
Conforme as imagens, o autor servia de apoio para outro indiv�duo, que estava em p� sobre seus ombros para alcan�ar os dizeres e apagar o nome do presidente do cartaz com tinta spray preta. Diante da abordagem inesperada, o militar se exaltou e respondeu com ataques homof�bicos.
Embora o banner em protesto contra o presidente da Rep�blica esteja afixado pr�ximo ao P�rtico Norte da universidade, a assessoria da UFJF disse � reportagem que n�o tem v�nculo com a Apes, tendo em vista que aquele espa�o foi cedido � entidade.
A associa��o enfatiza que o cartaz colocado na sede est� em conformidade com o “exerc�cio do direito constitucional � livre manifesta��o pol�tica” e “se solidariza com a v�tima da agress�o”. "Reiteramos o nosso rep�dio a esses ataques que demonstram a intoler�ncia e o desejo de oprimir a livre manifesta��o de pensamento. Tais a��es n�o nos intimidar�o", diz a Apes, em nota (leia a �ntegra abaixo).
De acordo com a ocorr�ncia registrada pela Pol�cia Militar (PM), o vigilante confirmou que tomou ci�ncia do fato pela testemunha que filmou o ato de vandalismo. Segundo o relato, ao chegar ao local, ele se deparou com dois indiv�duos cobrindo o nome do presidente com tinta preta. Logo, o funcion�rio da seguran�a do campus conseguiu deter o militar, mas o comparsa dele fugiu.
Indagado pela PM, o militar disse que n�o concordava com os dizeres do banner e, por isso, decidiu manifestar a sua opini�o ao apagar o nome do presidente Bolsonaro. Ainda segundo o registro policial, ele alegou que, por se tratar de um local p�blico, n�o deveria haver ali manifesta��es “denegrindo ou afrontando a imagem do presidente da Rep�blica”.
O caso foi encaminhado � Pol�cia Federal, que recebeu a ocorr�ncia da PM nessa ter�a-feira (15/2) e liberou o militar. A lata de spray preta utilizada na a��o foi apreendida.
Leia a nota da Apes na �ntegra
“Novamente, a sede APES – Associa��o dos Professores de Ensino Superior – foi v�tima de vandalismo pelo exerc�cio do direito constitucional � livre manifesta��o pol�tica. Manifesta��o esta que se apoia em decis�o de assembleia da categoria de se incorporar � luta pelo Fora Bolsonaro, como resposta aos imensos ataques do governo � educa��o e � toda classe trabalhadora. As institui��es p�blicas de ensino t�m sido sucateadas, sua autonomia desrespeitada e a liberdade de ensinar reiteradamente cerceada. A popula��o est� desempregada, milhares de brasileiros e de brasileiras voltaram � mis�ria, e a fome j� atinge a maioria da popula��o. Soma-se ainda a esse cen�rio devastador, as milhares de mortes que deveriam ter sido evitadas por meio de pol�ticas p�blicas adequadas ao combate � pandemia.
Cabe explicar, mais uma vez, que a APES constitui-se como sociedade sem fins lucrativos, de natureza civil, aut�noma e com personalidade jur�dica. Portanto, o banner exposto na frente da sede da APES � de propriedade e responsabilidade da entidade, n�o havendo qualquer rela��o com a Universidade Federal de Juiz de Fora.
Aproveitamos tamb�m para informar que os respons�veis pelo dano ao banner instalado em nossa sede foram denunciados � seguran�a do campus por cidad�os que passavam no momento da a��o, o que possibilitou a autua��o de um deles pelas autoridades competentes. Adicionalmente, as imagens veiculadas nas redes sociais chocam ainda mais pela agress�o e ataques homof�bicos direcionados ao cidad�o que filmava a a��o. A diretoria da APES se solidariza com a v�tima da agress�o, se colocando � disposi��o para o que for necess�rio. Tomaremos todas as medidas legais cab�veis para responsabiliza��o dos envolvidos.
Reiteramos o nosso rep�dio a esses ataques que demonstram a intoler�ncia e o desejo de oprimir a livre manifesta��o de pensamento. Tais a��es n�o nos intimidar�o. Assim, em respeito � hist�ria da entidade e � categoria, nos manteremos firmes na luta em defesa da educa��o p�blica, pela liberdade de manifesta��o, contra a opress�o e pelo Fora Bolsonaro.”