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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Desaparecida h� 10 anos, borboleta amea�ada � vista em Brumadinho

Borboleta ribeirinha voltou a ser avistada nas matas ciliares por bi�logos da Vale na �rea em recupera��o do rompimento da Barragem B1 da Mina C�rrego do Feij�o


30/03/2022 14:21 - atualizado 30/03/2022 14:40

Borboleta ribeirinha ameaçada de extinção pousada na vegetação de Brumadinho
Borboleta ribeirinha n�o era avista h� 10 anos. Esp�cie est� amea�ada de extin��o (foto: Divulga��o/Vale)
As asas escuras com t�nues detalhes rosados estavam desaparecidas h� 10 anos das matas galerias que se ligam ao Rio Paraopeba, em Brumadinho, na Grande BH. Amea�adas de extin��o, pequenas popula��es da borboleta ribeirinha (Parides burchellanus) foram localizadas na �rea em recupera��o ambiental do rompimento da Barragem B1, da Mina C�rrego do Feij�o. O inseto tamb�m figura na lista vermelha da Uni�o Internacional para Conserva��o da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).

O reencontro se deu durante as atividades de monitoramento de fauna realizada pela equipe de bi�logos da Vale em parceria com especialistas acad�micos.

 

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Em todo o pa�s, a esp�cie � encontrada em apenas tr�s localidades: Planaltina (DF), Serra da Canastra e Brumadinho, ambas em Minas. Al�m de isoladas e viverem em popula��es pequenas, o crescimento urbano e as atividades rurais afetam diretamente as matas de galeria em que elas ocorrem.

“A perda do habitat natural, devido ao desmatamento, polui��o e outras interven��es humanas pode levar ao desaparecimento destas esp�cies. Por isso, o programa de monitoramento que est� sendo realizado pela Vale em parceria com especialistas acad�micos � de extrema import�ncia para gerar conhecimento cient�fico e subsidiar projetos para recupera��o e conserva��o das �reas impactadas pelo rompimento e �reas do entorno onde est�o sendo registrados estes animais", afirma a bi�loga e especialista em borboletas da UFMG, Marina Beir�o.

Os bi�logos percorreram uma �rea de 115 km², sempre entre 9h e 16h e sem ocorr�ncia de ventos fortes, uma vez que essas condi��es limitam as atividades da borboleta. Foram encontradas cinco popula��es da Borboleta Ribeirinha, sendo que em tr�s �reas os animais foram documentados pela primeira vez.

At� o momento foram identificados cerca de 60 indiv�duos, sendo que 56% eram machos e jovens, dado importante uma vez que cada f�mea pode acasalar mais de uma vez e com parceiros diferentes.

Nos mesmos locais tamb�m foram encontrados exemplares da planta Aristolochia chamissonis, uma trepadeira tamb�m conhecida como ‘jarrinha’ ou ‘papo-de-peru’. A planta � o alimento exclusivo destas borboletas durante a fase larval, que tamb�m habita �reas pr�ximas a rios estreitos e matas ciliares.

Quando um esp�cime � avistado os bi�logos realizam a captura com o aux�lio de redes para a coleta. Cada borboleta � registrada e recebe uma marca��o utilizando uma caneta de tinta at�xica. Al�m disso s�o compilados dados como sexo, idade estimada e comprimento. Ap�s o registro fotogr�fico e o georreferenciamento elas s�o soltas no mesmo local da captura. Todo o processo ajuda a entender o comportamento destes animais e estimar a distribui��o da esp�cie ao longo da �rea.

área em recuperação ambiental entre o Ribeirão Ferro-Carvão e o Rio Paraopeba em Brumadinho Prancha estaca
Parte da �rea em recupera��o ambiental entre o Ribeir�o Ferro-Carv�o e o Rio Paraopeba, morada da borboleta (foto: Divulga��o/Vale)
De acordo com os bi�logos, as borboletas exercem um papel fundamental no ecossistema, como as abelhas e outros animais polinizadores, contribuindo para a reprodu��o das esp�cies vegetais e a manuten��o da biodiversidade das florestas.

Elas capturam o p�len em seu corpo e espirotromba (estrutura sugadora do aparelho bucal das borboletas e mariposas) enquanto coletam o n�ctar da flor. E, apesar de se alimentar de somente uma esp�cie vegetal quando lagarta, a borboleta ribeirinha se alimenta de v�rias flores, sendo um importante polinizador nas matas de galeria.

“A maioria das plantas precisa de polinizadores como abelhas e borboletas para se reproduzir, gerar frutos e sementes. As borboletas s�o indicadores biol�gicos e a presen�a de popula��es de diversas esp�cies pode indicar uma amplia��o na diversidade de plantas e, de outros grupos animais, que participam de uma intrincada rede biol�gica. Al�m disso, encontrar essa esp�cie pela regi�o � um importante indicativo ambiental do que deve ser feito na �rea impactada em termos de recupera��o para eles encontrem um habitat adequado para elas”, destaca Cristiane C�sar, analista ambiental da Vale.


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