
Na �rea de desejo da mineradora est� instalada uma adutora, respons�vel por transportar 70% da �gua tratada utilizada pelos belo-horizontinos. "N�o existe um plano de emerg�ncia, caso o haja um rompimento dessa estrutura. Se algum dia ela romper, n�s ficaremos desabastecidos na capital", afirma o engenheiro ambiental Felipe Gomes.
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"N�o existe obra de engenharia com risco zero, tanto que � necess�rio fazer um seguro do projeto. Se voc� vai explodir dinamites, promover um intenso tr�fego de caminh�es, instalar bacia de sedimentos, pr�ximo a uma adutora, ent�o, h� sim riscos para o abastecimento da da cidade", argumenta Gomes.
A quest�o h�drica, segundo a arquiteta e urbanista Cl�udia Pires, conselheira do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/Se��o Minas Gerais), poder� ser um problema para a capital. "A minera��o rebaixa o len�ol fre�tico. Na pr�tica, isso compromete a seguran�a h�drica. Quando eu era crian�a, me lembro de pegar da torneira uma �gua barrenta, que vinha do c�rrego da mina �guas Claras", comenta.
O risco tamb�m � citado pela Prefeitura de Belo Horizonte em a��o ajuizada para suspender a licen�a concedida � mineradora. "O empreendimento sujeitaria a referida adutora a riscos de recalques provocados por movimenta��es do solo em decorr�ncia de detona��es ou de rebaixamento de len�ol fre�tico", l�-se em trecho da a��o, assinada por Caio Perona, chefe de uma das subprocuradorias-gerais do munic�pio.
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A PBH tamb�m ressalta que o rompimento da adutora implicaria em desabastecimento e rod�zio prolongados em muitas regi�es da capital.
O processo de explora��o da Tamisa tem duas etapas: na primeira, espera-se extrair 31 milh�es de toneladas de min�rio ao longo de 13 anos. Enquanto a segunda, consiste na lavra de 3 milh�es de toneladas de itabirito fri�vel rico, com dois anos de implanta��o e nove de opera��o.