan�a � que, ao final das negocia��es, chegue-se a uma esp�cie de contrato, que seria o pacto. E o acordo tem que fechar tudo (atingidos, meio-ambiente e preju�zos aos entes da federa��o)", disse procurador-geral MPMG, Jarbas Soares, na ocasi�o.
Segundo o �rg�o, o pacto ser� inspirado no de Brumadinho, ratificado em fevereiro deste ano.
"A nossa esperan�a � que, ao final das negocia��es, chegue-se a uma esp�cie de contrato, que seria o pacto. E o acordo tem que fechar tudo (atingidos, meio-ambiente e preju�zos aos entes da federa��o)", disse procurador-geral MPMG, Jarbas Soares, na ocasi�o.
Os valores do acordo ainda n�o foram fechados. De acordo com o procurador-geral, a a��o inicial do Minist�rio P�blico, ajuizada h� seis anos, previa a quantia de R$ 155 bilh�es, mas a cifra deve variar com a aplica��o de corre��es e negocia��es diversas. Os tr�mites processuais contemplam 17 audi�ncias. A pr�xima est� marcada para 1° de dezembro.
Na esfera criminal, o desastre segue sem puni��o. Uma decis�o judicial proferida pela 4ª Turma do Tribunal Regional Federal em 2019 retirou o crime de homic�dio das acusa��es que pesam sobre os r�us do processo.