
A suspens�o das cirurgias eletivas durante a pandemia da COVID-19 gerou uma demanda reprimida. “A maior da hist�ria”, informou a prefeitura de Divin�polis, por meio de nota. Elas ficaram paralisadas por mais de um ano para evitar a sobrecarga do sistema enquanto o Estado lidava com os casos de coronav�rus.
S� em Divin�polis, 1.544 pacientes ainda aguardam por procedimentos eletivos. “Neste momento as duas filas (urg�ncia e eletiva) est�o simult�neas, o que tem exaurido o sistema. Com isso, estamos sim com dificuldade para conseguir regular esses pacientes", confirmou a prefeitura em nota.
Al�m das interna��es na UPA, outro cen�rio preocupa. “Tem pessoas h� 60, 90 dias esperando vaga dentro de casa, principalmente para cirurgia eletiva. Se nem os da UPA eles est�o levando, eles v�o levar voc�, coitado, que est� esperando essa bendita vaga em casa”, indagou o vereador Ney Burguer (PSB), ao denunciar a superlota��o nessa ter�a-feira (16/11).
O cen�rio da UPA do munic�pio do Centro-Oeste de Minas � reflexo da falta de leitos no parque hospitalar. O Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus – refer�ncia em alta complexidade - estava com 100% de lota��o hoje. Dos 115 leitos da macrorregi�o Oeste, 110 est�o ocupados, ou seja, 95% de ocupa��o. Os dados s�o da Central de Regula��o.
Alternativas
Para minimizar a situa��o, a Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) disse que a Central Macrorregional de Sa�de Oeste tem buscado regular os pacientes de menor complexidade para outras portas da rede (hospitais) da regi�o.
“Outra medida adotada, assim que foi poss�vel desmobilizar leitos COVID-19, foi: o Comit� Macrorregional da doen�a come�ou este processo pelos leitos de outras especialidades e que estavam direcionados para COVID. Dessa forma, eles passaram a atender novamente outras especialidades m�dicas”, informou.
Medidas que, segundo o presidente da Comiss�o de Sa�de da C�mara de Divin�polis, o vereador Z� Braz (PV), n�o tem surtido efeito. “Muitos pacientes est�o sendo transferidos para unidades que n�o resolvem o problema, o hospital n�o tem capacidade t�cnica”, explicou.
Um exemplo mencionado pelo parlamentar � o de um paciente card�aco levado para Santo Ant�nio do Monte, tamb�m no Centro-Oeste. “L� n�o tem condi��es nem de fazer um cateterismo. Desafoga a UPA, mas n�o resolve o problema do paciente”, relatou.
Para ele, acelerar as eletivas � uma forma de desafogar o sistema. “Tem eletiva que est� virando urg�ncia, o que gera a sobrecarga, sem falar na ortopedia que � um caos nacional”, citou. O S�o Jo�o de Deus planeja realizar 390 cirurgias at� dezembro. Entretanto, sem leitos dispon�veis, o prazo poder� ser estendido.
Assist�ncia
Al�m do retorno da eletivas, a UPA de Divin�polis vive um momento at�pico. O contrato entre o munic�pio e a empresa gestora foi rompido com a alega��o de “irregularidades cont�beis”. Entretanto, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS) ficar� a frente da administra��o at� a realiza��o de um novo processo licitat�rio.
A decis�o da prefeitura � questionada at� mesmo pelos vereadores da base. “J� foi mostrado que n�o funciona e mesmo assim dar�o mais seis meses para ela”, destacou o vereador Fl�vio Marra (Patriota). O parlamentar ainda colocou em xeque a assist�ncia. “O pessoal est� chegando vivo e saindo de l� morto, isso quando � atendido”, declarou.
Marra antecipou que vai provocar o Minist�rio P�blico para intervir. “S� notificar a prefeitura n�o est� adiantando”, declarou. Para ele, parte da superlota��o est� atrelada � defici�ncia na gest�o.
O Conselho Municipal de Sa�de (CMS) diz estar acompanhando a rescis�o contratual e pressionando para que o munic�pio afaste imediatamente a gestora. Entretanto, afirmou que at� ent�o desconhecia relatos de superlota��o e que vai fiscalizar in loco.
A reportagem tentou contato com o IBDS, por�m ningu�m foi encontrado.
Nota completa da SES/MG:
"A Secretaria de Estado de Sa�de Minas Gerais, por meio da Regional de Sa�de de Divin�polis, esclarece as 13 Centrais Macrorregionais de Regula��o Assistencial do Estado tem como um dos objetivos garantir a alternativa assistencial adequada frente �s solicita��es de utiliza��o de leitos para procedimentos eletivos e de urg�ncia / emerg�ncia aos usu�rios dos munic�pios pertencentes a uma determinada �rea de abrang�ncia.
N�o tendo oferta dentro da regi�o, o paciente pode ser transferido para outra regi�o de sa�de que tenha a oferta do servi�o. Ou seja, se o pedido for negado com uma justificativa t�cnica, outra unidade de sa�de ser� consultada, e assim por diante. A busca pelo de leito s� se encerra quando uma reserva for confirmada. Essa busca por leito hospitalar come�a na macrorregi�o de origem da solicita��o e, se for o caso, a busca � expandida para outras macrorregi�es do Estado.
Hoje, o Hospital de Alta Complexidade da Macrorregi�o Oeste, o Complexo de Sa�de de S�o Jo�o de Deus, est� com 100% de ocupa��o. Na macrorregi�o Oeste, no �ltimo dado levantado, dia 11/11, dos 115 leitos de UTI de outras especialidades, 110 estavam ocupados, o que correspondia a 95% de ocupa��o (dados da Central de Regula��o). Como uma das a��es a Central Macrorregional de Sa�de Oeste tem buscado regular os pacientes de menor complexidade para outras portas da rede ( hospitais) da regi�o. Outra medida adotada foi, assim que foi poss�vel desmobilizar leitos covid-19, o Comit� Macrorregional da doen�a come�ou este processo pelos leitos de outras especialidades e que estavam direcionados para covid. Dessa forma, eles passaram atender novamente outras especialidades m�dicas."
N�o tendo oferta dentro da regi�o, o paciente pode ser transferido para outra regi�o de sa�de que tenha a oferta do servi�o. Ou seja, se o pedido for negado com uma justificativa t�cnica, outra unidade de sa�de ser� consultada, e assim por diante. A busca pelo de leito s� se encerra quando uma reserva for confirmada. Essa busca por leito hospitalar come�a na macrorregi�o de origem da solicita��o e, se for o caso, a busca � expandida para outras macrorregi�es do Estado.
Hoje, o Hospital de Alta Complexidade da Macrorregi�o Oeste, o Complexo de Sa�de de S�o Jo�o de Deus, est� com 100% de ocupa��o. Na macrorregi�o Oeste, no �ltimo dado levantado, dia 11/11, dos 115 leitos de UTI de outras especialidades, 110 estavam ocupados, o que correspondia a 95% de ocupa��o (dados da Central de Regula��o). Como uma das a��es a Central Macrorregional de Sa�de Oeste tem buscado regular os pacientes de menor complexidade para outras portas da rede ( hospitais) da regi�o. Outra medida adotada foi, assim que foi poss�vel desmobilizar leitos covid-19, o Comit� Macrorregional da doen�a come�ou este processo pelos leitos de outras especialidades e que estavam direcionados para covid. Dessa forma, eles passaram atender novamente outras especialidades m�dicas."
*Amanda Quintiliano especial para o EM