
Os alvos dos mandados foram pecuaristas, comerciantes de gado e empresas leiloeiras. O objetivo da opera��o � combater a sonega��o fiscal no segmento de gado bovino no setor de cria, recria, engorda e comercializa��o nas duas cidades do Alto Parana�ba.
Participaram dos trabalhos de investiga��o e repress�o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), Receita Estadual, Pol�cia Militar e Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberaba.
Fraudes descobertas
A fraude investigada, resumidamente, consiste na aquisi��o de gado bovino sem nota fiscal e simula��o de nascimentos de bezerros e bezerras para acobertar as vendas dos animais adquiridos sem o documento fiscal e, assim, lavar o dinheiro da opera��o.
Desta forma, o gado adquirido sem origem passa a ser documentado no momento de sua venda. Al�m disso, o dinheiro que circulou clandestinamente na compra do animal passa a ter apar�ncia de legalidade em raz�o das vendas com as notas fiscais.
Ainda conforme as investiga��es, para multiplicarem os rebanhos, os suspeitos usaram v�rios artif�cios, como:
- nascimento de bezerros onde n�o havia vacas
- vacas que pariram 2,5 bezerros de cada vez
- vacas que pariram em uma fazenda e, um m�s depois, pariram novamente, em outra propriedade
- bezerros comercializados sem as m�es, dez dias ap�s terem nascido
- rebanhos que s� pariam animais do sexo masculino
- bezerros que com uma semana de vida j� s�o promovidos a animais com idade superior a 12 meses de idade
As informa��es s�o do Comit� Interinstitucional de Recupera��o de Ativos (Cira), formada pelo MPMG, atrav�s do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econ�mica e Tribut�ria (Caoet), pela Receita Estadual, PM e com apoio do Gaeco de Uberaba. Cinco promotores de Justi�a, 30 auditores fiscais da Receita Estadual e 44 policiais militares participaram da opera��o.
Ainda de acordo com o MPMG, o nome da opera��o tem origem na mitologia grega, onde o Deus P� � o encarregado de cuidar dos rebanhos e tamb�m respons�vel por sua multiplica��o.
POL�CIA CIVIL
A reportagem questionou a Pol�cia Civil de Minas Gerais se a autuada ser� investigada, j� que a mesma foi encaminhada para prestar depoimento ao delegado de plant�o da Delegacia de PC de Uberaba. Segundo nota da PCMG, foram adotadas as provid�ncias relacionadas � pessoa jur�dica denunciada. "A autoridade policial ratificou o flagrante por maus-tratos nos termos da Lei Ambiental e a investiga��o segue em andamento para completa elucida��o dos fatos e responsabiliza��o dos envolvidos", diz a nota.