
A Prefeitura de Betim informou, tamb�m na noite de hoje, que j� recorre da decis�o e tem a expectativa de ter alguma atualiza��o sobre o caso ainda nesta ter�a - ou madrugada de amanh�.
Segundo o documento, uma audi�ncia de reconcilia��o ser� realizada em 12 de janeiro, �s 14h, junto ao ju�zo natural, com a presen�a do Minist�rio P�blico, da Defensoria P�blica, da Procuradoria Geral de Betim, do advogado representante dos moradores e da Defesa Civil.
Promotores do Minist�rio P�blico de Minas Gerais que atuam em Betim protocolaram pedido de adiamento e pontuaram sobre a necessidade de avalia��es e vistorias dos im�veis.
“� uma vit�ria importante. Primeiro porque os moradores n�o ser�o obrigados a sa�rem imediatamente das suas resid�ncias. Muitos estavam com a ‘corda no pesco�o’, sem conseguir organizar minimamente a vida, a sa�da", inicia o advogado popular que representa os moradores do Beco dos Fagundes, Edson Rodrigues Sor�.
"E segundo que abriu um espa�o para que possamos dialogar de forma mais tranq�ila, mostrar mais a opini�o dos moradores e dos t�cnicos porque h� diverg�ncia de opini�o sobre a �rea”, complementa.
"� uma vit�ria dos moradores, uma vit�ria do Beco dos Fagundes, vit�ria dos movimentos organizados que est�o apoiando essa luta"
Edson Rodrigues Sor�, advogado que representa os moradores
Entenda o caso
Uma a��o judicial movida a pedido da Prefeitura de Betim determinou o despejo de 27 fam�lias moradoras do Beco do Fagundes, no Bairro Jardim Teres�polis, em Betim, que estariam em �rea de risco de deslizamento.
Elas tinham recebido ordem de despejo para sair de suas casas at� hoje (4/1), pois no dia seguinte os im�veis seriam demolidos. Os moradores contestam a decis�o e dizem que v�o resistir.
A decis�o foi baseada em laudos da Defesa Civil que classificaram o local como sendo de alto risco de deslizamentos de terra. Em janeiro de 2020, em um barranco pr�ximo a esta �rea, houve um deslizamento que soterrou e matou duas pessoas. Segundo os moradores, na �poca, foi prometida pela prefeitura a constru��o de um muro de arrimo na localidade, o que n�o foi feito.
Representantes dos moradores contestam o laudo apontando que as casas est�o em local plano, longe do barranco citado. Al�m disso, reivindicam melhores condi��es para o valor do aluguel social e de desapropria��o.
Na tarde desta ter�a-feira (4/1), o Minist�rio P�blico protocolou o pedido para adiamento da demoli��o para que haja novas avalia��es dos im�veis.