
A pesquisadora Esther Machado, graduada em Tecnologia em Radiologia e doutora em Ci�ncias e T�cnicas Nucleares pela UFMG, � uma das ganhadoras do pr�mio internacional “25 mulheres na ci�ncia: Am�rica Latina”. O resultado foi anunciado neste m�s, quando � comemorado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ci�ncia.
Segundo dados da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), a presen�a de mulheres no campo das disciplinas STEM (Ci�ncia, Tecnologia, Engenharia e Matem�tica) � inferior a 30%. Por isso, a iniciativa realizada pela 3M Company, busca diminuir a desigualdade de g�nero e estimular a diversidade nesta �rea, onde a falta de est�mulo est� enraizada culturalmente.
Segundo dados da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), a presen�a de mulheres no campo das disciplinas STEM (Ci�ncia, Tecnologia, Engenharia e Matem�tica) � inferior a 30%. Por isso, a iniciativa realizada pela 3M Company, busca diminuir a desigualdade de g�nero e estimular a diversidade nesta �rea, onde a falta de est�mulo est� enraizada culturalmente.
Segundo Esther Machado, no contexto brasileiro, as profiss�es ligadas �s �reas de exatas carregam diversos estere�tipos e, por isso, dificilmente meninas s�o encorajadas a ingressarem neste campo. “Durante a inf�ncia, as brincadeiras e atividades s�o segregadas de acordo com o g�nero. Por isso, desde crian�a, mulheres s�o moldadas para escolher carreiras associadas ao cuidado”, explica.
A doutora em Ci�ncias e T�cnicas Nucleares, do Departamento de Engenharia da UFMG, enfatiza que romper essas barreiras � delicado, o que se torna uma luta constante. “� muito importante ocupar o nosso espa�o e demonstrar a nossa capacidade de enfrentar qualquer desafio. Mesmo lidando com algumas dificuldades, nunca desisti de realizar o meu sonho de atuar na pesquisa”, disse.
No contexto acad�mico, conforme dados da Coordena��o de Aperfei�oamento de Pessoal de N�vel Superior (Capes), embora 53% dos bolsistas sejam mulheres, a desigualdade de g�nero, em �reas de STEM, � vis�vel e interfere diretamente na carreira, sobretudo quando se trata de cargos de lideran�a e do financiamento de bolsas.
“A nossa produ��o cient�fica depende do investimento financeiro e das publica��es de alto impacto, j� que s�o fundamentais para o nosso crescimento no meio acad�mico. No entanto, o espa�o feminino � restrito e desvalorizado. � natural ver que as ideias propostas por mulheres nem sempre possuem a mesma valida��o, quando, por exemplo, s�o dadas por homens”, completa Esther Machado.
“A nossa produ��o cient�fica depende do investimento financeiro e das publica��es de alto impacto, j� que s�o fundamentais para o nosso crescimento no meio acad�mico. No entanto, o espa�o feminino � restrito e desvalorizado. � natural ver que as ideias propostas por mulheres nem sempre possuem a mesma valida��o, quando, por exemplo, s�o dadas por homens”, completa Esther Machado.
A partir de iniciativas que buscam oferecer espa�o e protagonismo para mulheres, como a premia��o realizada pela 3M, ela acredita que � poss�vel enxergar uma mudan�a de quadro, j� que o intuito � valorizar a carreira de diversas cientistas empenhadas em contribuir no avan�o da sociedade.
Pesquisa
Reduzir gastos e melhorar o bem-estar do paciente s�o os principais objetivos do projeto da pesquisadora mineira premido. A pesquisa escolhida por Esther Machado para concorrer ao pr�mio foi desenvolvida durante o seu doutorado. Intitulada “Produ��o e caracteriza��o de nanocomp�sitos de PVDF, MWCNT e �xidos met�licos como biomaterial para aplica��es biom�dicas", o projeto criou um biomaterial de implante vis�vel em exames de imagem, como resson�ncia magn�tica e raio-x.
“Algumas categorias de materiais s�o radiotransparentes, ou seja, ficam invis�veis em processos de raio-x e resson�ncia magn�tica. Dessa forma, quando o paciente � submetido a essas t�cnicas, n�o � poss�vel captar essas pr�teses nas imagens”, explica. O material estudado por Esther pode ser utilizado em malhas para o tratamento de h�rnia ou em fios de sutura, o que contribui na identifica��o de alguns problemas p�s-cir�rgicos, em casos de deslocamento, inflama��o e retra��o do implante.
Segundo a pesquisadora, o biomaterial evita futuros processos cir�rgicos, usados para realizar a an�lise, j� que o equipamento de imagem seria suficiente, reduzindo, tamb�m, os gastos no sistema de sa�de. “O raio-x, por exemplo, � um processo relativamente mais em conta comparado a outros procedimentos. Al�m disso, melhora a seguran�a do paciente, que n�o precisar�, novamente, se submeter a metodologias invasivas”, afirma.
Segundo ela, os resultados dos testes feitos com o prot�tipo foram bastante positivos, sobretudo nas quest�es ligadas a biocompatibilidade, uma vez que os componentes do material escolhido j� s�o utilizados em implantes com outras finalidades. Em breve, ser�o feitas as an�lises cl�nicas e, assim, o produto poder� ser comercializado.
A premia��o
O pr�mio “25 Mulheres na Ci�ncia: Am�rica Latina” est� na sua segunda edi��o e recebeu mais de 500 inscri��es. Neste ano, entre as ganhadoras, seis s�o brasileiras. A premia��o inclui trof�u, certificado e um curso na Egade Business School, escola mexicana mundialmente reconhecida.
Segundo Esther, al�m da iniciativa, que visa estimular mulheres a dedicarem as suas carreiras � pesquisa, a institui��o oferece todo o apoio necess�rio para as participantes. “O tratamento � completamente personalizado. Quando recebi o resultado, me parabenizaram por liga��o, fui muito acolhida. Al�m da premia��o, claro, a pessoalidade � algo que, sem d�vidas, mostra como eles valorizam o nosso trabalho”, afirmou.
Segundo Esther, al�m da iniciativa, que visa estimular mulheres a dedicarem as suas carreiras � pesquisa, a institui��o oferece todo o apoio necess�rio para as participantes. “O tratamento � completamente personalizado. Quando recebi o resultado, me parabenizaram por liga��o, fui muito acolhida. Al�m da premia��o, claro, a pessoalidade � algo que, sem d�vidas, mostra como eles valorizam o nosso trabalho”, afirmou.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Marc�lio de Moraes