O fazendeiro Ant�rio M�nica, acusado de ser um dos mandantes do crime que ficou conhecido como Chacina de Una�, deve ser interrogado na tarde desta quinta-feira (26/5), terceiro dia de julgamento no Tribunal do J�ri da Justi�a Federal, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Ele chegou ao tribunal escondido.
A sess�o de hoje come�ou pouco depois das 9h com a exibi��o de v�deos, �udios e reportagens que constam do processo. Logo na sequ�ncia, ser� feita a leitura de pe�as dos autos. A expectativa maior � pelo interrogat�rio de Ant�rio M�nica, previsto para acontecer � tarde.
Ao longo dos �ltimos dois dias de julgamento foram ouvidas 19 testemunhas, sendo 14 de defesa, entre elas um dos pistoleiros contratados para matar os fiscais, em 2004, e cinco de defesa. A previs�o era de 20 testemunhas, por�m uma delas foi dispensada pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF).
O advogado e assistente de acusa��o, Roberto Tardelli, v� erro do tribunal em anular a primeira condena��o, mas est� confiante de que o j�ri chegar� ao mesmo resultado, quando Ant�rio foi sentenciado a um s�culo de pris�o. "Foi uma vis�o equivocada do processo. N�s temos muitas provas que corroboram a participa��o dele no crime", avalia.
A previs�o � de que amanh� seja realizado o debate entre acusa��o e defesa, e o j�ri chegue a um veredito. O julgamento de Ant�rio M�nica tem o conselho de senten�a formado por sete pessoas.
A Chacina de Una�
Em 28 de janeiro de 2004, Erat�stenes de Almeida Gon�alves, Jo�o Batista Soares Lage e Nelson Jos� da Silva foram assassinados a tiros em uma emboscada quando investigavam condi��es an�logas � escravid�o na zona rural de Una�, incluindo as propriedades da fam�lia M�nica. O motorista Ailton Pereira de Oliveira, que acompanhava o grupo, tamb�m foi morto.
Al�m de Ant�rio M�nica, o irm�o dele, Norberto, foi condenado como outro mandante da chacina. Ele, por�m, est� em liberdade. Outros condenados pelos crimes foram Hugo Alves Pimenta, Jos� Alberto de Castro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rog�rio Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda, que cumprem pena na pris�o.