
Apesar de n�o ter tido contato direto com o ex-prefeito de Una�, ele conta que Chico Pinheiro, acusado de ser o contratante dos pistoleiros, foi quem revelou a identidade do fazendeiro.
Segundo depoimento, Ant�rio estava no carro modelo Fiat Marea de cor escura. Ele demonstrava irrita��o com a falta de resolu��o do problema com o fiscal Nelson e teria dito para "torar todo mundo", se referindo a senten�a de morte. Ele ainda teria dobrado o valor da recompensa para o servi�o.
Erinaldo afirma que os irm�os M�nica reclamavam que o fiscal Nelson Jos� da Silva fazia vista grossa e n�o aceitava dinheiro dos fazendeiros. O combinado, inicialmente, era matar apenas Nelson.
A defesa do r�u, por�m, aponta inconsist�ncias no depoimento do matador. O advogado Marcelo Leonardo chegou a questionar o motivo de Erinaldo n�o ter citado o fato anteriormente. Segundo a defesa, o pistoleiro teve outras tr�s oportunidades para apresentar a informa��o �s autoridades, mas s� o fez dois anos ap�s a morte de Chico, no julgamento que resultou em acordo de pris�o em regime aberto.
Tentativa de suborno
� �poca da primeira pris�o dos acusados, Erinaldo alega que os irm�os M�nica teriam oferecido R$300 mil para que ele e Wiliam, outro executor do crime, assumissem a autoria como um caso de latroc�nio -roubo seguido de morte. Para desviar a aten��o das autoridades no dia do assassinato, os autores do disparo chegaram, inclusive, a simular o roubo de pertences das v�timas.O crime de latroc�nio seria a sa�da para livras os mandantes do crime das acusa��es. "Era melhor salvar algu�m, porque os que estavam de fora poderiam ajudar a nos livrar", declarou Erinaldo em seu depoimento. Erinaldo disse ainda que o irm�o de Ant�rio, Norberto M�nica, chegou a procur�-lo pouco tempo depois para matar mais gente. "Era algo sobre uma terra que tinham comprado e n�o pagaram", revelou.