
Ela explica que o processo foi coordenado pelo governo militar na �poca da ditadura. "A Serra era tombada nos dois eixos, BH e Nova Lima, mas teve o per�metro de tombamento modificado pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) por press�o pol�tica, deixando a parte de Nova Lima livre para explora��o", revela.
Hoje, a regi�o � protegida nos limites da capital, tendo como eixo central a avenida Afonso Pena. Essa prote��o foi reiterada em 1991, com o tombamento, pela prefeitura de Belo Horizonte, de toda a por��o inserida nos limites da capital.
Para a especialista, somente o tombamento integral da Serra pelo Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha) � a �nica solu��o para o problema. "H� uma manobra do governo estadual para permitir que a explora��o mineral se estabele�a como atividade econ�mica principal no Estado sem qualquer preocupa��o e, inclusive, em �reas de conflito ambiental, como a Serra do Curral", declara.
O plano da Tamisa inclui a explora��o da regi�o da Fazenda Ana da Cruz, na divisa entre Nova Lima e a capital. O terreno est� pr�ximo ao Pico Belo Horizonte, ponto mais alto da serra. O processo tem duas etapas: na primeira, espera-se extrair 31 milh�es de toneladas de min�rio de ferro ao longo de 13 anos. J� a segunda fase consiste na lavra de 3 milh�es de toneladas de itabirito fri�vel rico, com dois anos de implanta��o e nove de opera��o.
Mesmo antes da aprova��o da licen�a ambiental para minera��o, concedida pelo Conselho Estadual de Pol�tica Ambiental (Copam), na madrugada do dia 30 de abril, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) j� havia apontado irregularidades no licenciamento. O �rg�o ajuizou duas a��es civis p�blicas contra a Tamisa em datas anteriores � vota��o do Copam, datadas em 23 de mar�o e 11 de abril. Por meio de nota, o MPMG informou que os promotores de Justi�a est�o analisando as pr�ximas provid�ncias a serem adotadas no caso.