Deputados e representantes da sociedade demonstraram preocupa��o com o futuro do abastecimento de �gua na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte com os impactos da atividade miner�ria exercida pela Taquaril Mineradora S.A (Tamisa) na Serra do Curral.
Em audi�ncia p�blica nesta ter�a-feira (14/6), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), especialistas solicitaram v�rios estudos complementares no que diz respeito ao risco � adutora da Copasa que fica num dos cart�es-postais da capital mineira.
Em 29 de abril, o Conselho Estadual de Pol�tica Ambiental (Copam) aprovou a licen�a pr�via e de instala��o do empreendimento, liberando a atividade no local. Desde ent�o, a decis�o tem provocado cr�ticas de ambientalistas e de moradores das proximidades da Serra do Curral, temendo impactos ambientais na regi�o.
A audi�ncia p�blica foi solicitada pela deputada Beatriz Cerqueira para explicar o posicionamento da Copasa em rela��o � autoriza��o obtida pela Tamisa. Os participantes cobraram atitudes do governo de Minas na preserva��o dos recursos h�dricos que abastecem BH.
Risco de polui��o
Na Serra do Curral h� uma adutora que conta com cerca de 2 metros de di�metro e serve para bombear o fornecimento de �gua em Belo Horizonte at� a esta��o de tratamento de Bela Fama. O equipamento � capaz de processar 8 mil litros de �gua por segundo. A estrutura passa no interior do terreno da Tamisa, abaixo da barragem, onde � intensa a circula��o de ve�culos pesados.
“A Copasa tem atuado de forma irrespons�vel no ponto de vista de suas a��es. A empresa deveria ser respons�vel pela bacia onde capta suas �guas e pelo tratamento dos esgotos, das matas e dos c�rregos pr�ximos �s esta��es de capta��o de �gua. A empresa deveria ser respons�vel pela sustentabilidade de seu neg�cio, de modo a prevenir futuras perdas em seu abastecimento”, afirma o representante do F�rum Permanente S�o Francisco, J�lio Grillo.
Houve tamb�m reflex�o acerca da atua��o dos empreendimentos j� existentes no local. “A Copasa construiu um t�nel para proteger a adutora e garantir �gua para 2 milh�es de pessoas. Mas no local h� uma usina de ars�nico que pode poluir a �gua que serve de abastecimento � popula��o. Os diques certamente v�o atingir a adutora no futuro”, analisa o t�cnico qu�mico e consultor aposentado da Copasa, Benedito Ferreira Rocha.
Visita � Serra do Curral
Em visita � Serra do Curral em 27 de maio, deputados da Comiss�o de Administra��o P�blica verificaram de perto os impactos na regi�o que fica entre Belo Horizonte e Nova Lima. Na ocasi�o, ambientalistas alertaram que o min�rio que se pretende extrair na �rea � essencial para garantir a infiltra��o de �gua no len�ol fre�tico da Bacia do Rio das Velhas, que a Copasa utiliza para abastecer a RMBH.
“Precisamos de interven��o t�cnica de pessoas longe do estado de Minas. S�o 2 milh�es que vivem inocentes sofrendo consequ�ncias em troca do benef�cio de poucos”, conclui Benedito.
Representante do Movimento "Mexeu com a Serra do Curral Mexeu Comigo", Jeanine Oliveira comentou os riscos de desmoronamento sobre a estrutura da Copasa.
“Dependemos de regimes de chuvas para obter recursos h�dricos ou da preserva��o das �guas. Hoje, v�rias nascentes est�o imediatamente depois das cavas em seu entorno. Elas alcan�ar�o o seu n�vel de �gua, destruindo-as de imediato. Com isso, os riscos t�cnicos de desmoronamento sobre a adutora s�o consider�veis devido �s enormes declividades do terreno.”