
Suspeito de vender �gua impr�pria para o consumo como se fosse do tipo mineral, um homem de 37 anos foi preso em flagrante pela Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, nessa ter�a-feira (19/4).
Os policiais foram at� uma pequena distribuidora do investigado, localizada no Bairro Santos Anjos, na Zona Leste da cidade, ap�s receberem uma den�ncia an�nima do com�rcio ilegal em curso na regi�o.
Durante as dilig�ncias, o dono do estabelecimento admitiu �s autoridades que vendia os gal�es como se fossem da Hidrobr�s �guas Minerais do Brasil Ltda. – popularmente conhecida como Ing�.
Indagado sobre a proced�ncia do produto, o autor alegou que enchia os recipientes em uma mina localizada no distrito de Sarandira. No entanto, o delegado Rog�rio Woyame, que conduziu a opera��o durante a tarde de ontem, suspeita que todos os gal�es tenham sido abastecidos com �gua da torneira na pr�pria distribuidora.
“O investigado disse que fazia o transporte com uma moto. Por�m, a mina informada fica longe do estabelecimento – h� mais de 20 km –, sendo pouco prov�vel que ele percorresse com frequ�ncia essa dist�ncia, pois, a cada viagem, daria para transportar, no m�ximo, tr�s gal�es. Certamente, ele apenas tentou amenizar a situa��o dizendo que a �gua era de nascente natural”, explica o delegado.
Ainda conforme o titular da Delegacia Especializada de Repress�o a Roubos (DERR), n�o h� outros envolvidos no com�rcio irregular.
“Apenas o dono do estabelecimento fazia o processo de armazenamento e comercializa��o, que acontecia no pr�prio bairro. Ele tamb�m admitiu que comprava os lacres para os gal�es na internet”.
“Apenas o dono do estabelecimento fazia o processo de armazenamento e comercializa��o, que acontecia no pr�prio bairro. Ele tamb�m admitiu que comprava os lacres para os gal�es na internet”.
Indagado, o titular da DERR disse que n�o h� informa��es sobre desde quando ele fazia a distribui��o do produto na regi�o. Ao todo, a Pol�cia Civil apreendeu quatro gal�es.
“Suspeitamos que pudesse haver um dep�sito com muito mais, mas ele negou. De todo modo, com esse com�rcio, o homem expunha a popula��o a grandes riscos de intoxica��o, uma vez que n�o se pode garantir a proced�ncia da �gua por ele comercializada e nem as condi��es de higiene em que ela era envazada”, acrescenta.
O delegado explica, ainda, que o inqu�rito j� foi encerrado, mas um laudo pericial ainda vai formalizar que os lacres dos gal�es s�o falsificados. Al�m disso, o homem foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanece � disposi��o da Justi�a.
“Como trata-se de um crime sem viol�ncia, e o investigado n�o tem antecedentes criminais, muito provavelmente ele poder� responder em liberdade ap�s uma audi�ncia de cust�dia, que deve acontecer nos pr�ximos dias”, finaliza.
O homem responder� judicialmente com base no artigo 272 do C�digo Penal, que trata de “corromper, adulterar, falsificar ou alterar produto aliment�cio destinado a consumo, tornando-o nocivo � sa�de ou reduzindo-lhe o valor nutritivo”.
Em caso de condena��o, a pena � reclus�o de quatro a oito anos e multa.