
O reencontro se deu durante as atividades de monitoramento de fauna realizada pela equipe de bi�logos da Vale em parceria com especialistas acad�micos.
Leia tamb�m: Capit�lio reabre os c�nions para o turismo a partir desta quarta-feira
Em todo o pa�s, a esp�cie � encontrada em apenas tr�s localidades: Planaltina (DF), Serra da Canastra e Brumadinho, ambas em Minas. Al�m de isoladas e viverem em popula��es pequenas, o crescimento urbano e as atividades rurais afetam diretamente as matas de galeria em que elas ocorrem.
“A perda do habitat natural, devido ao desmatamento, polui��o e outras interven��es humanas pode levar ao desaparecimento destas esp�cies. Por isso, o programa de monitoramento que est� sendo realizado pela Vale em parceria com especialistas acad�micos � de extrema import�ncia para gerar conhecimento cient�fico e subsidiar projetos para recupera��o e conserva��o das �reas impactadas pelo rompimento e �reas do entorno onde est�o sendo registrados estes animais", afirma a bi�loga e especialista em borboletas da UFMG, Marina Beir�o.
Os bi�logos percorreram uma �rea de 115 km², sempre entre 9h e 16h e sem ocorr�ncia de ventos fortes, uma vez que essas condi��es limitam as atividades da borboleta. Foram encontradas cinco popula��es da Borboleta Ribeirinha, sendo que em tr�s �reas os animais foram documentados pela primeira vez.
At� o momento foram identificados cerca de 60 indiv�duos, sendo que 56% eram machos e jovens, dado importante uma vez que cada f�mea pode acasalar mais de uma vez e com parceiros diferentes.
Nos mesmos locais tamb�m foram encontrados exemplares da planta Aristolochia chamissonis, uma trepadeira tamb�m conhecida como ‘jarrinha’ ou ‘papo-de-peru’. A planta � o alimento exclusivo destas borboletas durante a fase larval, que tamb�m habita �reas pr�ximas a rios estreitos e matas ciliares.
Quando um esp�cime � avistado os bi�logos realizam a captura com o aux�lio de redes para a coleta. Cada borboleta � registrada e recebe uma marca��o utilizando uma caneta de tinta at�xica. Al�m disso s�o compilados dados como sexo, idade estimada e comprimento. Ap�s o registro fotogr�fico e o georreferenciamento elas s�o soltas no mesmo local da captura. Todo o processo ajuda a entender o comportamento destes animais e estimar a distribui��o da esp�cie ao longo da �rea.

Elas capturam o p�len em seu corpo e espirotromba (estrutura sugadora do aparelho bucal das borboletas e mariposas) enquanto coletam o n�ctar da flor. E, apesar de se alimentar de somente uma esp�cie vegetal quando lagarta, a borboleta ribeirinha se alimenta de v�rias flores, sendo um importante polinizador nas matas de galeria.
“A maioria das plantas precisa de polinizadores como abelhas e borboletas para se reproduzir, gerar frutos e sementes. As borboletas s�o indicadores biol�gicos e a presen�a de popula��es de diversas esp�cies pode indicar uma amplia��o na diversidade de plantas e, de outros grupos animais, que participam de uma intrincada rede biol�gica. Al�m disso, encontrar essa esp�cie pela regi�o � um importante indicativo ambiental do que deve ser feito na �rea impactada em termos de recupera��o para eles encontrem um habitat adequado para elas”, destaca Cristiane C�sar, analista ambiental da Vale.