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Estado de Minas SUL DE MINAS

Doa��o de �rg�os de mulher atropelada por charrete salva 5 pessoas

Caso ocorreu em Pouso Alegre. Romilda Pereira, de 58 anos, chegou a trocar a carteira de identidade em novembro para retirar a cita��o 'n�o doadora de �rg�os'


20/01/2022 20:33 - atualizado 20/01/2022 20:43

Romilda Pereira
Romilda Pereira dizia que queria que os �rg�os dela ajudassem outras pessoas a viver (foto: Arquivo Pessoal)
O �ltimo sonho de Romilda Raimundo Pereira, de 58 anos, foi realizado com as doa��es de cinco de seus �rg�os. Ela foi atropelada por uma charrete no domingo (16/1), ao atravessar a Avenida Levino Ribeiro do Couto, em frente � rodovi�ria de Pouso Alegre, no Sul de Minas.

A filha da mulher, Francisca Pereira Camargo, contou que a m�e falava que queria que os �rg�os dela ajudassem outras pessoas a viver. Em novembro, Romilda fez nova carteira de identidade para retirar a cita��o “n�o doadora de �rg�os”. A fam�lia autorizou a doa��o, feita nesta quinta-feira (20/1).

Romilda era casada, tinha tr�s filhos e quatros netos. A filha ca�ula descobriu a gravidez, do quinto neto, nesta semana. Conhecida por ser uma mulher corajosa, am�vel e que sempre ajudava o pr�ximo, ela ter� a vida propagada em outras pessoas.

A retirada dos �rg�os foi feita em cirurgia nesta manh�, no Hospital das Cl�nicas Samuel Lib�nio. Eles foram levados de avi�o, sendo, “o f�gado pra Montes Claros, um rim para Passos e o outro para Itajub�, as c�rneas para Belo Horizonte. Cinco pessoas s�o salvas pela atitude de amor e caridade de nossa rainha”, cita Francisca.

Para a filha, � importante respeitar o �ltimo desejo da m�e e tamb�m mostrar �s pessoas a import�ncia da doa��o de �rg�os. Francisca � t�cnica de enfermagem e acompanhou o �ltimo exame que constatou a morte encef�lica da m�e para que a doa��o fosse realizada.

Ela lembra, com carinho, o exemplo que Romilda deixa de sempre ajudar o pr�ximo, mesmo ap�s a morte.

“A vida toda a minha m�e sempre falava a palavra doar e colocava em pr�tica. No final do ano, n�s ajudamos fam�lias que deixaram cartas com pedidos de Natal”, e recentemente fez mais doa��es.

Romilda tamb�m amava estar em fam�lia. Em dezembro, ela pediu que os filhos tirassem uma foto juntos para colocar na parede de casa. A foto ser� colocada no caix�o, para homenagear a m�e que gostava de ter os filhos sempre juntos dela e do marido.

A forma que Romilda morreu chocou a fam�lia

Romilda atravessava a rua quando foi atropelada pela charrete e depois ficou internada, at� a morte encef�lica. Segundo a filha, um t�cnico de enfermagem e um m�dico passavam pelo local e prestaram os primeiros socorros.

O t�cnico ligou para Francisca e contou que a m�e queria levantar e, instantes depois, come�ou a passar mal e o quadro de sa�de mudou rapidamente.

“A pancada na cabe�a foi t�o forte que o quadro dela evoluiu muito r�pido”, detalha a filha. Para ela, a forma que a m�e morreu chocou toda a fam�lia.

Testemunhas contaram � ela que a charrete tinha duas pessoas e o condutor ficou no local at� a chegada do Servi�o M�vel de Atendimento de Urg�ncia (Samu) e se ofereceu para ajudar no que fosse preciso.

Francisca n�o sabe quem foram essas pessoas e fez boletim de ocorr�ncia do acidente. O caso est� sob investiga��o da Pol�cia Civil.

“N�o quero achar culpados, quero entender o que aconteceu, pois parece que falta algo, uma pe�a desse quebra-cabe�a.”

O enterro acontecer� no Cemit�rio Municipal de Borda da Mata, cidade natal de Romilda. O vel�rio e enterro ainda n�o tinham sido informados � fam�lia, at� o final desta reportagem.

Nayara Andery - Especial para o Estado de Minas


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