
A cada dia que passa mais e mais not�cias de decis�es tomadas pelas varas criminais, n�o s� em Minas, mas em todo o pa�s, surpreendem. � o caso da decis�o tomada nesta quarta-feira (02/03), em que o juiz Marcelo Augusto Lucas Pereira, da primeira inst�ncia da Central de Flagrantes de Belo Horizonte.
Ele determinou que Daniel Le�o, de 24 anos, o motorista que dirigia uma BMW e atropelou e matou a manicure C�ssia Gomes, de 35 anos, no �ltimo dia 28 de fevereiro, na Avenida Raja Gabaglia, responda ao processo penal em liberdade.
O juiz determinou que ele pague uma fian�a de 10 sal�rios m�nimos para ganha a liberdade. Daniel compareceu, na manh� desta quarta-feira, a uma audi�ncia de cust�dia, onde a decis�o foi tomada.
Apesar da decis�o, ele segue preso, no Ceresp Gameleira, pois somente depois do pagamento da fian�a poder� ser solto.
A fam�lia da manicure se mostra revoltada com a situa��o. Um irm�o da v�tima critica e cobra justi�a. Pietro considera a decis�o uma afronta e diz que a decis�o caracteriza o caso como impunidade ao motorista que matou sua irm�." "N�o posso concordar com que uma pessoa que tenha cometido um crime brutal, matando minha irm�, seja solto, e ainda por cima, com uma quantia irris�ria. A mentira est� sendo sustentada e mantida. � um absurdo", diz.
O atropelamento O acidente ocorreu na �ltima semana, quando a manicure saia de uma festa e estava na Avenida Raja Gabaglia, na altura do Bairro Santa L�cia, Zona Sul de BH, quando foi colhida pela BMW.
O motorista fugiu do local do acidente, sem prestar socorro. C�ssia, a v�tima, estaria em companhia de uma amiga, quando ocorreu o atropelamento. Teve morte imediata e o �bito foi constatado no local, pelos m�dicos do Samu.
O motorista, que � advogado, antes de ser identificado como autor do atropelamento, se dirigiu para uma base da PM, na Pra�a Diogo de Vasconcelos, na Savassi, contando uma hist�ria que n�o convenceu os militares, a de que teria brigado com um flanelinha.
Ao investigarem a vers�o, os policiais descobriram que ela era falsa, principalmente porque as marcas encontradas no ve�culo eram compat�veis com as do acidente ocorrido em um atropelamento, justamente o da Raja Gabaglia. O advogado foi submetido a um teste de baf�metro, que apontou a embriaguez, com resultado de 0,56mg/l. O advogado foi detido e levado ao Detran.