
De segunda-feira (10/1) at� as 9h desta ter�a-feira, a Defesa Civil registrou 173 ocorr�ncias. A m�dia no per�odo chuvoso � de seis atendimentos por dia. As regi�es mais afetadas foram a Leste e a Norte, com 76 e 74 chamados, respectivamente. Do total de atendimentos, 107 foram relacionados aos escorregamentos de talude.
� reportagem, a Defesa Civil atualizou os n�meros informando que, das 9h desta ter�a at� as 18h, foram feitos mais 77 atendimentos, totalizando 250 ocorr�ncias.
Conforme mostrou o Estado de Minas, o Rio Paraibuna, que corta a cidade, transbordou nessa segunda-feira, na altura no Bairro Industrial, na Zona Norte, deixando v�rias ruas inundadas. Conforme a Defesa Civil, esta foi a segunda maior cheia em 20 anos.
Nos �ltimos quatro dias, choveu em Juiz de Fora mais da metade do esperado para o m�s. Nesse per�odo, o volume acumulado representou 59,42% do ideal para janeiro, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Ontem, o n�vel do Rio Paraibuna subiu 63 cent�metros, atingindo 3,98m, sendo que o n�vel normal � de 1,40m. O per�odo compreendido entre os dias 7 e 11 de janeiro apresentou volume acumulado de 191,40mm de chuva na cidade. Ainda acima do ideal – mas apresentando tend�ncia de queda –, o rio registrava 3,39m de altura �s 17h29.
A ponte Domingos Alves Pereira, popularmente conhecida como ponte vermelha, � uma das que d� acesso ao Bairro Santa Terezinha, na Zona Nordeste, ao transpor o Rio Paraibuna. A estrutura havia sido interditada na tarde de segunda para o tr�nsito de ve�culos. Pouco tempo depois, a chuva parou e ela foi liberada. Nesta ter�a, o Executivo ratificou que, com a “n�o concretiza��o das previs�es de chuvas fortes na cidade”, a ponte segue dispon�vel para os motoristas.
No in�cio da tarde desta ter�a-feira, a prefeita Margarida Salom�o disse que o Acesso Norte segue interditado. “Ali no Bairro Industrial, onde h� a conflu�ncia das �guas do c�rrego Humait� com o Rio Paraibuna, virou um lago. � uma situa��o triste, e as pessoas que ali moram s�o v�timas dessa situa��o h� muitos anos”, disse a chefe do Executivo em v�deo publicado nas redes sociais.
“Vistoriamos outras �reas. Na Avenida JK, ao longo do Bairro Democrata, observamos que o c�rrego de S�o Pedro teve suas �guas retidas pela represa. O alagamento de ontem no Bairro Mariano Proc�pio tem a ver com o retorno das �guas do Paraibuna”, inicia.
“J� no Bairro Linhares houve um deslizamento de terra que comprometeu uma rua no local. Tamb�m identificamos e atendemos um forte desabamento no Bairro Tr�s Moinhos”, exemplificou Margarida ao justificar a decreta��o de estado de emerg�ncia na cidade.
No �ltimo fim de semana
As equipes da Defesa Civil realizaram vistorias em 67 unidades habitacionais ao longo do fim de semana e 13 im�veis foram interditados. Outras 27 pessoas precisaram desocupar as resid�ncias de maneira preventiva.
Uma das ocorr�ncias mais graves aconteceu no domingo (9/1), no Bairro Santa Rita, quando uma edifica��o desabou parcialmente. Todos os im�veis pr�ximos foram vistoriados e cinco precisaram ser interditados.
Alerta para o risco de cont�gio por leptospirose
O grande volume de chuvas nos primeiros dias de janeiro tem causado transtornos e a prefeitura alerta para o risco do contato com as �guas de enchentes, o que pode causar verminoses, doen�as diarreicas, febre tif�ide, salmonella, hepatite A e E, c�lera, t�tano e leptospirose, sendo que esta �ltima � predominante – ou seja, com maior incid�ncia de contamina��o.
O per�odo de incuba��o pode variar de um a 30 dias e normalmente ocorre entre sete e 14 dias ap�s a exposi��o a situa��es de risco. As manifesta��es cl�nicas variam desde formas assintom�ticas e subcl�nicas at� quadros graves, associados a manifesta��es fulminantes. S�o divididas em duas fases: precoce e tardia.
A doen�a apresenta elevada incid�ncia em determinadas �reas, al�m do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorr�ncia est� relacionada �s condi��es prec�rias de infraestrutura sanit�ria e alta infesta��o de roedores infectados.
O atendimento para casos suspeitos pode ser feito nas Unidades B�sicas de Sa�de.